Seleção do Brasileirão 2013 - Carta na Mesa

No programa desta quinta, o Carta na Mesa elegeu a sua seleção do Campeonato Brasileiro. Eis os escolhidos.

Fábio (Cruzeiro): depois de duas temporadas ruins, Fábio e o Cruzeiro voltaram aos bons tempos. Num time que marcou 77 gols, é curioso o goleiro ser destaque, mas algumas de suas defesas milagrosas ajudaram a Raposa a conquistar pontos importantes. Contra Grêmio e Vitória, na reta final, vieram duas de suas mais destacadas atuações, com milagres que ajudaram o time a confirmar o título antecipado. Foram cinco votos na eleição, contra dois de Wéverton e um de Cássio.

Marcos Rocha (Atlético Mineiro): a Libertadores dele foi excelente, o que não significa que o Brasileirão também não tenha sido. Num Atlético que primou por disputar o campeonato a plenos pulmões, suas subidas e ótimas jogadas pela direita (e até uns golzinhos) o fizeram ganhar a eleição mais disputada de todas, com três votos. Léo e Mayke receberam dois votos cada, e Suéliton um.

Rhodolfo (Grêmio): depois de anos irregulares no São Paulo, Rhodolfo voltou a apresentar pelo Grêmio o futebol que o fez um dos melhores zagueiros de 2010, quando ainda jogava pelo Atlético Paranaense. Comandou a segunda defesa menos vazada do campeonato com segurança por cima e por baixo, lançamentos, antecipações e muita liderança. Recebeu cinco votos.

Dedé (Cruzeiro): principal contratação do Cruzeiro para a temporada, teve um início irregular. No returno, voltou a apresentar o futebol exuberante dos tempos de Vasco, retomando possibilidades de convocação para a Copa do Mundo. Recebeu três votos, a exemplo de Manoel, mas ganhou pelo critério de desempate (melhor campanha do Cruzeiro em relação ao Atlético Paranaense). Gil e Rodrigo receberam dois votos, e Bruno Rodrigo um.

Alex Telles (Grêmio): foi quase uma unanimidade, recebendo sete dos oito votos. Mas com uma ressalva, também unânime: fez um ótimo primeiro turno, com boas tabelas e cruzamentos precisos, mas caiu demais no segundo. Ainda assim, sobrou devido à falta de concorrência. Juan, do Vitória, levou o voto restante.

Nílton (Cruzeiro): no Corinthians e no Vasco, apresentava futebol interessante em equipes em má fase. No Cruzeiro espetacular de Marcelo Oliveira, pôde provar que marca forte, é ótimo no jogo aéreo, bate bem faltas e marca gols com categoria na área adversária. Uma das unanimidades, com oito votos.

Elias (Flamengo): sua trajetória confunde-se com a da Copa do Brasil, onde talvez tenha sido o craque máximo da competição. Ainda assim, guarda algumas atuações espetaculares no Brasileirão, como a do Fla-Flu do primeiro turno. Voltou da Europa jogando o mesmo futebol dinâmico e moderno dos tempos de Corinthians. Ganhou cinco votos, contra dois de Lucas Silva e um de João Paulo e Ramiro.

Everton Ribeiro (Cruzeiro): a exemplo de Nílton, já havia demonstrado ser ótimo jogador em outros clubes, mas estourou de vez no Cruzeiro. Lances geniais, contragolpes bem armados, passes espetaculares, golaços. Tudo isso fez parte do repertório de Everton Ribeiro em 2013. Unanimidade, oito votos. Ganhou todos os votos da eleição de craque do campeonato também.

Seedorf (Botafogo): líder técnico e espiritual do primeiro Botafogo que chega a uma Libertadores nos últimos 18 anos. Foi um termômetro da equipe: enquanto esteve bem, o time rendeu; quando caiu de produção, levou junto a equipe para baixo. Mas a média é alta, com muito crédito. Recebeu três votos, contra um de D'Alessandro, Paulo Baier e Cícero.

Walter (Goiás): sem dúvida, o personagem do campeonato. Tão gordo quanto talentoso, Walter foge do lugar-comum, seja dentro de campo ou em entrevistas, as quais são sempre interessantes pela sua sinceridade. Artilheiro e garçom do Goiás, recebeu sete dos oito votos.

Ederson (Atlético Paranaense): é baixinho, leve, mas isso não o impede de ser um centroavante matador, embora não seja daqueles que gosta de atuar fincado - também sabe fazer bem as pontas. Ederson é versátil e inteligente dentro da área. Não é o melhor atacante do elenco do Atlético (Marcelo joga mais), mas foi o melhor no Brasileirão, e o artilheiro disparado da competição, com 21 gols. Levou três votos, contra dois de Ricardo Goulart e um de Maxi Biancucchi, Hernane, Marcelo, Lins e Diego Tardelli.

Marcelo Oliveira (Cruzeiro): incontestável unanimidade. Fez de um Cruzeiro de alguns refugos com jovens apostas um timaço imbatível, que só não se tornou o campeão com melhor aproveitamento da história dos pontos corridos porque tirou o pé na reta final.

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