A surpreendente Libertadores 2014
A Libertadores mais surpreendente das últimas décadas não merece este rótulo por ser a primeira em 23 anos que não terá nenhum brasileiro entre os semifinalistas. É porque seus semifinalistas são, de fato, surpreendentes. O San Lorenzo, campeão argentino, até era cotado como um dos postulantes a chegar longe - mas tirar Grêmio e Cruzeiro em sequência era algo que poucos já poderiam prever.
O Lanús, campeão da Sul-Americana, também não era descartado, bem como o forte Atlético Nacional, campeão colombiano. O incrível é que, talvez, nenhum deles chegue entre os quatro melhores. Os argentinos vão à altitude de La Paz em desvantagem encarar o Bolívar, enquanto o time de Medellín só se classifica se bater o Defensor por ao menos dois gols de diferença, em Montevidéu. Bolívar e Defensor jamais foram cotados como candidatos, mas podem, inclusive, fazer a final desta Libertadores.
E o que dizer do Nacional-PAR? Já era um time que corria por fora na fase de grupos, mas conseguiu empatar com o campeão Atlético-MG no alçapão do Independência e eliminou o Santa Fé, semifinalista do ano passado, em um heroico confronto direto. A seguir, alijou o Vélez, dono da melhor campanha da etapa inicial, e o Arsenal de Sarandí, com ambas decisões disputadas na Argentina. Se Defensor x Bolívar é uma possível final que ninguém imaginou, Defensor x Nacional-PAR é uma semifinal praticamente certa e igualmente surpreendente.
Hoje será uma noite de definições. E como a Libertadores tem sido de zebras a cada semana, faço minhas ousadas apostas: acho, no achismo mesmo, que Lanús e Atlético Nacional vão passar de fase, por mais difíceis que sejam suas situações. O clima festivo de Defensor e Bolívar não combinam com decisões de Libertadores.
Em tempo:
- Vitória absolutamente natural do Inter sobre o Cuiabá, embora o 4 a 1 tenha sido um exagero de fim de jogo. O Colorado dominou completamente os minutos iniciais, fez o gol, mas poderia ter ido para o intervalo com um empate. Voltou melhor no segundo tempo e definiu a parada, encaminhando a goleada com dois gols após os 40 minutos. Vai pegar provavelmente o Ceará, que derrotou a Chapecoense fora de casa por 2 a 1.
- E a maldição de Bela Guttmann segue forte na Luz. Mesmo sendo superior ao Sevilla, o Benfica não saiu de um 0 a 0, viu o benevolente árbitro não mandar voltar um pênalti defendido com absurdo adiantamento pelo goleiro espanhol, e acabou com mais um vice, desta vez da Liga Europa. O técnico húngaro, tido como descobridor de Eusébio, disse, em 1962, após de ter sido demitido por conta da negação de um pedido de aumento de salário, que sem ele o clube não venceria nenhum torneio europeu nos 100 anos seguintes. Já se passaram 52, e o Benfica chegou a sete finais continentais neste período. Perdeu as sete.
- Participo logo mais, às 14:30, do Seminário Racismo no Futebol, que ocorrerá na Faculdade de Comunicação da UFRGS. Terei a honra de coordenar a segunda mesa do evento, que tem como objetivo debater este aspecto tão triste do esporte e da realidade brasileira e internacional. Entre os convidados, estão o ex-árbitro Márcio Chagas da Silva e o técnico Walmir Louruz. A entrada é franca.
O Lanús, campeão da Sul-Americana, também não era descartado, bem como o forte Atlético Nacional, campeão colombiano. O incrível é que, talvez, nenhum deles chegue entre os quatro melhores. Os argentinos vão à altitude de La Paz em desvantagem encarar o Bolívar, enquanto o time de Medellín só se classifica se bater o Defensor por ao menos dois gols de diferença, em Montevidéu. Bolívar e Defensor jamais foram cotados como candidatos, mas podem, inclusive, fazer a final desta Libertadores.
E o que dizer do Nacional-PAR? Já era um time que corria por fora na fase de grupos, mas conseguiu empatar com o campeão Atlético-MG no alçapão do Independência e eliminou o Santa Fé, semifinalista do ano passado, em um heroico confronto direto. A seguir, alijou o Vélez, dono da melhor campanha da etapa inicial, e o Arsenal de Sarandí, com ambas decisões disputadas na Argentina. Se Defensor x Bolívar é uma possível final que ninguém imaginou, Defensor x Nacional-PAR é uma semifinal praticamente certa e igualmente surpreendente.
Hoje será uma noite de definições. E como a Libertadores tem sido de zebras a cada semana, faço minhas ousadas apostas: acho, no achismo mesmo, que Lanús e Atlético Nacional vão passar de fase, por mais difíceis que sejam suas situações. O clima festivo de Defensor e Bolívar não combinam com decisões de Libertadores.
Em tempo:
- Vitória absolutamente natural do Inter sobre o Cuiabá, embora o 4 a 1 tenha sido um exagero de fim de jogo. O Colorado dominou completamente os minutos iniciais, fez o gol, mas poderia ter ido para o intervalo com um empate. Voltou melhor no segundo tempo e definiu a parada, encaminhando a goleada com dois gols após os 40 minutos. Vai pegar provavelmente o Ceará, que derrotou a Chapecoense fora de casa por 2 a 1.
- E a maldição de Bela Guttmann segue forte na Luz. Mesmo sendo superior ao Sevilla, o Benfica não saiu de um 0 a 0, viu o benevolente árbitro não mandar voltar um pênalti defendido com absurdo adiantamento pelo goleiro espanhol, e acabou com mais um vice, desta vez da Liga Europa. O técnico húngaro, tido como descobridor de Eusébio, disse, em 1962, após de ter sido demitido por conta da negação de um pedido de aumento de salário, que sem ele o clube não venceria nenhum torneio europeu nos 100 anos seguintes. Já se passaram 52, e o Benfica chegou a sete finais continentais neste período. Perdeu as sete.
- Participo logo mais, às 14:30, do Seminário Racismo no Futebol, que ocorrerá na Faculdade de Comunicação da UFRGS. Terei a honra de coordenar a segunda mesa do evento, que tem como objetivo debater este aspecto tão triste do esporte e da realidade brasileira e internacional. Entre os convidados, estão o ex-árbitro Márcio Chagas da Silva e o técnico Walmir Louruz. A entrada é franca.
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