30 minutos e um bom resultado

Foi basicamente na qualidade de Forlán e D'Alessandro que o Internacional obteve os importantes 3 a 1 sobre o América-MG, ontem, no Centenário. Sem Willians, Dunga ousou: retirou Aírton, pôs Jackson improvisado em seu lugar e escalou o esforçado Dátolo no meio, no lugar do gripado Jorge Henrique. Muitas mudanças, o que dificultava mesmo qualquer boa atuação. O resultado foi até melhor do que a encomenda, principalmente levando em conta o que ocorreu em boa parte do jogo.

Alertávamos ontem para os perigos do América-MG, sem imaginar, porém, uma atuação tão sofrível quanto a que o Inter teve até empatar a partida. No primeiro tempo, não fosse uma falha do goleiro Matheus, o Colorado não teria criado nenhuma chance de perigo. O gol de Rodriguinho não expressou exatamente uma superioridade mineira, mas incrivelmente, se alguém tivesse que ter vencido a etapa inicial, teria sido mesmo o Coelho, que levou mais perigo, sempre apostando em chutes de média distância, como no caso do gol.

A entrada de Jorge Henrique não melhorou de imediato o Colorado, que seguia com pouquíssima criatividade. Até que Matheus salvou em tentativa de Rafael Moura, aos 16, na primeira jogada construída do Inter no jogo. O lance acordou o time rubro, que foi bem apenas na última meia hora de jogo, o suficiente para vencer a partida. Logo veio o pênalti convertido por D'Alessandro, a virada no belo gol de Forlán e o terceiro, de Maurides, que dá a tranquilidade de poder até perder por um gol de diferença em Minas que a vaga ainda assim virá.

Mais uma vez, um bom resultado, apesar de vários problemas. Sábado, será a vez de visitar o Fluminense. Os erros das partidas de ontem e de contra o Vasco, neste próximo fim de semana, dificilmente serão perdoados. Será preciso evoluir.

Em tempo:
- O empate do Santos em casa com o CRAC, 1 a 1, levanta aquela inevitável suspeita, por mais que eu não creia na teoria da conspiração, de que o clube prefere disputar a Copa Sul-Americana, o que requer uma eliminação precoce. A derrota da Ponte Preta para o Nacional-AM, em Campinas, também. Seja como for, fica claro que o regulamento que leva à Sul-Americana é esdrúxulo e deveras equivocado.

- E o Bahia já é G-4. Os 2 a 1 de virada sobre o São Paulo (10º, 8) em pleno Morumbi dão ao Tricolor da Boa Terra o 3º lugar no Brasileirão, com 11 pontos, ainda que um jogo a mais que os outros. Clemente Rodríguez e (claro!) Luís Fabiano foram expulsos.

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