Azar para quem dá chance ao azar

O Grêmio teve azar, em Ijuí, é verdade. Mas só teve azar porque deu chance a ele. Diante de um São Luiz fragilíssimo, longe dos seus bons tempos, teve uma atuação cheia de problemas, com preguiça, mas ainda assim superior, dada sua superioridade técnica evidente. Diferença essa que não foi capaz de superar um time esforçado, desesperado, apesar de fraquíssimo.

O gol de Saimon logo na largada não foi o indício de que o jogo seria fácil. Esse indicativo veio antes, logo na saída de bola, quando o São Luiz já errou e Lucas Coelho entrou livre, mas perdeu o gol. Eis aí o primeiro pecado gremista: perder gols demais. Esse foi no primeiro lance do jogo, mas foi no segundo tempo que o desperdício de oportunidades ficou mais claro. O empate quase que aleatório do time de Ijuí causou um desconforto defensivo ao time do interino Luís Fernando Flores. Chutes de fora da área eram permitidos devido à frágil marcação ao time da casa, e com Busatto extremamente inseguro embaixo das traves a virada poderia surgir a qualquer momento.

Ainda assim, o Grêmio chegou ao 2 a 1, em erro da zaga do São Luiz, que furou e permitiu a entrada livre de Everton antes do gol de Yuri Mamute. É importante notar: o gol surgiu de um erro do time de Ijuí e não de uma construção gremista. Maxi Rodríguez foi lúcido quase sempre, mas atuou sozinho. A saída de bola de Adriano e Léo Gago foi deveras deficiente sempre, o que não surpreende. O 2 a 1 do intervalo se devia bem mais a problemas do time da casa que por méritos gremistas.

O segundo tempo foi lento. Sem esboçar reação, o São Luiz facilitou a administração de resultado do Grêmio, que, apesar disso, não forçava para matar o jogo. Com a expulsão imbecil de Júnior Barbosa aos 28, ficou fácil demais. Tão fácil que o Grêmio finalizava com visível displicência, deixando de matar o jogo. Aí veio o contra-ataque que resultou no castigo máximo, o gol contra do atabalhoado Geromel. Um 2 a 2 que não interfere em nada na vida do Grêmio, mas tem gosto amargo diante das circunstâncias. Um 2 a 2 que, mesmo assim, praticamente rebaixa o São Luiz à Segundona.

Agora é que são elas
Não é coincidência: a Paula Cardoso, vice-diretora da Rádio Estação Web, escolheu o Dia Internacional da Mulher para inaugurar o Agora é que são Elas, o novo programa de esporte da emissora. Tive a honra de ser escolhido como convidado especial para esta edição de estreia. É hoje, meio dia, na rádio de todas as estações.

E segunda, 13h, recomeça o Carta na Mesa!

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