O Carnaval é uma imensa quarta de cinzas
O Carnaval do Grêmio tem cara de quarta-feira de cinzas. Na verdade, até lá, o Tricolor só pensará na quarta-feira de cinzas. Os colorados, claro, também. Afinal de contas, um Gre-Nal com favorito ainda assim é um Gre-Nal. Começará 0 a 0, como todos os Gre-Nais. E pode terminar com o triunfo do mais fraco, como em todos os Gre-Nais.
Mas, convenhamos, é bem mais desanimador ser gremista nestas horas. O Grêmio de Caio Júnior fez uma primeira fase fiasquenta. Não fosse a injusta punição ao Cruzeiro, estaria fora até mesmo dos mata-matas da Taça Piratini. Dentro de campo, o Grêmio nem devia estar disputando a fase decisiva deste primeiro turno. Disputar um Gre-Nal no Beira-Rio, contra um Inter bem superior, é até lucro. Quando disputar um clássico no campo alheio, em inferioridade técnica, é lucro, imaginem o que seria o justo.
Muita coisa pode tentar explicar a derrota para o São José. O gramado sintético, os quase 40ºC de calor, os erros de arbitragem que prejudicaram o Grêmio... Mas nada explica o segundo tempo do Grêmio. Um time que fez um primeiro tempo razoável, dominou o jogo, mas volta do intervalo anêmico, tísico. Sofre um gol e, o pior de tudo, não reage. Nem sequer esboça uma pressão. Não fosse um constrangedor gol contra, teria perdido por diferença ainda maior.
Caio Júnior, que definitivamente ainda não mostrou bom trabalho, mexeu mal na equipe. O Grêmio dominava o jogo no primeiro tempo, dentro das possibilidades que as condições climáticas adversas possibilitavam. Aí, se precipita: tira Marquinhos, o homem mais lúcido de criação, e coloca Leandro, formando um 4-3-3 capenga, onde o apático Marco Antônio fica como único responsável pela criação de jogadas. Apartou o time em dois. O São José achou o buraco. A defesa ficou exposta. Os dois gols do Zequinha surgiram assim.
Não há muito mais a ser dito. Souza, no pouco que ficou em campo, provou que não pode ser reserva de Léo Gago. Ficará no banco por enquanto em favor de Fernando e Gilberto Silva, mas por sua qualidade logo assumirá posição no time.
O fato de haver um Gre-Nal prematuro é pavoroso para Caio Júnior. Ganhou uma semana para trabalhar e o time simplesmente involuiu. Há que se considerar os cinco desfalques de hoje, mas a tão comemorada semana sem jogos aumenta a cobrança, e a atuação fraquíssima é um alto preço. Os sete dias tranquilos vão pelo ralo de forma abrupta: o clássico de quarta-feira pode definir sua permanência ou encaminhar sua saída do Olímpico, pois a pressão aumentará. É mais um Gre-Nal, mas não será apenas mais um Gre-Nal. Ao menos para o técnico tricolor.
Campeonato Gaúcho 2012 - Taça Piratini - Primeira Fase - 8ª rodada
18/fevereiro/2012
SÃO JOSÉ 2 x GRÊMIO 1
Local: Passo d'Areia, Porto Alegre (RS)
Árbitro: Jean Pierre Gonçalves Lima (RS)
Público e renda: não divulgados
Gols: Francisco Alex 4, Marabá 43 e Wagner (contra) 46 do 2º
Cartão amarelo: Washington, Marabá, Leandro Leite, Souza, Saimon e André Lima
SÃO JOSÉ: Tiago Volpi (7), Fernando (4,5), Fabiano Eller (5) e Glauco (5,5); Edilson (5,5) (Washington - 5), Marabá (6,5), Leandro Leite (6), Cléber Oliveira (6,5) e Fabiano Silva (6); Anderson Ataíde (5) (Francisco Alex - 6,5) e Rangel (5,5) (Wagner - 4,5). Técnico: Agenor Piccinin (6,5)
GRÊMIO: Victor (5,5), Gabriel (6), Saimon (4,5), Grolli (5) e Bruno Collaço (4,5); Gilberto Silva (5,5), Léo Gago (4,5) (Souza - 6), Marquinhos (5,5) (Leandro - 5) e Marco Antônio (4) (Biteco - 5,5); Kleber (5,5) e André Lima (4,5). Técnico: Caio Júnior (3,5)
Mas, convenhamos, é bem mais desanimador ser gremista nestas horas. O Grêmio de Caio Júnior fez uma primeira fase fiasquenta. Não fosse a injusta punição ao Cruzeiro, estaria fora até mesmo dos mata-matas da Taça Piratini. Dentro de campo, o Grêmio nem devia estar disputando a fase decisiva deste primeiro turno. Disputar um Gre-Nal no Beira-Rio, contra um Inter bem superior, é até lucro. Quando disputar um clássico no campo alheio, em inferioridade técnica, é lucro, imaginem o que seria o justo.
Muita coisa pode tentar explicar a derrota para o São José. O gramado sintético, os quase 40ºC de calor, os erros de arbitragem que prejudicaram o Grêmio... Mas nada explica o segundo tempo do Grêmio. Um time que fez um primeiro tempo razoável, dominou o jogo, mas volta do intervalo anêmico, tísico. Sofre um gol e, o pior de tudo, não reage. Nem sequer esboça uma pressão. Não fosse um constrangedor gol contra, teria perdido por diferença ainda maior.
Caio Júnior, que definitivamente ainda não mostrou bom trabalho, mexeu mal na equipe. O Grêmio dominava o jogo no primeiro tempo, dentro das possibilidades que as condições climáticas adversas possibilitavam. Aí, se precipita: tira Marquinhos, o homem mais lúcido de criação, e coloca Leandro, formando um 4-3-3 capenga, onde o apático Marco Antônio fica como único responsável pela criação de jogadas. Apartou o time em dois. O São José achou o buraco. A defesa ficou exposta. Os dois gols do Zequinha surgiram assim.
Não há muito mais a ser dito. Souza, no pouco que ficou em campo, provou que não pode ser reserva de Léo Gago. Ficará no banco por enquanto em favor de Fernando e Gilberto Silva, mas por sua qualidade logo assumirá posição no time.
O fato de haver um Gre-Nal prematuro é pavoroso para Caio Júnior. Ganhou uma semana para trabalhar e o time simplesmente involuiu. Há que se considerar os cinco desfalques de hoje, mas a tão comemorada semana sem jogos aumenta a cobrança, e a atuação fraquíssima é um alto preço. Os sete dias tranquilos vão pelo ralo de forma abrupta: o clássico de quarta-feira pode definir sua permanência ou encaminhar sua saída do Olímpico, pois a pressão aumentará. É mais um Gre-Nal, mas não será apenas mais um Gre-Nal. Ao menos para o técnico tricolor.
Campeonato Gaúcho 2012 - Taça Piratini - Primeira Fase - 8ª rodada
18/fevereiro/2012
SÃO JOSÉ 2 x GRÊMIO 1
Local: Passo d'Areia, Porto Alegre (RS)
Árbitro: Jean Pierre Gonçalves Lima (RS)
Público e renda: não divulgados
Gols: Francisco Alex 4, Marabá 43 e Wagner (contra) 46 do 2º
Cartão amarelo: Washington, Marabá, Leandro Leite, Souza, Saimon e André Lima
SÃO JOSÉ: Tiago Volpi (7), Fernando (4,5), Fabiano Eller (5) e Glauco (5,5); Edilson (5,5) (Washington - 5), Marabá (6,5), Leandro Leite (6), Cléber Oliveira (6,5) e Fabiano Silva (6); Anderson Ataíde (5) (Francisco Alex - 6,5) e Rangel (5,5) (Wagner - 4,5). Técnico: Agenor Piccinin (6,5)
GRÊMIO: Victor (5,5), Gabriel (6), Saimon (4,5), Grolli (5) e Bruno Collaço (4,5); Gilberto Silva (5,5), Léo Gago (4,5) (Souza - 6), Marquinhos (5,5) (Leandro - 5) e Marco Antônio (4) (Biteco - 5,5); Kleber (5,5) e André Lima (4,5). Técnico: Caio Júnior (3,5)
Comentários
Uma pena que o Cruzeiro perdeu seus seis pontos, nos ajudaria muito ficar de fora dessa bosta.