Até agora, suficiente



De novo, o Fluminense passa sem empolgar na Libertadores. Muitos podem dizer que isso é bom: se jogando mal o time tem passado, é sinal de que tem qualidade e pode ir longe quando atuar bem. O problema é esperar esta boa atuação vir. Afinal, é um time que piorou de 2012 para cá, teve dois jogadores pegos no antidoping na semana passada e, o mais preocupante, não fez nenhuma boa partida na Libertadores até agora.

Contra o Emelec, a classificação veio com grande dose de sofrimento. Os equatorianos, não nos enganemos, têm um bom time. Trata-se do líder do Campeonato Equatoriano, futebol que ocupa lugar de destaque nas Eliminatórias para a Copa do Mundo. O Emelec, em casa, venceu Vélez e Peñarol antes de ganhar do Flu na semana passada. Mas nada disso apaga a atuação nada mais que média do time de Abel Braga, que só definiu sua classificação contra um time que tinha nove jogadores aos 40 minutos do segundo tempo em São Januário.

A margem que pode se dar ao Fluminense é a tabela, que lhe favorece. Passado o Emelec, o adversário ns quartas será Olímpia ou Tigre, ambos tecnicamente inferiores, embora diante dos paraguaios o Flu não possa ser considerado favorito. A situação, neste ponto, é análoga à do Grêmio, outro brasileiro que faz campanha abaixo do esperado, mas tem uma tabela favorável no mata-mata. Ambos podem chegar às semifinais também pela teórica fragilidade dos rivais, e aí a história é outra. A diferença é que o Tricolor Gaúcho já fez grandes jogos nesta Libertadores, ao contrário do Flu, e só oscila por ter trazido novos jogadores, que qualificaram seu time, mas ainda buscam entrosamento.

O time carioca, além de não ter buscado ninguém após a virada do ano, não conseguiu uma atuação convincente ainda. Mas vem chegando, o que sempre renova a esperança de que ela possa ocorrer em um momento posterior da competição, por mais que isto não seja o mais provável.

Comentários