O evoluçômetro de Salvador

Depois de bons e maus momentos contra França, México e Inglaterra e apenas uma atuação segura, diante do Japão, hoje é dia de tirar a prova e ver o quanto a seleção brasileira evoluiu de fato. A partida contra a Itália repete o duelo ocorrido há exatos três meses, dia 21 de março, em Genebra. Foi o jogo onde o Brasil iniciou sua série de oito partidas sem perder, que dura até hoje, mas foi uma partida onde a equipe de Felipão teve sérios problemas. Eles parecem estar sendo corrigidos. Então, nada melhor que repetir aquele duelo de início de trabalho para tirar uma prova mais fidedigna disso tudo.

Era um time parecido com o que jogará hoje na Fonte Nova, com o mesmo 4-3-3 de dois volantes e um meia, mas sem Dante, Filipe Luís e Fernando, e com Thiago Silva, Marcelo e Luiz Gustavo. Paulinho não joga, dando lugar ao mesmo Hernanes que começara a partida de 90 dias atrás. Na frente, Hulk, Fred e Neymar tiveram um bom primeiro tempo, enquanto Oscar esteve ligado, e um péssimo segundo, quando a seleção foi dominada pela Itália e deveria ter perdido o jogo. Mesmo problema apresentado contra o México: a equipe depende de seu único articulador para ter criatividade e aproximação.

Ainda assim, há que se levar em conta as perdas de Pirlo e De Rossi pelo lado italiano, que pesam bem mais que a ausência de Paulinho no brasileiro. Esta Itália que se defende mal e ataca bem, um contrassenso quando falamos da Squadra Azzurra, virá de forma mais agressiva e com menos qualidade técnica hoje, ao menos em nomes. Prandelli costuma escalar o time no 4-5-1 com três volantes, mas um deles é justamente Pirlo, um falso volante, centromédio só no posicionamento inicial, pois sai de trás e arma jogo como grandes líberos do passado. Candreva será o substituto de De Rossi e Giovinco o de Pirlo, mas com uma característica bem mais de segundo atacante que de meia que organiza o ataque.

Com dois de seus três principais jogadores fora, a Itália entra com possibilidades menores de obter a liderança do grupo. As semifinais continentais, com Brasil x Uruguai no Mineirão e Espanha x Itália no Castelão, está desenhada. Desde que os favoritismos se confirmem - e esta tem sido uma das tônicas desta Copa das Confederações.

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