Contra tudo
Victor e Rafael Marques comemoram primeira vitória fora de casa |
Tudo conspirava contra. O Corinthians ganhara todas as dez partidas disputadas no Pacaembu. Enfrentaria o único time que ainda não havia ganhado como visitante. Vice-líder, o Timão enfrentou o 14º colocado na tabela de classificação. Uma posição que sempre foi artificial, mas era real (e havia sido bem pior) há um bom tempo.
O Grêmio superou tudo isso, e ainda por cima uma arbitragem nitidamente caseira, que cansou de marcar faltas próximas à área, um pênalti duvidoso e uma expulsão para lá de injusta. Venceu de forma heroica, na qualidade individual de Douglas, que marcou um dos gols do ano, enterrando de uma vez por todas os boatos de que queria voltar ao Parque São Jorge com uma jogada maravilhosa, e contra o próprio Corinthians.
Foram três pontos também de Victor, o goleiro que, além de tudo, se tornou o maior pegador de pênaltis do Campeonato Brasileiro. Desde que largou a braçadeira, só cresceu. Foi um Grêmio que ganhou pela vitalidade de Adilson, um leão no meio-campo e de saídas cada vez mais qualificadas para o ataque. Foi também o time do abnegado Ferdinando, do salvador Rafael Marques e do destemido Gabriel, que dá nova vida à lateral direita com belas chegadas no apoio.
As individualidades são as mesmas de outrora, mas o conjunto saiu fortalecido. Renato finalmente dispôs o time de forma equilibrada, num 4-2-2-2 clássico. O Grêmio do primeiro tempo foi sempre superior ao bom time do Corinthians. Não sofreu sufoco em momento algum, criou as melhores chances e, após o gol de Douglas, teve nos pés de Borges a chance de matar o jogo.
No segundo, o Corinthians cresceu muito, empurrou o Grêmio para trás e veio a brava resistência, adicionada de uma sorte, que não faz mal a ninguém, pelo contrário. A fase onde os adversários venciam o Tricolor na última jogada da partida já ficou para trás. São cinco jogos sem derrotas, 11 pontos nos últimos 15 disputados, a 10ª colocação. O Grêmio já é um time intermediário na tabela.
Méritos para Renato e seus 58,3% de aproveitamento. Falar em G-4 ainda é prematuro, mas o crescimento do time é inegável. Salvo novo desastre nos próximos jogos, algo cada vez mais improvável, a palavra “rebaixamento” já é, felizmente, parte do passado nos corredores do Olímpico.
Foto: Marcos Bezerra.
Comentários
eu sugeri, ainda nos tempos de silas: ferdinando (ou um outro primeiro volante) é a resposta pra esse time. tem que ter alguém pra cobrir a zaga, caralho.
Mas concordo contigo: é preciso alguém para proteger a zaga, sim. O time de ontem foi bem equilibrado. E repito: o Souza, com preocupações também defensivas, com FUNÇÃO, cresceu e parou de bater cabeça com o Douglas pelo mesmo lugar do campo.
No mais, acho difícil G-4 também. Pelas projeções, precisaria de uns 34 ou 35 pontos em 17 jogos, 66,7% de aproveitamento. Seria o mesmo que repetir o ótimo returno de 2006.
E o falatório ao longo da semana fez mto bem, vide o carrinho que ele deu no Ralf no início do jogo...
Tb acho difícil entrar no G-4, o time paga pelo pífio reinício pós-copa, mas sem cálculos agora, o lance é jogar bola, seguir nesse linha de time e encher o estádio quarta.
Gabriel mto bem, como destacado pelo Vicente, teve mais liberdade com o Fábio Santos ficando mais... proteção a zaga, como sempre pedido, e todos jogando com alma, afim de jogo... Isso é um time pelo qual dá um imenso prazer torcer!
E q os colorados não venham encher o nosso saco na última rodada precisando de um resultado, já vencemos uma partida pra vcs!
Ah, o Victor voltou!
Vai pintar Paulão sim. Ontem foi ele que entrou, Ozeia nem no banco estava. Aliás, gostei dele. Espanou tudo.
E vcs acreditam que eu tenho aula no horário do jogo e não poderei ir?? Foda, fabico sempre atrapalhando meus planos!