Caricatura da decisão

No dia 10 de maio, Fluminense (10º, 6) e Internacional (4º, 8) fizeram uma grande partida pelas oitavas de final da Libertadores. No dia 10 de junho, totalmente desfalcados, protagonizaram um dos duelos mais sonolentos do Campeonato Brasileiro. O empate não ficou de mau tamanho para o Colorado, que segue invicto e dentro do G-4 mesmo tendo jogado apenas uma das quatro partidas com Oscar e Leandro Damião. Público de menos de 6 mil pessoas no Engenhão - ridículo, como tem sido costume nas torcidas cariocas neste Brasileirão.

Em quatro rodadas, o Campeonato Brasileiro não viu ainda nenhuma goleada, prova do equilíbrio. O que chama a atenção é o baixo público - fruto do maior interesse pelas competições paralelas (embora o Grêmio, dono da melhor média, esteja na Copa do Brasil) e das obras que mutilam os maiores estádios e forçam equipes a jogar em outros com capacidades reduzidas. Nesta rodada, a média foi de apenas 8,7 mil por jogo. No campeonato, é pouco inferior a 11 mil.

Varginha: o Cruzeiro (5º, 8) de Celso Roth começa a fazer campanha. Com um gol de Wellington Paulista, no segundo tempo, quebrou a invencibilidade do Sport (11º, 5) no campeonato. Menos de 5 mil pagaram para ver.

São Paulo: outro público pequeno, 6 mil pagantes, viram o São Paulo (7º, 6) derrotar o Santos (16º, 3) por 1 a 0, gol do zagueiro Paulo Miranda. O fato de o Tricolor ser o melhor paulista neste campeonato e estar três posições distante do G-4 evidencia o mau começo das equipes do maior estado do país no Brasileirão.

Recife: no jogo mais emocionante da rodada, 12 mil pessoas viram o Náutico (13º, 4) fazer 3 a 2 no Botafogo (6º, 6). O Fogão, aliás, esteve no jogo mais emocionante de todas as rodadas: as vitórias de virada sobre São Paulo e Coritiba e as derrotas surpreendentes para Cruzeiro e Náutico. Longe de ser espetacular, como pintava no comecinho do certame, o Botafogo é irregular. O próximo jogo do time de Oswaldo de Oliveira é com o Inter, sábado. Colorado, vá ao Beira-Rio. Vai ser, no mínimo, emocionante.

Florianópolis: Figueirense (9º, 6) e Ponte Preta (15º, 3) jogaram na chuva e ficaram no 0 a 0. Quem vê a falta de grife, de gols e o excesso de água pensa num joguinho, mas se engana. A partida foi repleta de chances perdidas e finalizações a gol. Empate ruim para ambos. 6 mil no Orlando Scarpelli.

Salvador: mesmo com 18 mil torcedores ao seu lado, o Bahia (17º, 2) não foi páreo para o Vasco (1º, 12), que voa neste início de campeonato. Destaque para os golaços de Juninho e Diego Souza.

São Paulo: pouco mais de mil testemunhas presenciaram a primeira vitória da Portuguesa (12º, 4): 2 a 0 sobre o Atlético/GO (18º, 2). Hoje, a Lusa estaria na Sul-Americana 2013.

Eliminatórias
O Uruguai vai aproveitando o fato de iniciar a competição jogando quatro das cinco primeiras em Montevidéu. Fez 4 a 2 no Peru e está um ponto atrás do Chile, com um jogo a menos. É o melhor aproveitamento da competição. Em Quito, o Equador fez 1 a 0 na Colômbia e entrou na zona de classificação. A decepção por enquanto é o Paraguai, penúltimo colocado, só à frente dos peruanos.


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