Um bom ponto de partida

É evidente que Vanderlei Luxemburgo ficou feliz com o resultado e, principalmente, a atuação do time no Gre-Nal. O bom humor dos gremistas na manhã desta quinta-feira até mesmo diminui a rejeição a seu nome. Chegar em um clube que não ganha títulos importantes há 11 anos e ainda vir de derrota no clássico diante de um rival que acumulou taças neste período, e ainda por cima ter a antipatia prévia dos torcedores seria um clima pesadíssimo para o começo de trabalho.

No entanto, Luxemburgo já chega com a necessidade de um resultado no domingo, em um local onde o Grêmio nem sempre se dá bem. Roger pegou a bagunça que estava a equipe e, em dois treinos, montou um time organizado e um esquema que deu muito certo. O que fará Luxa? A prudência manda repetir o time do Gre-Nal; seu histórico, porém, é de escalações menos comedidas que a que atuou no Beira-Rio - por mais que, apesar dos três volantes, o Grêmio nunca tenha sido um time retrancado.

O discurso inicial pouco interessa de fato. Foi firme como tinha que ser, falou na necessidade de conquista, no objetivo de disputar a Libertadores. Nada de grande novidade. Luxemburgo precisa é mostrar trabalho. Não precisa - e nem deve - manter o time de Roger a vida inteira. É importante dar a sua cara para a equipe, qualquer bom trabalho de treinador funciona assim. Mas a escalação do clássico é um ótimo ponto de partida.


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