Quatro alternativas táticas para o Grêmio
As más atuações do 3-5-2 na Arena, a volta bem sucedida de Elano e Vargas, a melhora do time no 4-4-2 diante do Santos, as más atuações de Barcos e Riveros... Tudo é motivo para discutir qual é o melhor esquema tático para o Grêmio.
Renato chegou à Arena falando em querer ter ao menos duas alternativas de esquema. À época, soava um absurdo para um time que não tinha nenhum esquema definido. Em dois meses e meio, porém, o técnico gremista já utilizou três esquemas com relativo sucesso: o 3-5-2 (ou até 3-6-1) com três volantes, usado para jogos fora de casa quando a equipe tinha problemas de desfalque; o 3-5-2 com dois volantes, a partir da volta de Zé Roberto; e o 4-4-2, usado durante o segundo tempo de partidas como a vitória sobre o Cruzeiro e o empate da última quarta.
Aqui, sugerimos quatro formações diferentes para Renato montar o Grêmio nestes últimos três meses do ano. Nenhuma delas pretende ser definitiva, e cada uma pode ser usada em uma situação diferente. Prova da riqueza do elenco gremista, e da falta de insistência dos técnicos do Tricolor neste ano em uma única formação, o que dificulta bastante a consolidação coletiva de uma equipe.
Esquema melhor para jogar em casa do que o anterior, pela característica de Ramiro. Com ele avançando pela direita, é possível recuar Souza para a frente da área e formar uma segunda linha, com Ramiro pela direita e Zé Roberto pela esquerda. Ambos poderiam triangular melhor com cada ala, também. Zé Roberto ficaria desobrigado de ter que cair tanto pela direita quanto no esquema anterior, mas por outro lado precisaria voltar para ajudar na marcação e bloquear os avanços dos volantes e meias adversários. Seria interessante também se Rhodolfo pudesse sair de vez em quando da área, como líbero, para formar uma dupla de volantes com Souza esporadicamente.
Foi a alteração que Renato fez no segundo tempo diante do Santos. O esquema ficaria muito semelhante ao do ano passado: um 4-2-2-2. Os laterais acumulariam mais tarefas defensivas, subindo coordenadamente ao ataque, não podendo ajudar o setor ofensivo ao mesmo tempo um do outro. Neste caso, o ideal seria que Riveros atuasse: tem maior poder de marcação que Ramiro e é melhor na bola aérea, fator que o time perderia em parte com a saída de Bressan.
Eduardo Vargas pode ser mais atacante sendo meia do que atacante. Explico: o chileno é mais perigoso partindo de trás com bola dominada, jogando de frente para gol, do que de costas para a zaga. Como tirar Zé Roberto é sacrilégio, o ideal seria formar um setor ofensivo com três meias: Elano caindo pela direita, como nos tempos de seleção, Zé Roberto mais centralizado e Vargas saindo da ponta esquerda para o meio, invertendo esporadicamente com o camisa 10, inclusive. Os laterais subiriam menos neste caso.
A questão mais polêmica é a do único atacante. Barcos é um centroavante, importante para que este tipo de formação funcione, mas Kleber vem em momento técnico bem superior, e sabe como poucos jogar de costas para a zaga, segurando a bola na frente e esperando a chegando de algum dos meias para tabelar. Com intensa movimentação dos quatro, poderia-se abrir mão do centroavante. Questão de tempo para treinar, algo que infelizmente o Grêmio não disporá mais neste ano.
Renato chegou à Arena falando em querer ter ao menos duas alternativas de esquema. À época, soava um absurdo para um time que não tinha nenhum esquema definido. Em dois meses e meio, porém, o técnico gremista já utilizou três esquemas com relativo sucesso: o 3-5-2 (ou até 3-6-1) com três volantes, usado para jogos fora de casa quando a equipe tinha problemas de desfalque; o 3-5-2 com dois volantes, a partir da volta de Zé Roberto; e o 4-4-2, usado durante o segundo tempo de partidas como a vitória sobre o Cruzeiro e o empate da última quarta.
Aqui, sugerimos quatro formações diferentes para Renato montar o Grêmio nestes últimos três meses do ano. Nenhuma delas pretende ser definitiva, e cada uma pode ser usada em uma situação diferente. Prova da riqueza do elenco gremista, e da falta de insistência dos técnicos do Tricolor neste ano em uma única formação, o que dificulta bastante a consolidação coletiva de uma equipe.
3-5-2 com Riveros
É o esquema que começou o jogo de quarta-feira. Uma equipe com problemas de articulação de jogadas e que tem dificuldade de propor o jogo, feita para jogar um futebol reativo, fora de casa. Neste caso, Souza e Riveros jogam mais recuados que Zé Roberto. Notem como o camisa 10 fica sobrecarregado: como único articulador, é obrigado a se deslocar para todos os lados na hora de distribuir o jogo e ainda voltar para buscar a bola junto aos centromédios. É um esquema que, se for usado em casa, é melhor utilizado se houver marcação pressionando muito a saída de bola adversária, o que colocaria os alas juntos, integrados ao trabalho ofensivo. É fundamental, também, que Kleber e Barcos voltem e busquem jogo de vez em quando.
3-5-2 com Ramiro
Esquema melhor para jogar em casa do que o anterior, pela característica de Ramiro. Com ele avançando pela direita, é possível recuar Souza para a frente da área e formar uma segunda linha, com Ramiro pela direita e Zé Roberto pela esquerda. Ambos poderiam triangular melhor com cada ala, também. Zé Roberto ficaria desobrigado de ter que cair tanto pela direita quanto no esquema anterior, mas por outro lado precisaria voltar para ajudar na marcação e bloquear os avanços dos volantes e meias adversários. Seria interessante também se Rhodolfo pudesse sair de vez em quando da área, como líbero, para formar uma dupla de volantes com Souza esporadicamente.
4-4-2, com Elano no lugar de Bressan
Foi a alteração que Renato fez no segundo tempo diante do Santos. O esquema ficaria muito semelhante ao do ano passado: um 4-2-2-2. Os laterais acumulariam mais tarefas defensivas, subindo coordenadamente ao ataque, não podendo ajudar o setor ofensivo ao mesmo tempo um do outro. Neste caso, o ideal seria que Riveros atuasse: tem maior poder de marcação que Ramiro e é melhor na bola aérea, fator que o time perderia em parte com a saída de Bressan.
4-2-3-1, com Vargas partindo de trás
Eduardo Vargas pode ser mais atacante sendo meia do que atacante. Explico: o chileno é mais perigoso partindo de trás com bola dominada, jogando de frente para gol, do que de costas para a zaga. Como tirar Zé Roberto é sacrilégio, o ideal seria formar um setor ofensivo com três meias: Elano caindo pela direita, como nos tempos de seleção, Zé Roberto mais centralizado e Vargas saindo da ponta esquerda para o meio, invertendo esporadicamente com o camisa 10, inclusive. Os laterais subiriam menos neste caso.
A questão mais polêmica é a do único atacante. Barcos é um centroavante, importante para que este tipo de formação funcione, mas Kleber vem em momento técnico bem superior, e sabe como poucos jogar de costas para a zaga, segurando a bola na frente e esperando a chegando de algum dos meias para tabelar. Com intensa movimentação dos quatro, poderia-se abrir mão do centroavante. Questão de tempo para treinar, algo que infelizmente o Grêmio não disporá mais neste ano.
Comentários
Se o Elano confirmar por mais um, dois jogos, que está plenamento recuperado, aí sim tiraria um zagueiro e montaria aquela linha de três meias chegando no Kléber.
Só acho que o Vargas tem que partir de trás. Dá pra fazer um 3-6-1 (esquema horrendo, mas enfim) com ele de um lado e Zé Roberto de outro, ou um 4-4-2 com ele e Zé Roberto nas meias. Ele lá na frente, de costas, acho que fica prejudicado.