A despedida

O Gre-Nal é sempre importantíssimo, mesmo que faça pouca diferença numa tabela de classificação. O fato de ser o último jogo oficial do Estádio Olímpico reveste o clássico deste domingo de uma importância histórica ainda maior. No entanto, o clima de Gre-Nal só ocorrerá, mesmo, após a bola rolar. Antes, o que temos é um clima de despedida, de melancolia, por parte da torcida do Grêmio.

A cidade respira a partida, mas de uma forma muito diferente do habitual. Não sabemos se é um clima festivo ou de decisão. Os gremistas ainda brigam pelo vice-campeonato, precisam encerrar a Era Olímpico com uma vitória sobre o maior rival, mas o fato de ser a última partida da história de seu estádio parece pesar mais do que tudo. Há mais expectativa por viver este último jogo que o natural medo de perder um Gre-Nal. Do lado vermelho, torcedores loucos para estragar a festa do rival, mas contidos por saberem que, teoricamente, o favoritismo é do Grêmio. Há quem fale que sofrer uma goleada é o placar mais provável, buscando já uma vacina em caso de derrota, mas também praticando a velha artimanha de jogar o favoritismo para o lado de lá, como se precisasse.

Seja como for, seja o placar que for, não se trata de apenas mais um Gre-Nal. É o último da história do Olímpico. E uma coisa é certa: os gremistas podem sair até vitoriosos, mas ainda assim derramarão lágrimas. Lágrimas de despedida, mais que de alegria por uma eventual vitória ou tristeza por uma eventual derrota.

Os outros clássicos
O Gre-Nal é o grande clássico do domingo justamente por conta do fato histórico, mas haverá drama em Pernambuco, principalmente. O Náutico tem a chance de jogar o rival Sport para a Série B. Até perdendo isso pode acontecer. Em Belo Horizonte, o Atlético-MG só se manterá vivo na luta pelo vice se conseguir o que normalmente não tem alcançado: uma vitória sobre o Cruzeiro. O time de Celso Roth é inferior, mas já viveu momentos piores. Parece pronto para pregar uma peça no Galo.

Ontem
Golaço de Neymar, fechando seu ano com incríveis 56 gols, 43 deles pelo Santos. A vitória sobre o Palmeiras foi construída ainda no primeiro tempo. No Rio, Flamengo e Botafogo ficaram no seu já tradicional 2 a 2.

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