100% sono
A Bélgica é, ao lado de Colômbia, Holanda e Argentina, a única seleção com 100% de aproveitamento. Ainda assim, decepciona. Afinal, esperava-se muito da equipe de Marc Wilmots, e não estamos falando de resultados, mas de futebol jogado. A jovem equipe belga dá sono, não empolga nem seus próprios torcedores. Ganhou as três partidas que fez na primeira fase porque pegou o grupo mais fraco da Copa do Mundo.
Hoje, porém, nem dá para falar tão mal assim da equipe europeia, pois foi um jogo atípico. Wilmots decidiu poupar titulares, decisão compreensível, embora questionável: se o time vinha jogando mal, enfrentar a fraca Coreia do Sul não era justamente a chance de uma boa vitória e uma boa atuação? Com seis reservas em campo, faltou entrosamento e até concentração. O primeiro tempo foi horroroso: um time travado contra outro muito fraco. Os coreanos, ainda assim, tiveram as melhores chances, mas pararam em Courtois. A expulsão de Defour antes do intervalo talvez significasse a possibilidade de uma vitória asiática.
Mas não. No segundo tempo, mesmo com um a menos, os belgas resolveram encarar de igual para igual seus adversários, e faziam bem. Afinal, a equipe é mesmo bem melhor que a da Coreia. O jogo ficou franco, melhorou bastante, e foi decidido, como quase sempre, na qualidade: numa falha de Sung-Ryong, que rebateu nos pés de Vertonghen, que fez 1 a 0.
Nas oitavas, porém, a Bélgica vai ter que deixar sua frieza e sonolência de lado e vibrar mais dentro de campo. Afinal, os Estados Unidos de Jürgen Klinsmann são uma boa equipe, e acima de tudo muito vibrante.
Em tempo:
- Igor Natusch já falou bastante por aqui sobre o Caso Suárez antes mesmo de sair a punição, de modo que não vejo muito porque ficar me alongando sobre o tema da mordida, embora ache justo tratar da pena aplicada em si. Nove jogos de pena e quatro meses afastado do futebol é uma punição rigorosa demais, abusiva, sem precedentes. Há várias jogadas nesta Copa talvez até mais agressivas que a de Suárez em Chiellini (Song, Marchisio, fora dezenas de cotoveladas), e nenhuma será julgada com rigor sequer semelhante. Não se trata de conspiração contra Luisito, mas de um julgamento condicionado por infrações idênticas cometidas por ele próprio no passado. Suárez merecia a punição, mesmo sem o juiz tê-la visto, mas a gravidade da pena é completamente desproporcional - talvez um jogo ou dois ficasse de bom tamanho. É uma pena, pois perdemos todos: Suárez, o Uruguai e a própria Copa do Mundo, que fica sem um de seus melhores jogadores.
Ficha técnica
Copa do Mundo 2014 - Grupo H - 3ª rodada
26/junho/2014
BÉLGICA 1 x COREIA DO SUL 0
Local: Itaquerão, São Paulo (BRA)
Árbitro: Benjamin Williams (AUS)
Público: 61.397
Gol: Vertonghen 31 do 2º
Cartão amarelo: Dembelé e Jeong-Ho
Expulsão: Defour 43 do 1º
BÉLGICA: Courtois (6,5), Vanden Borre (6,5), Van Buyten (6), Lombaerts (6,5) e Vertonghen (6,5); Defour (4,5), Dembelé (6,5) e Fellaini (5); Mertens (5,5) (Origi, 14 do 2º - 6,5), Mirallas (6) (Hazard, 42 do 2º - sem nota) e Januzaj (4,5) (Chadli, 14 do 2º - 6). Técnico: Marc Wilmots
COREIA DO SUL: Sung-Ryong (5), Lee Yong (4,5), Young-Gwon (5,5), Jeong-Ho (4,5) e Suk-Young (4,5); Kook-Young (5,5) (Keun-Ho, intervalo - 5,5), Sung-Yong (5,5), Chung-Yong (6), Heung-Min (6) (Dong-Won, 27 do 2º - 5) e Ja-Cheol (5,5); Shin-Wook (4,5) (Bo-Kyung, 20 do 2º - 5). Técnico: Hong Myung-Bo
Hoje, porém, nem dá para falar tão mal assim da equipe europeia, pois foi um jogo atípico. Wilmots decidiu poupar titulares, decisão compreensível, embora questionável: se o time vinha jogando mal, enfrentar a fraca Coreia do Sul não era justamente a chance de uma boa vitória e uma boa atuação? Com seis reservas em campo, faltou entrosamento e até concentração. O primeiro tempo foi horroroso: um time travado contra outro muito fraco. Os coreanos, ainda assim, tiveram as melhores chances, mas pararam em Courtois. A expulsão de Defour antes do intervalo talvez significasse a possibilidade de uma vitória asiática.
Mas não. No segundo tempo, mesmo com um a menos, os belgas resolveram encarar de igual para igual seus adversários, e faziam bem. Afinal, a equipe é mesmo bem melhor que a da Coreia. O jogo ficou franco, melhorou bastante, e foi decidido, como quase sempre, na qualidade: numa falha de Sung-Ryong, que rebateu nos pés de Vertonghen, que fez 1 a 0.
Nas oitavas, porém, a Bélgica vai ter que deixar sua frieza e sonolência de lado e vibrar mais dentro de campo. Afinal, os Estados Unidos de Jürgen Klinsmann são uma boa equipe, e acima de tudo muito vibrante.
Em tempo:
- Igor Natusch já falou bastante por aqui sobre o Caso Suárez antes mesmo de sair a punição, de modo que não vejo muito porque ficar me alongando sobre o tema da mordida, embora ache justo tratar da pena aplicada em si. Nove jogos de pena e quatro meses afastado do futebol é uma punição rigorosa demais, abusiva, sem precedentes. Há várias jogadas nesta Copa talvez até mais agressivas que a de Suárez em Chiellini (Song, Marchisio, fora dezenas de cotoveladas), e nenhuma será julgada com rigor sequer semelhante. Não se trata de conspiração contra Luisito, mas de um julgamento condicionado por infrações idênticas cometidas por ele próprio no passado. Suárez merecia a punição, mesmo sem o juiz tê-la visto, mas a gravidade da pena é completamente desproporcional - talvez um jogo ou dois ficasse de bom tamanho. É uma pena, pois perdemos todos: Suárez, o Uruguai e a própria Copa do Mundo, que fica sem um de seus melhores jogadores.
Ficha técnica
Copa do Mundo 2014 - Grupo H - 3ª rodada
26/junho/2014
BÉLGICA 1 x COREIA DO SUL 0
Local: Itaquerão, São Paulo (BRA)
Árbitro: Benjamin Williams (AUS)
Público: 61.397
Gol: Vertonghen 31 do 2º
Cartão amarelo: Dembelé e Jeong-Ho
Expulsão: Defour 43 do 1º
BÉLGICA: Courtois (6,5), Vanden Borre (6,5), Van Buyten (6), Lombaerts (6,5) e Vertonghen (6,5); Defour (4,5), Dembelé (6,5) e Fellaini (5); Mertens (5,5) (Origi, 14 do 2º - 6,5), Mirallas (6) (Hazard, 42 do 2º - sem nota) e Januzaj (4,5) (Chadli, 14 do 2º - 6). Técnico: Marc Wilmots
COREIA DO SUL: Sung-Ryong (5), Lee Yong (4,5), Young-Gwon (5,5), Jeong-Ho (4,5) e Suk-Young (4,5); Kook-Young (5,5) (Keun-Ho, intervalo - 5,5), Sung-Yong (5,5), Chung-Yong (6), Heung-Min (6) (Dong-Won, 27 do 2º - 5) e Ja-Cheol (5,5); Shin-Wook (4,5) (Bo-Kyung, 20 do 2º - 5). Técnico: Hong Myung-Bo
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