Retrospectiva 2013: Atlético Mineiro

Damos início à nossa série retrospectiva de 2013 com o Atlético Mineiro. A cada dia, até 28/12, traremos um time da Série A e contaremos como foi o seu ano. Atenção: o foco da análise é o Campeonato Brasileiro, bem como os dados trazidos aqui.

O Atlético Mineiro seguiu neste Brasileirão à risca a cartilha de quem ganha a Libertadores. Envolvido com as fases decisivas do torneio continental, a equipe começou o campeonato devagar, priorizando jogos mais importantes. Conquistado o título sul-americano, veio a natural ressaca, que durou algumas rodadas. A seguir, porém, reagiu, utilizando o certame não como um laboratório para o Mundial, erro cometido por alguns clubes brasileiros nos últimos anos, mas como um modo de entrosar a equipe para a disputa no Marrocos.

O interessante é que mesmo com a saída de Bernard, a lesão de Ronaldinho e uma tendência natural à desmobilização, o time de Cuca manteve em vários momentos do campeonato a mesma dinâmica de jogo que o levou à conquista da América. Sem seu craque maior durante quase todo o returno, foi Diego Tardelli quem assumiu a função de comandar todas as ações ofensivas. A seu lado, Fernandinho, o novo reforço para o Mundial, que promete não deixar saudades de Bernard. Jogador de alta técnica, conhecida desde os tempos de Barueri, fez um ótimo Brasileirão pelo Galo. Golaços como o contra o Cruzeiro e o Internacional estão entre os mais bonitos da temporada.

A trajetória do Atlético de 2013 com o Corinthians de 2012 até nisso é muito semelhante. No ano passado, o Timão perdeu nomes como Alex após a Libertadores, mas agregou outros, como Guerrero, durante o Brasileirão, e foi bem sucedido no Mundial. Isso não significa que o título esteja encaminhado, pois o Bayern de hoje é bem superior ao Chelsea da temporada passada. Mas ao menos indica que a preparação foi mais do que adequada. Os números no Brasileiro são idênticos em pontos, vitórias, empates e derrotas ao Timão 2012. No saldo, o time de Tite teve 12 gols no ano passado, contra 11 do Galo de agora.

Seja qual for o resultado do Mundial, uma coisa é certa: com a permanência de Cuca, o Atlético tem tudo para continuar sendo forte em 2014. Só não pode cometer os mesmos erros de Corinthians e Fluminense, que renovaram quase nada seus elencos neste ano e caíram na acomodação. Mudando peças pontuais e mantendo o nível de concentração, a equipe pode disputar qualquer título no ano que vem. Em 2013, só não disputou o título brasileiro por não ter se concentrado nele desde o início.

NÚMEROS DA CAMPANHA
57 pontos; 38 jogos; 15 vitórias; 12 empates; 11 derrotas; 49 gols marcados; 38 gols sofridos; 50,0% de aproveitamento
Em casa: 44 pontos (77,2%) - 2ª melhor campanha
Fora: 13 pontos (22,8%) - 19ª melhor campanha
Destaques: Diego Tardelli (A), Fernandinho (A), Leonardo Silva (Z)
Decepção: Dátolo (M)
Artilheiro: Alecsandro, 8 gols
Média de público: 11.415 (13º)
Evolução: 
5ª rodada: 18º; 10ª rodada: 17º; 15ª rodada: 14º; 20ª rodada: 10º; 25ª rodada: 5º; 30ª rodada: 6º; 35ª rodada: 7º; Final:
Melhor atuação: Atlético Mineiro 4 x Goiás 1 (36ª rodada)
Pior atuação: Flamengo 3 x Atlético Mineiro 0 (11ª rodada)
Turno: 25 pontos, 10º colocado
Returno: 32 pontos, 4º colocado
2014: classificado à Copa Libertadores da América, por ser o atual campeão

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