Bem mais que bola aérea

As classificações de Coritiba e Corinthians podem ter ocorrido por competições diferentes, de tamanhos diferentes, contra adversários diferentes. Mas, na essência, é a mesma: a vitória da organização e do sentido coletivo que todo time de futebol deveria prezar sobre a ideia de que o importante é ter craques, pois eles resolvem se as coisas derem errado.

O Coxa de 2012 pode não ser tão brilhante quanto aquele começou 2011, mas é tão eficiente quanto. Ontem, deu pinta de campeão. Mesmo sem jogar tão bem quanto na partida de ida, quando merecia melhor sorte uma derrota por 1 a 0 no Morumbi, foi mais efetivo e contou com um Couto Pereira pulsante ao seu lado. O São Paulo, com suas estrelas, não resistiu. E resumir o Coxa à bola aérea é cometer um erro grave de avaliação sobre este justo finalista da Copa do Brasil.

Não é à toa que o time paranaense chega à decisão pela segunda vez seguida. Desde 2008, quando fez boa campanha no Brasileirão sob o comando de Dorival Júnior, o Coritiba tem bons times. Mesmo o que caiu em 2009 não era tão fraco quanto um rebaixamento pressupõe - tanto que chegou à semifinal daquela Copa do Brasil e passeou na Série B de 2010. Sob o comando de Marcelo Oliveira, o Coxa é um dos times mais consistentes do futebol brasileiro nas últimas duas temporadas.

Se vai ganhar ou não a Copa do Brasil, é outra história. Se a decisão for contra o Palmeiras, mais provável, o Coxa tem mais time - embora Felipão seja matreiro como poucos e o Verdão tenha tido atuação de campeão no Olímpico semana passada. Contra o Grêmio, o panorama é outro. O Tricolor Gaúcho tem um histórico de vitórias sobre o Coxa, possui mais individualidades e um fator local igualmente muito pesado. E, se conseguir a façanha de tirar o Palmeiras de cena hoje à noite, fica difícil segurar, pois é uma reversão de expectativa muito grande.


Comentários

Vine disse…
Isso que o Coxa perdeu vários jogadores depois do Brasileiro do ano passado...