Retrospectiva 2013: Bahia

A campanha do Bahia foi surpreendentemente positiva no Campeonato Brasileiro. É estranho falar isso de uma equipe que chegou na 14ª posição e fez apenas o suficiente para escapar do rebaixamento. Mas o fato é que o cenário que pintava no céu de Salvador era bem mais sombrio.

O começo de ano foi simplesmente horroroso. A equipe foi vice-campeã baiana sofrendo duas goleadas do rival Vitória na trajetória, 5 a 1 e 7 a 3, além de mais uma derrota e um empate em clássicos. Na Copa do Brasil, eliminação para o Luverdense. Com um elenco caindo aos pedaços, a perspectiva no Brasileirão era terrível. 14 jogadores e o técnico Joel Santana foram mandados embora após o fim do estadual. O rebaixamento parecia inevitável.

Com a chegada de Cristóvão Borges, tudo mudou de uma hora para outra. Com seu discurso calmo, o treinador iniciou muito bem o Brasileiro. Logo em seu terceiro jogo, uma vitória por 2 a 1 sobre o Internacional em pleno Centenário. A seguir, novo 2 a 1, desta vez sobre o Botafogo. Passada a Copa das Confederações, o ritmo se manteve o mesmo: vitórias empolgantes sobre o São Paulo no Morumbi e uma goleada de 3 a 0 sobre o Flamengo colocaram a equipe no G-4.

A euforia só passou quando o time levou 3 a 0 do Grêmio em plena Fonte Nova. Naquele dia, pela 13ª rodada, o Bahia encerraria seu sonho de Libertadores e cairia na real: a gordura inicial acumulada serviria para a equipe fugir do rebaixamento, e não tentar G-4. Foi exatamente o que aconteceu. Em apenas uma rodada, a 34ª, a equipe figurou entre os quatro últimos colocados. Conseguiu escapar de forma matemática ao derrotar o campeão Cruzeiro, no finzinho, em pleno Mineirão, na 37ª. Ainda assim, os números são positivos: a equipe venceu um Ba-Vi e empatou outro e levou apenas 45 gols no campeonato - só nos Ba-Vis do estadual havia levado 15. Melhora sensível de rendimento.

Além de Cristóvão, o atacante Fernandão e o goleiro Marcelo Lomba foram os grandes destaques da campanha. Em 2014, o treinador não permanecerá. Por outro lado, a OAS, parceira do clube, promete investir pesado no futebol, para que a perspectiva não seja novamente a de evitar um fiasco, mas sim a de brigar, de verdade, na ponta de cima.

NÚMEROS DA CAMPANHA
48 pontos; 38 jogos; 12 vitórias; 12 empates; 14 derrotas; 37 gols marcados; 45 gols sofridos; 56,1% de aproveitamento
Em casa: 28 pontos (49,1%) - 17ª melhor campanha
Fora: 20 pontos (35,1%) - 10ª melhor campanha
Destaques: Marcelo Lomba (G), Fernandão (A), Marquinhos Gabriel (M)
Decepção: Wallyson (A)
Artilheiro: Fernandão, 15 gols
Média de público: 20.132 (8º)
Evolução: 
5ª rodada: 8º; 10ª rodada: 4º; 15ª rodada: 10º; 20ª rodada: 15º; 25ª rodada: 13º; 30ª rodada: 16º; 35ª rodada: 16º; Final: 14º
Melhor atuação: Bahia 3 x Flamengo 0 (10ª rodada)
Pior atuação: Santos 3 x Bahia 0 (34ª rodada)
Turno: 23 pontos, 13º colocado
Returno: 25 pontos, 12º colocado

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