A vaga, acima de tudo

A classificação do Internacional à segunda fase da Copa do Brasil não pode esconder os problemas apresentados pelo time em campo. O fato de ela ter vindo aos 48 minutos do segundo tempo já sinaliza isso. Sem D'Alessandro, expulso em uma confusão com o glorioso Testinha ainda na etapa inicial, o time penou demais para criar jogadas. Dátolo não é armador, o que ficou claro hoje, mais uma vez. Além de não ter a característica de armar jogadas, esteve em má jornada técnica.

A eliminação no finzinho foi um castigo ao valente time acreano. No primeiro tempo, após o 10 contra 10, o Rio Branco chegou a ser superior em campo. Bravura do time local à parte, um panorama impensável e inadmissível. O Inter só melhorou, mesmo, com a entrada de Caio, atacante de estrela: entrou, fez um gol no minuto seguinte e cavou o pênalti da classificação nos acréscimos. Não só por isso, mas também pelo fator físico: era natural que o time dominasse o segundo tempo, dada sua melhor preparação física. A viagem longa e o calor da Amazônia pesaram menos do que a superioridade atlética de um clube com muito mais estrutura.

Outro alerta que cabe fazer, embora já tenha sido feito dezenas de vezes, é sobre D'Alessandro. Não apenas em relação à dependência que o time tem dele (Dunga precisa encontrar mais alternativas para criar), mas quanto ao seu temperamento explosivo. Ser expulso em um primeiro tempo de um jogo importante não é inédito em sua passagem pelo Colorado. Agora, ficará de fora de uma partida importante, provavelmente contra o Santa Cruz, no Arruda lotado - e é bom lembrar que Leandro Damião também não joga em Recife. Mesmo assim, é importante a vaga antecipada, e o Inter foi o único time conseguiu isso hoje.

Em relação aos outros times gaúchos, Veranópolis e Caxias obtiveram bons resultados. O pentacolor leva um interessante 1 a 0 para Santo André, enquanto os grenás trazem um gol qualificado para Caxias do Sul, perdendo por diferença mínima para o bom time do Resende, que vem fazendo uma Taça Rio superior à de Vasco e Flamengo. Quanto ao Brasil de Pelotas, sobrou garra e faltou bola, mas o time fez um enfrentamento parelho e forçou o segundo jogo diante do Atlético-PR. Mesmo sendo muito difícil uma reversão, não está proibido de tentar. O Furacão é fraco, e em vários momentos do jogo foi até dominado.

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