Liquida Morumbi

Uma das medidas do São Paulo para estancar a crise pela qual o time passa dentro de campo foi o afastamento de sete jogadores de seu elenco atual. Alguns poderiam muito bem reforçar os principais times brasileiros da atualidade. Dá uma olhada na vitrine.

Cañete: habilidoso meia argentino de 22 anos, despontou no Boca Juniors como sucessor de Riquelme. Não é para tanto, claro, mas ele tem suas qualidades, como um bom drible e ótima visão de jogo. Foi uma das figuras da Universidad Católica que eliminou o Grêmio da Libertadores de 2011, ao lado de Pratto. Chamou a atenção do São Paulo, que o trouxe, mas mal foi utilizado, devido às intermináveis lesões.

Cortez: destaque do Botafogo no Brasileiro de 2011, o lateral de 26 anos tem na vocação ofensiva sua maior característica. Melhorou no quesito marcação e consciência tática em seu primeiro ano no Morumbi, mas segue sendo um jogador inconstante. Alternativa boa para quem precisa de uma opção para dar agressividade ao time pelo lado esquerdo do campo.

Fabrício: volante de 30 anos, de ótima passagem pelo Cruzeiro, onde foi vice-campeão da América em 2009 e brasileiro em 2010. Joga na primeira função, protege a defesa como poucos e tem saída de bola bem razoável. Assim como Cañete, não conseguiu nunca se firmar no Morumbi por conta das lesões. Apesar disso, vale a aposta.

Henrique Miranda: lateral esquerdo de apenas 20 anos, será emprestado para ganhar cancha. Como ainda é muito inexperiente (só jogou cinco vezes pelo profissional do Tricolor), dificilmente acertará com clubes que disputem a ponta de cima da tabela do Brasileirão.

João Filipe: zagueiro de 24 anos que chegou a ter alguns bons momentos no ano passado como titular do São Paulo. Perdeu espaço após a chegada de Ney Franco. É um zagueiro firme, porém lento e sem grande qualidade de saída de bola. Serve para compor grupo, ou até para titularidade, em caso de equipes menores.

Luiz Eduardo: zagueiro jovem, de 20 anos, que deve ser emprestado, como Henrique Miranda, para ganhar experiência. É tido como promissor pelo clube. Deve acertar com algum time da Série B ou de menor porte da Série A.

Wallyson: artilheiro da Libertadores de 2011, viveu ótima fase no Cruzeiro daquele ano antes de se lesionar gravemente - fratura no tornozelo. Desde aquela contusão, em uma partida contra o Internacional, nunca mais repetiu o bom futebol dos tempos de Cruzeiro, ABC e Atlético Paranaense. Mal fardou no São Paulo. É um jogador rápido, que marca muitos gols e joga bem ao lado de um segundo atacante, mas não é centroavante. Dá versatilidade e velocidade ao ataque. Suas lesões causam desconfiança, mas vale muito a aposta, pois tem qualidade de sobra.

Comentários