Pedreira na Boca do Lobo

A partida de hoje à noite é complicada para o Grêmio. O Pelotas historicamente é um adversário complicado na vida dos grandes. Foi lá, no ano passado, que Vanderlei Luxemburgo perdeu sua invencibilidade como técnico gremista. A derrota por 1 a 0 naquele 1º de abril de 2012 custou a liderança geral da Taça Farroupilha ao Tricolor, o mando de campo do Gre-Nal decisivo e, talvez justamente por isso, o título gaúcho ao Grêmio.

A ocasião agora é bem diferente em alguns aspectos. A dificuldade permanece a mesma, mas o modo como o Grêmio encara o Gauchão é completamente oposto ao do ano passado, quando era a principal competição do clube nos primeiros três meses da temporada. O Pelotas segue sendo um adversário complicado, é um dos que mais investiu no interior para 2013, mas para os gremistas trata-se de um treino para a partida contra o Fluminense, daqui a 20 dias, pela Libertadores. Só isso, e a tentativa de se classificar cedo, sem precisar de resultados perto do jogo com os cariocas, justifica mandar titulares para a Boca do Lobo.

A curiosidade recai especialmente sobre o substituto de Vargas na frente. Welliton é o favorito por precisar de mais ritmo competitivo e ter características que casam muito bem com Hernán Barcos. No entanto, não é errado apostar que Kleber possa entrar no segundo tempo e formar uma trinca de atacantes na frente. Luxa já avisou que pode testar esta formação - por mais que seja imensamente temerária, especialmente visando a um confronto com um Fluminense especialista em jogar fechado e apostar em contragolpes.

É noite para ver Welliton, Kleber, Adriano e Guilherme Biteco, e saber como o time lidará com desfalques importantes do nível de Fernando, André Santos e Eduardo Vargas. Quanto ao substituto de Elano, fica para a próxima. Em um time já com três perdas importantes, colocar Marco Antônio seria enfraquecer demais o nível. Provavelmente Luxa vai deixar para colocá-lo nos jogos mais próximos à decisão do dia 10 de abril.

Em tempo:
- A ridícula média de público do Gauchão, a menor entre todos os grandes estaduais do país, escancara a fórmula desinteressante do campeonato. Mudanças são imperiosas, e certamente virão em breve. A regionalização, digo há 20 anos isso, é o caminho.

- Fernando treinou como titular da seleção ontem.

Comentários