Lesões que mudam o time

Antes, as lesões em sequência prejudicavam o Grêmio apenas porque Vanderlei Luxemburgo não conseguia dar sequência a um time titular. Agora, metade de maio, não era para elas estarem acontecendo, no caso das musculares. A que vitimou Bertoglio ontem complica o técnico para montar um setor ofensivo que já não tem Kleber e precisa (ou ao menos deveria) marcar pelo menos um golzinho em Salvador, no jogo mais complicado pela maior competição do ano até agora.

A ideia de atuar com um time um pouco mais fechado e especular nos contra-golpes, que Luxa tem posto em prática em vários jogos em que até nem precisava fora de casa nesta Copa do Brasil, deverá ser revista. Especialmente se André Lima for - e deve ser - o substituto do argentino. Moreno tem velocidade, até sai para os lados, mas é um jogador ainda de área, que rende bem mais se estiver próximo ao gol. A alternativa melhor seria compor com Miralles uma dupla sul-americana, mas o treino de ontem já indicou que devemos ter mesmo dois centroavantes na frente.

O problema está no método da preparação física? Paulo Paixão adota um consagrado modelo que prevê picos para julho e dezembro, os momentos decisivos do ano, mas que sabidamente pode causar lesões antes disso. No entanto, antes de fazermos a habitual crítica, convém lembrar que algumas das lesões mais importantes sofridas por jogadores do Grêmio em 2012, como as de Kleber, Werley, Gilberto Silva e Mário Fernandes, não foram por motivos musculares. Parem para pensar: o número de problemas musculares no Olímpico não é tão alto quanto parece. Mas somando as várias fatalidades a estes problemas como os de Moreno (em abril) e agora de Bertoglio, não há elenco que aguente e dê conta.

Em tempo:
- Fez bem o Inter no mais recente caso de indisciplina de seu elenco. Jô deu entrevistas "emocionado", se dizendo recuperado, que tinha aprendido com o caso pré-La Paz, mas foi recorrente. Não contribui quase nada dentro de campo, custa caro e tumultua. Bem dispensado. Jajá foi multado, o que também é correto. Mantém-se no grupo, mostrou que pode ser útil (mais que Jô), mas como é "primário", ganha uma nova chance.

- Ah, a dispensa de Jô não obriga o Inter a ir atrás de outro atacante. O clube já era obrigad mesmo quando ele ainda fazia parte do elenco.

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