Previsivelmente parecido



Tudo indicava que o jogo contra a Ponte Preta seria, para o Grêmio, semelhante ao que foi o duelo com o Santos. Na Arena, o Tricolor enfrentaria um adversário que viria pronto para se defender e especular nos contragolpes, o que dificulta para um time que é formado sem meias. E tudo ocorreu de forma parecida mesmo: o time de Renato não jogou bem, mas fez o suficiente para vencer mais uma. Se na quarta o prêmio foi a classificação, hoje foi empatar na liderança com o Cruzeiro.

A equipe de Campinas até foi um pouco melhor nos primeiros 25 ou 30 minutos. Sem ninguém que buscasse a bola junto aos zagueiros para armar as jogadas, o Grêmio não conseguia trocar passes com segurança no campo de ataque. A Ponte valorizava mais a posse, mas não se expunha muito. Baraka fazia um bom trabalho na frente da zaga, Ramírez fazia uma interessante distribuição de jogadas, mas faltava qualidade e coragem para tentar a vitória.

Aos poucos, o Grêmio foi encontrando espaços e crescendo. Se Pará e Alex Telles eram bloqueados, a aproximação de Kleber e Barcos com ambos dificultava a marcação e começava a criar problemas para a Ponte. No segundo tempo, a pressão se tornou mais forte, embora mais na base da bola aérea que da criação de jogadas. A expulsão de Giovanni era um facilitador, mas não foi a causa da vitória gremista, mas sim o recuo errado de Betão, que Kleber, ligado no jogo, aproveitou bem e fez 1 a 0.

Cansado pelo jogo de quarta, e tendo uma viagem a Goiânia na sequência, o Grêmio parou de forçar o ritmo a partir da vantagem adquirida e passou a administrar a vantagem. Mesmo assim, ficou muito claro o quanto Zé Roberto melhorou a movimentação ofensiva da equipe. O Grêmio travado na armação de quarta-feira e do primeiro tempo deste sábado virou um time mais insinuante, com alternativas, segurando melhor a bola, valorizando sua posse. Vargas também mostrou que pode ser uma interessantíssima opção de segundo tempo, investindo de forma vertical contra a defesa adversária.

Em cinco jogos cheio de desfalques, o Grêmio obteve cinco vitórias. Até hoje à tarde, é o líder por pontos do Brasileirão ao lado do Cruzeiro. E o time deve melhorar de agora em diante. Para terça, além do Goiás, é o cansaço o principal adversário tricolor. Mas vencer jogando bem ou jogando mal é um indicativo de campanha consistente. E de força, claro.

Irresistível
A campanha do Atlético Paranaense é impressionante. Com um elenco absolutamente comum, o Furacão é a sensação do Brasileiro. A goleada por 4 a 1 sobre o Náutico na Arena Pernambuco já deixa a equipe na 3ª colocação, ao menos até que o Botafogo enfrente o São Paulo. E o mais incrível é que não há qualquer sinal de que a série de grandes resultados vá acabar, pois a equipe só cresce.

Mais um grande a perigo
O Fluminense não para de perder, e já se aproxima perigosamente da zona de rebaixamento. A derrota por 2 a 0 em casa para o Santos já deixa o atual campeão brasileiro com risco de entrar no Z-4 ainda nesta rodada. Se o São Paulo não cair, o Flu tem a ficha 2 entre os gigantes para rumar à Série B 2014. Até quando dura Luxemburgo?

Comentários

Chico disse…
A Arena pulsou e o Tricolor explodiu a ponte. Importantíssima vitória contra a macaca.

Tinha certeza que o betão iria entregar uma.

Vicente Fonseca disse…
Pensei exatamente o mesmo em relação ao Betão, Chico.