De volta, com um jogaço

O período de uma semana de descanso (as férias são curtas, pingadinhas, mas ao menos dão cria, e em março teremos mais) não fez me afastar do futebol completamente. Pude acompanhar bem algumas partidas entre um banho de mar e outro, como as duas vitórias do Grêmio pelo Campeonato Gaúcho. Pude também constatar, sempre com a ressalva de que se trata do estadual, a evolução do time de Enderson Moreira. Evolução que será posta à prova definitiva hoje à noite, na Arena, contra o forte Atlético Nacional.

O time de Medellín foi bicampeão colombiano no ano passado, ganhando os dois troféus em disputa. Talvez seja o adversário mais forte que o Grêmio enfrentará nesta fase de grupos, inclusive superior ao Newell's Old Boys. O primeiro jogo entre colombianos e argentinos provou que ambos estão ao menos em um nível parecido. O 3-4-3 a la Marcelo Bielsa, sem laterais de ofício, promete um duelo tático interessantíssimo com o 4-3-1-2 gremista, conforme já adiantamos há dez dias.

E falo no 4-3-1-2 porque entendo Enderson Moreira não deverá mexer na formação do Grêmio, nem seria o mais correto. É verdade que Dudu entrou muito bem no time na vitória sobre o Novo Hamburgo, mas o Tricolor foi sólido em Montevidéu com esta formação. Foi um time de três volantes, mas não engessado como o de 2013: teve bom poder de marcação, de ocupação de espaços, de criação de jogadas e capaz de atuar agressivamente mesmo fora de casa, com posse de bola ofensiva. A retirada de um volante para a entrada de Dudu abriria demais a equipe. A saída de Zé Roberto, que vem tendo papel secundário na equipe titular, talvez fosse a melhor alternativa, mas aí voltaríamos ao 4-3-3 sem meias de 2013. Não é alternativa, portanto.

As boas entradas de Dudu, Alán Ruiz, Jean Deretti e até Maxi Rodríguez, embora este mais inconstante, são alternativas. É preciso saber utilizá-las, e não tentá-las juntar todas no 11 inicial. É melhor ter um time equilibrado e com um banco capaz de torná-lo mais agressivo ou não dependendo das circunstâncias do que tentar ajeitar todos entre os titulares e correr o risco de fazer a engrenagem se desequilibrar. Assim se forma um time forte. Pelos primeiros jogos de 2014, Enderson tem mostrado saber dosar seu grupo: achou um esquema consistente e mexe nele dependendo da necessidade. É por isso que o Grêmio está no caminho certo, e hoje à noite talvez tenhamos uma prova definitiva disso.

De olho
Se Luan é a grande atração do Grêmio, Cardona é a do Atlético Nacional. Meia jovem, habilidoso, de grande visão de jogo e boa conclusão de média distância, comandou a equipe na vitória sobre o Newell's. Além dele, os pontos Berrio e Cárdenas são rápidos e sabem compor o meio, deixando o time num 3-6-1 quando atacado. No contragolpe, os três são um grande perigo.

Uma super rodada
Além do jogaço que reedita a final de 1995, teremos Vélez Sarsfield x Atlético Paranense e Cruzeiro x Universidad de Chile como grandes atrações desta terça-feira na Libertadores. Anteciparam a Terça-Feira Gorda em uma semana.

Comentários

Chico disse…
Só a vitória interessa! Temos que pressionar desde o primeiro segundo de jogo!
SDDS CHICO GRITARIA VUVUZELA MALUCA PAVILHÃO BONDE DOS GREMISTAS IML EH GREMIO MÃE DO ROGÉRIO CENI TEM TICO

VOLTA 2007
Vicente Fonseca disse…
Chico sempre teve razão, Puliça é Grêmio! hahah