A força uruguaia

Depois de uma Libertadores ridícula em 2012, os clubes uruguaios vão bem até agora na edição deste ano. O Peñarol faz boa campanha no Grupo 4, e hoje foi a vez do Nacional assumir a liderança disparada do Grupo 1 ao derrotar o Boca Juniors, em plena Bombonera, por 1 a 0.

O gol cedo, de Scotti, logo aos 19 minutos, facilitou a vida dos uruguaios. O Boca, mais uma vez, mostrou extremas dificuldades em ter que propor o jogo diante de um adversário fechado. Foi a segunda derrota da equipe em casa na Libertadores, em dois jogos. A mítica Bombonera não assusta mais. Somente em Guayaquil, contra o ofensivo Barcelona, o time de Carlos Bianchi teve espaços e conseguiu uma boa atuação e um bom resultado. Nem a volta de Riquelme deixou o time mais criativo. Pelo contrário: no segundo tempo, especialmente, foram só bolas erguidas para a área charrua, o tempo inteiro.

A situação do Boca é complicada. Com 3 pontos, os argentinos são agora obrigados a ganharem do Nacional, semana que vem, em Montevidéu. Só o Barcelona, com 2, está atrás. O Toluca tem 4 e a vantagem de receber o time de Bianchi no México, na última rodada. Por outro lado, jogará duas seguidas fora de casa agora. Tranquilo, mesmo, só o Nacional: com 7 pontos, ganhou a segunda seguida fora de casa e tem classificação encaminhada. A não ser que perca para o Boca em casa na semana que vem. No Grupo 1, nenhum mandante ganhou ainda.

Liderança encaminhada
Os 2 a 1 sobre o The Strongest deixam o Atlético-MG muito perto da liderança e da classificação no Grupo 3. Com 9 pontos, o Galo já abre cinco para o São Paulo e seis para os bolivianos, que provaram em Belo Horizonte o que já se suspeitava em São Paulo, na semana passada: o time tem bem mais que só a altitude de La Paz. Complicou de novo a vida do time brasileiro da vez e é candidato à classificação.

E candidato sério, afinal, o São Paulo não passou de um empate em casa com o Arsenal de Sarandí, lanterna, no Morumbi. O 1 a 1 é terrível para a equipe de Ney Franco. Manteve os argentinos vivos e obriga o Tricolor a pontuar em Avellaneda na semana que vem, sem Luís Fabiano, expulso após o fim do jogo. E o pior: jogará na altitude de La Paz contra o bom Strongest, precisando igualmente de um resultado para se classificar. Tirante o Palmeiras, é de longe o brasileiro em situação mais delicada.

Em tempo:
- O Cerro Porteño, que fez boa Sul-Americana no ano passado, está quase eliminado. Levou 2 a 1 em casa do Santa Fé e termina o primeiro turno com zero ponto, contra 5 de seu adversário, 7 do Real Garcilaso e 4 do Tolima.

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