Empatar e jogar para empatar

Oscar tem toda a razão: empatar na Vila Belmiro será um grande resultado para o Inter. O time iria a 4 pontos, contra apenas 1 do Santos. Ficaria próximo do The Strongest e manteria os paulistas cinco pontos longe da liderança.

Empatar é bom, mas jogar pensando em empatar é algo bem diferente. E a escalação de Dorival Júnior é clara neste sentido: entrando com três volantes, seu time será cauteloso. Dos dois meias, um deles (D'Alessandro) não é um meia-atacante agudo, é um articulador. Jogar fora de casa, contra um adversário forte, sem um jogador especialista em puxar contra-ataques (Dagoberto), pode ser um tiro no pé.

Dorival, no entanto, merece os créditos de quem montou o embrião deste Santos. Teoricamente, é um dos técnicos mais bem preparados para saber como parar Ganso e Neymar. Além disso, é fato que um meio com um Guiñazu sem tanto ritmo de jogo e um volante que não marca tão bem como Bolatti precisaria mesmo de uma "bengala", no caso, Elton.

Mas o Inter poderia e deveria encarar o Santos mais de igual para igual. Tem qualidade para isso, embora o momento do Peixe seja mesmo excelente. Aliás: Ganso e Neymar são um teste quase que definitivo para o sistema defensivo colorado, que é aparentemente sólido, mas carece de alternativas.

Copa do Brasil
O Grêmio faz bem em não falar na classificação antecipada, mas é um dos principais candidatos a matar o confronto de primeira fase já no jogo de ida. O River Plate/SE é o atual bicampeão estadual, se classificou às semifinais no fim de semana, complicou a vida do Botafogo no ano passado. Mas a hora é de confirmar o crescimento do time nos últimos jogos e voltar de Aracaju ao menos com uma vitória que garanta certa tranquilidade para o Olímpico.

A Copa do Brasil começa hoje com Palmeiras e São Paulo como principais favoritos pelo que vêm jogando e pelo que podem fazer, ao lado do Grêmio e do Atlético/MG, que começou o ano bem. Cruzeiro, Bahia e Botafogo estão entre os que podem chegar longe também.

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