Copa 2014: Alemanha
Uma das tantas máximas de Copas do Mundo ficou definitivamente comprovada em 2002: a Alemanha é sempre favorita ao título mundial. Naquele ano, uma das gerações mais modestas de sua história conseguiu chegar à final, quando outras equipes mais cotadas, como Argentina, Inglaterra e França, ficaram pelo caminho. O que dizer, então, quando os alemães chegam com uma equipe fortissima, uma das gerações mais ricas e um dos times que há mais tempo joga junto no planeta?
A Alemanha tem a melhor seleção do mundo no momento. Dos últimos 21 jogos que disputou, nos últimos 18 meses, perdeu somente um. Em 2010, teve atuações históricas e arrasadoras, mas faltou maturidade diante da experimentada Espanha na semifinal. Era previsível que em 2014 a equipe chegasse ainda melhor, pronta para o título mundial. As espetaculares campanhas recentes do Bayern München e do Borussia Dortmund, que formam a base da equipe, só mostram que as projeções de quatro anos atrás estavam de fato corretas.
Há, ainda, dois poréns antes de apontarmos que a Alemanha será a campeã: a Copa é na América do Sul, e seleções europeias nunca venceram aqui; e esta geração ainda não conquistou nada com a camisa da seleção. As grandes campanhas de 2006 para cá ficaram sempre no quase. Em 2012, com um time nitidamente superior ao da Itália, foi eliminada na semifinal da Euro. A questão anímica, portanto, pode pesar. Mas condições técnicas há de sobra para superar qualquer trauma - e adversário.
O CAMINHO
O grupo alemão não é nada fácil. Portugal é um adversário historicamente duro, e conta com o melhor jogador do mundo na atualidade. Já Gana defrontou os alemães na primeira fase de 2010, e foi páreo duro. Os Estados Unidos talvez sejam o rival tecnicamente mais fraco, mas ainda assim longe de ser uma baba e com grande disciplina tática. Ainda assim, ninguém deve impedir a classificação da Alemanha para pelo menos as quartas de final, já que Bélgica, Argélia, Rússia e Coreia do Sul, possíveis rivais nas oitavas, também não parecem tão fortes a ponto de encarar de igual para igual a equipe de Joachim Löw.
DESTAQUE
A Alemanha conta com alguns dos melhores jogadores do mundo em várias posições, como Neuer, Lahm, Özil e Schweinsteiger. Porém, é Thomas Müller o referencial técnico da equipe. Artilheiro e revelação da Copa de 2010 segundo a FIFA, o jogador de 25 anos chega no auge da forma ao Brasil. Funciona como atacante pelo lado, meia-atacante ou até mesmo centroavante. É um jogador técnico e ao mesmo tempo artilheiro, cujo refinamento não impede que seja extremamente objetivo.
PONTOS FORTES
São vários. Todos os setores da Alemanha são coletivamente e individualmente fortes. A defesa tem o melhor goleiro e o melhor lateral direito do mundo (embora este às vezes jogue como volante), e ganhou um zagueiro de exceção de 2010 para cá, que é Mats Hummels. O meio segue extremamente dinâmico, compacto e altamente técnico, formando com o ataque um bloco só, de muita força e qualidade. O conjunto alemão é entrosadíssimo, e muitos jogam juntos pelo Bayern, o que facilita bastante. O grupo atual junta nomes da geração nascida em 2006 com a que explodiu em 2010 e outros surgidos depois disso. É seguramente o melhor do país nos últimos 20 anos. Nesta Copa, só o elenco da Espanha rivaliza com o dos tricampeões.
PONTOS FRACOS
Fora a questão anímica, já que a Alemanha ficou no quase nas duas últimas Copas e nas duas últimas Euros que disputou (mesmo sendo, até a eliminação, o time que jogou o melhor futebol de quase todos estes quatro torneios), o corte de Marco Reus retira da equipe um titular de altíssimo gabarito. Mesmo que haja nomes como Götze, Schürrle e Kroos no elenco, é uma peça difícil de substituir.
A HISTÓRIA
A Alemanha é uma das seleções mais tradicionais do futebol mundial, rivalizando até mesmo com o Brasil em termos de história. É a equipe que mais vezes ganhou a Euro (3 títulos), mais disputou jogos de Copa do Mundo (99, contra 97 do Brasil e "apenas" 80 da Itália), a segunda que mais marcou gols em Copas (206, contra 2010 dos canarinhos) e a que mais vezes disputou finais, ao lado do Brasil, com 7 decisões (ganhou em 1954, 1974 e 1990, perdeu em 1966, 1982, 1986 e 2002). Em disputa de semifinais, ninguém bate os alemães: foram 12, em 17 participações (o Brasil chegou entre os quatro primeiros nove vezes). Ou seja: em mais de 70% das Copas que disputou, a Alemanha chegou entre as quatro melhores seleções do torneio. Poucas camisas no planeta têm tanta força.
A Alemanha tem a melhor seleção do mundo no momento. Dos últimos 21 jogos que disputou, nos últimos 18 meses, perdeu somente um. Em 2010, teve atuações históricas e arrasadoras, mas faltou maturidade diante da experimentada Espanha na semifinal. Era previsível que em 2014 a equipe chegasse ainda melhor, pronta para o título mundial. As espetaculares campanhas recentes do Bayern München e do Borussia Dortmund, que formam a base da equipe, só mostram que as projeções de quatro anos atrás estavam de fato corretas.
Há, ainda, dois poréns antes de apontarmos que a Alemanha será a campeã: a Copa é na América do Sul, e seleções europeias nunca venceram aqui; e esta geração ainda não conquistou nada com a camisa da seleção. As grandes campanhas de 2006 para cá ficaram sempre no quase. Em 2012, com um time nitidamente superior ao da Itália, foi eliminada na semifinal da Euro. A questão anímica, portanto, pode pesar. Mas condições técnicas há de sobra para superar qualquer trauma - e adversário.
O CAMINHO
O grupo alemão não é nada fácil. Portugal é um adversário historicamente duro, e conta com o melhor jogador do mundo na atualidade. Já Gana defrontou os alemães na primeira fase de 2010, e foi páreo duro. Os Estados Unidos talvez sejam o rival tecnicamente mais fraco, mas ainda assim longe de ser uma baba e com grande disciplina tática. Ainda assim, ninguém deve impedir a classificação da Alemanha para pelo menos as quartas de final, já que Bélgica, Argélia, Rússia e Coreia do Sul, possíveis rivais nas oitavas, também não parecem tão fortes a ponto de encarar de igual para igual a equipe de Joachim Löw.
DESTAQUE
A Alemanha conta com alguns dos melhores jogadores do mundo em várias posições, como Neuer, Lahm, Özil e Schweinsteiger. Porém, é Thomas Müller o referencial técnico da equipe. Artilheiro e revelação da Copa de 2010 segundo a FIFA, o jogador de 25 anos chega no auge da forma ao Brasil. Funciona como atacante pelo lado, meia-atacante ou até mesmo centroavante. É um jogador técnico e ao mesmo tempo artilheiro, cujo refinamento não impede que seja extremamente objetivo.
PONTOS FORTES
São vários. Todos os setores da Alemanha são coletivamente e individualmente fortes. A defesa tem o melhor goleiro e o melhor lateral direito do mundo (embora este às vezes jogue como volante), e ganhou um zagueiro de exceção de 2010 para cá, que é Mats Hummels. O meio segue extremamente dinâmico, compacto e altamente técnico, formando com o ataque um bloco só, de muita força e qualidade. O conjunto alemão é entrosadíssimo, e muitos jogam juntos pelo Bayern, o que facilita bastante. O grupo atual junta nomes da geração nascida em 2006 com a que explodiu em 2010 e outros surgidos depois disso. É seguramente o melhor do país nos últimos 20 anos. Nesta Copa, só o elenco da Espanha rivaliza com o dos tricampeões.
PONTOS FRACOS
Fora a questão anímica, já que a Alemanha ficou no quase nas duas últimas Copas e nas duas últimas Euros que disputou (mesmo sendo, até a eliminação, o time que jogou o melhor futebol de quase todos estes quatro torneios), o corte de Marco Reus retira da equipe um titular de altíssimo gabarito. Mesmo que haja nomes como Götze, Schürrle e Kroos no elenco, é uma peça difícil de substituir.
A HISTÓRIA
A Alemanha é uma das seleções mais tradicionais do futebol mundial, rivalizando até mesmo com o Brasil em termos de história. É a equipe que mais vezes ganhou a Euro (3 títulos), mais disputou jogos de Copa do Mundo (99, contra 97 do Brasil e "apenas" 80 da Itália), a segunda que mais marcou gols em Copas (206, contra 2010 dos canarinhos) e a que mais vezes disputou finais, ao lado do Brasil, com 7 decisões (ganhou em 1954, 1974 e 1990, perdeu em 1966, 1982, 1986 e 2002). Em disputa de semifinais, ninguém bate os alemães: foram 12, em 17 participações (o Brasil chegou entre os quatro primeiros nove vezes). Ou seja: em mais de 70% das Copas que disputou, a Alemanha chegou entre as quatro melhores seleções do torneio. Poucas camisas no planeta têm tanta força.
Comentários
Essa Alemanha tem um geração que merece um título. Seria muito bom que esse título fosse o do Mundial, já que não veio da Euro.
Em tempo: pra mim, o ponto do negativo dos germânicos é o uniforme reserva à la Flamengo.