Mais um fracasso mexicano
Mazembe x Brasil de Pelotas no Mundial de charangas |
É difícil saber se foi bom ou ruim para o Internacional o resultado de Mazembe x Pachuca. Se por um lado os times mexicanos não tremem diante de equipes brasileiras e estão acostumados a enfrentá-las, por outro o Pachuca não demonstrou absolutamente nada em campo. Foi uma equipe covarde e submissa no primeiro tempo, e dependente dos lampejos do ótimo Damián Manso no segundo. É muito pouco.
O Mazembe, ao contrário, foi uma grata surpresa. A goleada na final da Liga dos Campeões da África e o bicampeonato continental eram boas credenciais, mas a equipe do Congo mostrou personalidade. A derrota para o Pohang Steelers em 2009 certamente serviu de experiência. Em campo, viu-se um time sempre mais determinado que o Pachuca, com um bom toque de bola ofensivo (característica africana típica).
As chances de eliminação na semifinal, no entanto, são praticamente nulas. O Internacional ser derrotado pelo Mazembe seria a maior surpresa da história cinquentenária do Mundial Interclubes e um dos mais significativos fiascos colorados. O Mazembe é um time que peca pela ingenuidade em determinados momentos: seus jogadores entram de forma violenta em momentos desnecessários, fazem faltas próximas à área quando poderiam cercar o adversário, não sabem prender a bola quando têm a vantagem. Estes pequenos pecados sinalizam a falta de traquejo.
E, embora a defesa não tenha sofrido gols hoje, está longe de ser um paredão. O Pachuca foi muito incompetente, e só por isso não marcou gols. O Mazembe se defende na base da rebatida, com jogadores assustados quando pressionados. Com D’Alessandro, Rafael Sobis e companhia, só uma jornada desastrada tiraria o Inter da final.
Um dia entenderei porque os mexicanos são tão sofríveis em Mundiais.
Foto: Reuters.
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