Nada dos campeões

A escolha de Messi como melhor jogador do mundo muda um paradigma: o de que, em ano de Copa, é escolhido o craque do time campeão. O argentino nem ao menos fez um grande Mundial na África do Sul. Teve quatro boas atuações nos primeiros jogos de sua seleção, mas esteve apagado na fatídica derrota para a Alemanha.

Contou, no entanto, o excepcional retrospecto pelo Barcelona. Só no Campeonato Espanhol foram 34 gols. Superou os 40 na temporada, e isso que não é centroavante. Algumas atuações ficaram na memória: os quatro gols no 4 a 1 sobre o Arsenal são os que mais me impressionaram. Mas não é preciso pensar muito: em quase todo o final de semana, sempre há um gol dele entre os mais bonitos da rodada.

Na casamata, José Mourinho levou a melhor. É o técnico de 2010. De fato, se o atual Barcelona é mesmo um dos melhores times que o mundo já viu jogar, todos os méritos ao português, que parou esta máquina com sua excelente Internazionale, mas ainda assim inferior. Pepe Guardiola, tivesse havido votação em 2009, a teria ganhado. Ainda jovem, já é um comandante consagrado. Tem basicamente grandes craques na mão, mas soube montar um time praticamente imbatível. Coisa que muito técnico do rival Real Madrid não conseguiu de 2002 para cá.

E a campeã Espanha? Não levou nada. Reflexo de sua trajetória vencedora: é um timaço, tem jogadores de qualidade absurda, mas joga um futebol coletivo, sem estrelismos. Xavi, Iniesta e Villa, para lembrar os mais citados, são excepcionais, mas discretos. Jogaram muito, mas não levaram. Mas também não dá para tirar os merecidos louros de Messi e Mourinho. Afinal, eles não levantaram o maior troféu do mundo em 2010, ao contrário desta turma.

Elenco
Deslizes éticos à parte, Ronaldinho no Flamengo é o negócio do ano, em termos de cifras prometidas. Se dará certo, só Deus sabe. O fato é que Romário, Ronaldo e Adriano deram no passado. No entanto, o Flamengo precisa pensar em time, coisa que raramente faz. Não adianta juntar Ronaldinho e Thiago Neves aos jogadores de nível muito inferior presentes no elenco, que fizeram um péssimo Campeonato Brasileiro.

Briga boa
Alguns times não têm centroavantes. O Grêmio tem dois. André Lima, por questões contratuais, não joga contra o Lajeadense, sábado. Entra Borges, muito tempo parado por lesão. No treino de ontem, com menos de 10 minutos, já marcou um gol.

Silêncio
Pouco se ouve falar em contratações no Beira-Rio. Juntando isso à chatíssima novela Ronaldinho, temos um dos começos de ano mais silenciosos que o Internacional já viveu. Lembra o de 2000, quando só se falava em Grêmio e ISL.

Foto: AFP.

Comentários

Prestes disse…
Borges era um CÂNCER para o ataque gremista, ushdusahusah