O sinal acendeu
Mais uma derrota, cinco jogos sem vitória. O fim de ano do Internacional (11º, 42) é melancólico, ainda pior do que o panorama nos tempos de Dunga - sem que a culpa seja de Clemer, embora seu aproveitamento de 37,5% seja inferior ao do antigo técnico. E ainda que ninguém no Beira-Rio fale a palavra "rebaixamento", todos estão atentos para que o time não entre na inglória briga para não cair, dos jogadores aos dirigentes, como ficou claro após a derrota de ontem, para o Atlético-PR (2º, 55).
Em um jogo muito bom e movimentado, a atuação colorada ficou abaixo do esperado. O Atlético-PR foi de titulares, mas está com a cabeça muito mais na Copa do Brasil que no Brasileirão. Ainda assim, dominou a partida na maior parte do tempo. O Inter, é verdade, começou bem, mais insinuante e ligado. Mas logo o time de Curitiba tomou as rédeas do meio-campo, fez seu gol com justiça (e do mesmo modo que contra o Grêmio, o Furacão marcou com Dellatorre em cruzamento de Ederson pela direita) e teve várias chances para ampliar na etapa final, para a qual o Colorado só acordou nos 15 minutos finais.
D'Alessandro e Alex falaram em obter pontos e olhar para trás. Marcelo Medeiros admite que a coisa ainda pode piorar. Duas formas veladas de falar que o Inter está atento à possibilidade de rebaixamento. O risco está longe de ser alto, ou até mesmo real, mas o clube está certo em se preocupar desde já. Mantendo o aproveitamento com Clemer, o Colorado faria mais sete pontos, que são suficientes para escapar. Ou seja: a situação ainda é relativamente confortável. Porém, a queda de desempenho do Inter vem acompanhada de um momento onde os clubes que estão atrás costumam pontuar mais para reagir. Cautela não faz mal a ninguém.
Santos: com um golaço de Everton Ribeiro, o Cruzeiro (1º, 68) ficou a uma vitória do título brasileiro. Ganhando do Grêmio e contando com um tropeço do Atlético-PR no domingo que vem, a festa estará garantida. O Santos (9º, 44) nada mais tem a fazer no campeonato, nem mesmo brigar por G-5. 9 mil na Vila Belmiro.
Goiânia: o gremista que comemorou o gol de Eduardo Sasha não entendeu a situação de sua equipe no campeonato. Mais do que brigar com o Botafogo (4º, 53) pela vice-liderança, o Tricolor precisa antes se garantir no G-4. A vitória do Goiás (5º, 52) embolou de vez a briga, que agora envolve ao menos um time destes quatro que será eliminado da Libertadores. Sexta vitória seguida do time esmeraldino, e sem Walter. 11 mil no Serra Dourada.
Salvador: a torcida do Vitória (7º, 48) deu show: 36 mil pessoas foram ao Barradão apoiar o time contra o Corinthians (12º, 42). Em campo, a equipe de Ney Franco ficou devendo. O empate em 1 a 1, que por pouco não foi derrota, deixa o Rubro-Negro a cinco pontos da briga pelo G-4. O Timão, assim como o Inter, olha de cantinho, para não chamar a atenção, a ponta de baixo.
Rio de Janeiro: Inter e Corinthians olham o Z-4 de longe, mas já com certa preocupação. Imaginem, então, a situação do Fluminense (16º, 36), que pode ser o primeiro campeão brasileiro rebaixado no ano seguinte. A derrota no fim para o Flamengo (10º, 44), 1 a 0, é simbólica. A equipe de Vanderlei Luxemburgo só não entrou na zona de rebaixamento porque a Ponte Preta não venceu o Criciúma. Semana que vem tem o Corinthians, no Pacaembu. Dias tensos. 32 mil no Maracanã.
Criciúma: diante de 10 mil torcedores, um empate ruim para todo mundo entre Criciúma (19º, 33) e Ponte Preta (18º, 34), pois mantém ambos na zona de rebaixamento.
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