A lista da CBF

Como sempre, a lista com os indicados ao prêmio Craque do Brasileirão, da CBF, suscita discussões e polêmicas. Faltam nomes, outros que não merecem apareceram, jogadores fora de posição...

Os goleiros estão bem escolhidos. Júlio César, Jefferson e Fernando Prass parecem ter sido mesmo os melhores. Cabe destacar, também, o coxa-branca Vanderlei e o colorado Muriel. Victor, do Grêmio, e Fábio, do Cruzeiro, dois hits em lista de melhores da camisa 1 nos últimos anos, nem aparecem como cogitados. Foram mal mesmo. Rogério Ceni, que até não foi mal, também sequer foi lembrado.

Na lateral direita, Mário Fernandes fez um campeonato superior a Mariano - embora este tenha crescido na reta final. Bruno, do Figueirense, e Fagner, do Vasco, merecem a indicação. Do lado esquerdo, Cortês e Juninho foram os melhores. Kleber, do Inter, sempre aparece e não foi diferente este ano. Melhorou de desempenho na reta final, mas certamente a grife é que mais pesou para sua indicação. No entanto, nomes como Júlio César, do Grêmio, Carlinhos, do Flu, e Dodô, do Bahia, fizeram um campeonato na média superior.

O Brasileiro não foi de muitos grandes zagueiros. Dedé, do Vasco, foi sem dúvida o melhor e disputa o posto de craque do campeonato. Emerson, do Coxa, foi outro de ótima participação. Rhodolfo, do São Paulo, e Antônio Carlos, do Botafogo, foram apenas bem. Réver teve altos e baixos e Leandro Castan é muito irregular para ser cogitado.

Dos volantes, a única indicação realmente contestável é a de Marcos Assunção, que não foi mal, mas não bem a ponto de ser incluído. Nas meias, a indicação de Deco é que beira o inacreditável. Jogou poucas vezes, e só tem realmente decidido nos últimos jogos. O Fluminense cresceu a partir de sua entrada, e ele é o segredo deste time. Mas o prêmio é para todo o campeonato, não apenas da metade de outubro para cá. Ronaldinho até tem lá sua dose de merecimento pelo ótimo primeiro turno que fez. No returno, caiu vertiginosamente. Não merece ser o melhor meia, mas entre os três talvez seja justo. O mesmo vale para Montillo, que jogou menos que o 10 flamenguista.

No ataque, há abundância de centroavantes, o que faz o absurdo de Leandro Damião disputar lugar no time com Neymar e Júlio César, do Figueirense (Wellington Nem, do mesmo Figueira, é quem devia aparecer aqui, também com Éder Luís, outro grande segundo atacante). Jorginho, Tite e a dupla Ricardo/Cristóvão no Vasco foram mesmo os três melhores.

LDU larga na frente
A LDU venceu o Vélez por 2 a 0 em Quito e abre frente na disputa pela outra vaga à final da Copa Sul-Americana. Nada decidido, óbvio, mas uma ótima vantagem. Barcos, sempre ele, fez o segundo gol - teve ótima atuação. A LDU segue fortíssima nos mata-matas, e conta com o temível Casa Blanca a seu lado. Semana que vem é no Fortín, de Liniers.

Santa torcida
Vice-campeão da Série D, promovido à C, o Santa Cruz é o campeão de bilheteria em 2011. Nos 100 clubes das quatro divisões do futebol nacional, ganhou disparado: levou 37 mil torcedores pagantes por jogo em sua campanha, contra 29 mil do Corinthians, provável campeão nacional e vice-líder na contagem de público. O São Paulo, terceiro colocado, aparece também longe, com 22,4 mil pagantes por jogo. O Inter é 6º (17,4 mil), o Grêmio é o 9º (16,4 mil), o Juventude é 42º (3,9 mil), o Caxias é 46º (3,7 mil), o Brasil de Pelotas é o 50º (3,4 mil), o Cruzeiro/RS é 97º (230) e o Cerâmica é o lanterna da lista, com 111 pagantes por partida.

Comentários

vine disse…
Podia aparecer a lista completa dos indicados =]
Chico disse…
La V escapou de uma derrota ainda pior.

Acho que a final já está encaminhada entre LDU e Universidad de Chile.
Vicente Fonseca disse…
Neste link, Vine: http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2011/11/craque-brasileirao-2011-mano-e-ney-franco-anunciam-os-indicados.html
Marcelo disse…
Alguém por favor pode me explicar porque o Vasco mesmo sendo o campeão brasileiro não será cabeça de chave?

A conmebol realmente se supera a cada dia...
Vicente Fonseca disse…
Pior: um boliviano é cabeça de chave, mas um equatoriano não. Ou seja: Aurora > LDU. Na (i)lógica da Conmebol.

Post de logo mais abordará o assunto Libertadores.