Ao contrário do Morumbi
Contra o Criciúma, o Grêmio pagou a conta da vitória injusta sobre o São Paulo, há dez dias. Foi o mesmíssimo cenário, mas vivendo o outro lado da moeda. A equipe de Renato, jogando em casa, teve um bom futebol na maior parte do tempo, criou chances no primeiro e no segundo tempo, teve um pênalti claro não marcado mas, em duas chegadas do adversário, sofreu os dois gols que lhe derrotaram de forma surpreendente por 2 a 1.
Resultado é resultado, mas Renato elogiou o desempenho do time no 4-2-3-1 hoje à noite, e fez bem. O Grêmio de fato fez uma boa partida. O começo foi avassalador. Em nove minutos, três chances claras - em uma, a zaga tirou em cima da linha após ótimo lançamento de Elano para Zé Roberto, e em outra Galatto fez milagre em cabeçada de Barcos. A escalação inicial foi bem interessante: Elano, Zé e Maxi se movimentavam bastante, ganhavam o apoio qualificado de Wendell e criavam pânico no time catarinense o tempo todo. Era um massacre, e o gol parecia questão de tempo.
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1º TEMPO: Grêmio dominou o jogo no 4-2-3-1, mas pecou nas conclusões |
Como sempre, Renato não mexeu no intervalo. Seu time voltou com o mesmo ímpeto de antes, seguia agudo, e chegou ao empate naturalmente, em um golaço de Maxi Rodríguez. Mais uma vez, a virada parecia certa. Renato poderia ter retirado Adriano, e não Zé Roberto, mas o fato é que a entrada de Paulinho precisava mesmo ocorrer. O time ganhou drible e jogada individual, mas perdeu em criatividade. Embora o menino tenha sérios problemas de acabamento da jogada (tenta o drible a mais, erra passes, se precipita), foi pelo lado esquerdo, com ele e Wendell, que a equipe exerceu pressão fortíssima sobre o Tigre, entre os 25 e os 30 minutos. Parecia que a equipe de Argel não ia conseguir resistir.
Mas resistiu. E a saída de Maxi Rodríguez, cansado, para a entrada de Jean Deretti, desarticulou o Grêmio ofensivamente. Já não havia mais o esquema inicial, as tramas pelos dois lados, o perigo a toda hora. Havia sim vários meninos tentando resolver o jogo em um lance individual, e isso se acentuou quando saiu Elano, o último resquício de qualidade de armação deste time, para a entrada de Lucas Coelho. Mas nada disso tornava crível uma derrota. Ela veio em outro gol fora do roteiro, aos 44, em falha clamorosa da zaga, que assistiu Serginho cumprimentar Dida.
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2º TEMPO: com Paulinho no lugar de Zé Roberto, Renato desmancha o 4-5-1 e forma um 4-4-2. Grêmio segue melhor, mas perde o jogo |
Em tempo:
- E o esquema para sábado, ainda sem Riveros? Com o paraguaio e Vargas nas eliminatórias, aposto na escalação de Maxi Rodríguez, que teve ótima atuação hoje. Elano, também de boa participação, é outro que pode seguir no time. O que parece certo é que, com a volta de Kleber, os três meias serão arquivados. Mas Renato tem razão: seu time tem jogado bem em quase todos os esquemas. Os resultados é que variam.
Campeonato Brasileiro 2013 - 27ª rodada
9/outubro/2013
GRÊMIO 1 x CRICIÚMA 2
Local: Arena do Grêmio, Porto Alegre (RS)
Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO)
Público: 18.109
Renda: R$ 502.468,00
Gols: Wellington Paulista 35 do 1º; Maxi Rodríguez 11 e Serginho 44 do 2º
Cartão amarelo: Werley, Sueliton e João Vítor
GRÊMIO: Dida (5,5), Pará (5,5), Werley (4,5), Rhodolfo (5) e Wendell (6,5); Adriano (5,5), Souza (5,5), Elano (6) (Lucas Coelho, 42 do 2º - sem nota), Zé Roberto (5,5) (Paulinho, 23 do 2º - 5,5) e Maxi Rodríguez (6,5) (Jean Deretti, 30 do 2º - 5); Barcos (4,5). Técnico: Renato Portaluppi (6)
CRICIÚMA: Galatto (7), Sueliton (5,5) (Ezequiel, 42 do 2º - sem nota), Matheus Ferraz (6), Fábio Ferreira (5,5) e Marlon (5,5); Serginho (6), João Vítor (5,5), Ricardinho (7) e Daniel Carvalho (4,5) (Morais, intervalo - 5,5); Lins (6) e Wellington Paulista (6) (Marcel, 32 do 2º - sem nota). Técnico: Argel (6)
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