1978 - Um campeão moral. De ceroulas.

Brasil antes de passar sem piedade por cima do Peru. Em pé: Nelinho, Leão, Oscar, Amaral, Batista e Rodrigues Neto. Agachados: Nocaute Jack (massagista), Gil, Toninho Cerezzo, Mendonça, Roberto Dinamite e Dirceu.
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Eu não sei muito bem quanto a vocês, mas eu pessoalmente não sou nem um pouco chegado nessa história de “campeão” ou “vencedor moral”. Primeiro lugar, porque é uma expressão esquisita em si mesma – quem seria, no caso, um “campeão moral”? Parece coisa de cidadão de bem, de paladino da decência, uma coisa meio reacionária e que nada tem a ver com futebol. OK, claro que não é esse o sentido da expressão, mas é como acaba parecendo aos meus olhos e ouvidos. O outro motivo é o uso excessivo e sem critério da expressão, que hoje em dia é aplicada a praticamente todos os times que chegam perto, às vezes até fazem por onde, mas que no fim das contas acabam sem levantar a taça. Só de lembrar, por ex, que a pouco empolgante seleção de 1998 foi tida por alguns iludidos como “campeã moral” naquela Copa, fico com arrepios de horror até nos pêlos internos do nariz.
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Seja como for, foi na Copa de 1978 que a expressão que tão pouca simpatia me desperta foi utilizada pela primeira vez – e graças, como não poderia deixar de ser, a nossa querida seleção brasileira de futebol. Fomos, segundo nosso treinador da época e parte da imprensa esportiva de nosso país, os campeões morais da Copa de 1978. OK, o sentimento em si tem lá sua justificativa, já que a Copa da Argentina ficou longe de ser o exemplo mais rutilante de transparência em uma competição esportiva. Mas e aí? Até que ponto dá para comprar esse cavalo sem olhar os dentes dele – ou, dito de outro jeito, vale a pena levar ao pé da letra essas impressões otimistas e deixar a análise de todas as circunstâncias para outra oportunidade? No caso em questão, optamos por dar uma aprofundada – não que dela venha toda a verdade, mas pelo menos vamos poder contar a história dessa Copa sem usar apenas uma frase...
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Depois da falta de foco e de seriedade que vitimou a seleção de 1974, mudanças não eram apenas bem-vindas – elas eram inevitáveis. A começar pelo grande cérebro: João Havelange assumia de vez a FIFA e, pressionado pelas famosas “forças ocultas” no sentido de não acumular funções, deixava o comando da CBD nas mãos do almirante Heleno Nunes. Presidente da Arena no Rio de Janeiro, a função do militar transformado em dirigente esportivo era clara: aumentar a influência política dos milicos sobre nosso futebol, tão importante para a sustentação do regime ditatorial que vivíamos na época.
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No comando da comissão técnica, a mudança era igualmente inadiável. Depois de encontrar uma solução de enorme sucesso na escalação de 1970, nosso chapa Zagallo tinha queimado todo o seu crédito na seleção de 1974, falando muito, fazendo pouco e mostrando menos ainda. Seu time tímido e defensivista acabou trucidado, transformado em presa fácil diante do muito mais qualificado futebol dos holandeses. Ficar com o Lobo em casa era pedir para a vovozinha virar feijoada – de modo que Osvaldo Brandão foi escolhido para tentar colocar ordem em toda essa bagunça.
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Treinador experiente, de currículo recheado de títulos, preocupado em dar espaço para o surgimento de novos jogadores. Brandão tinha tudo para ser o treinador ideal, o cidadão que conduziria nossa amada seleção rumo aos mais belos pesos de papel do futebol mundial. Certo? Que nada, meu amigo/a: bastou o primeiro jogo das eliminatórias para o cidadão ser despachado sem muita cerimônia. Apesar de bom desempenho em amistosos e no torneio comemorativo ao bicentenário da República dos EUA, o empate sem gols diante da Colômbia pegou tão mal que o clima ficou insustentável, e a solução de Heleno Nunes foi procurar alguém capaz de realmente revitalizar as coisas na nossa casamata. Uma pessoa que fosse mais do que uma mera mudança de nomes, digamos assim. E, méritos a quem merece, o fato é que Cláudio Coutinho foi, pelo menos a seu modo, um profundo rompimento para os conceitos e procedimentos táticos de nossa seleção.
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Coutinho, embora um virtual desconhecido para o grande público, já era campeão mundial de futebol – tinha atuado em 1970, na Copa do México, como assistente do preparador físico Carlos Alberto Parreira. Mais importante, tinha sido capitão do Exército, tendo feito contato com Heleno Nunes durante seus dias de quartel. Como bom militar, o comandante da CBD acreditava que disciplina, tanto comportamental quanto tática, era a chave para mudar a rota de nossa equipe. E mudança de rota era justamente o que nosso chapa Coutinho queria. Estudioso do futebol, o treinador tinha algo que era considerado fundamental naquele momento: a disposição para propor novas formas de montar uma equipe de futebol. Cláudio Coutinho primou, desde sempre, por pregar a primazia da tática, submetendo a técnica individual ao padrão de jogo e não o contrário. O tempo dos talentos individuais, segundo ele, tinha passado; era tempo de privilegiar um modelo mais voluntarioso, mais sintonizado com os esquemas que surgiam na Europa e tinham sido vitoriosos em 1974 com Holanda e Alemanha Ocidental. União de talentos e esforços, equilibrando a habilidade individual com comprometimento e disciplina tática – eis a ideia que Coutinho trazia para o dia a dia da seleção. Hoje em dia soa manjado, meio clichê até – mas um conceito do tipo, ainda mais aplicado com tanta franqueza, era algo inusitado para a época.
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Além disso, o vocabulário de Coutinho chamava atenção pelo ineditismo. Olhar distante, pensamento no futuro, Coutinho louvava sem pudores todas as maravilhas que jogadores “polivalentes” podiam fazer com o nosso futebol – enquanto jornalistas e torcedores se perguntavam o que, no fim das contas, o homem queria dizer com essa tão estranha “polivalência”. Explicando os movimentos táticos de seus comandados, nosso jóquei elogiava o bom funcionamento de nosso “overlapping” – enquanto o pessoal do outro lado quebrava a cabeça até entender que o homem estava falando da ultrapassagem dos ponteiros pelos laterais, coisa aparentemente tão prosaica que nem tinha precisado de nome antes da Era Coutinho. O “ponto futuro”, então, rendia piadinhas irônicas nas colunas esportivas e gostosas gargalhadas nos botecos e cafés. Parte disso certamente era o excesso, a tentativa de um treinador novo e inseguro de se impor por meio da exposição de seus conhecimentos. Mas havia nesse estranhamento muito de nosso próprio desconhecimento (e até mesmo descaso) quanto ao modo como o restante do mundo encarava o futebol. A seu modo, meio desajeitadamente até, Cláudio Coutinho veio nos mostrar que só potencial técnico não bastava, que o mundo já tinha inventado alternativas eficientes contra isso. Se nosso objetivo fosse aumentar nossa coleção de títulos, precisávamos aprender com eles, justamente para superá-los. Não deu certo de imediato, mas foi uma ideia que se reforçou com o tempo e, eventualmente, nos levou de volta ao sucesso. Muito se riu de Coutinho, mas esse mérito ele merece, e nos pareceu justo pontuá-lo aqui.
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Apesar da boa campanha nas eliminatórias de 1977, quando passamos sem sustos por Colômbia e Paraguai, ainda havia muita insegurança quanto a real eficiência daquele modelo todo novo de gestão. Muito se criticou o irrealismo das propostas de Coutinho, que estaria preso demais ao fascínio dos modelos europeus e tentando aplicá-los à marteladas no nosso estilo natural de jogo. Os jogadores, pouco acostumados com tanta disciplina tática, tinham dificuldade de aplicar na prática as instruções do treinador. E Coutinho, sendo ainda um novato na função, não conseguia impor a autoridade do cargo nos momentos em que isso era mais necessário. Mesmo com muito treino, a seleção ainda titubeava taticamente e precisava de mais tempo para consolidar um padrão de jogo. Tempo que não havia, já que a Copa estava batendo na porta, ansiosa para começar.
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Além disso, mesmo com a farta safra de novos talentos, o time simplesmente não dava liga. Dos nomes que disputaram a pouco empolgante Copa anterior, apenas dois se mantiveram: Leão, no auge e considerado um dos melhores goleiros do mundo na época, e Rivelino, então com 32 anos e sofrendo com algumas lesões. O homem levou sua Patada Atômica para a Argentina, mas pouco pôde usá-la: viajou descontado, não recuperou a plenitude física e teve poucas chances de entrar em campo e contribuir. Verdade que nomes como Roberto Dinamite, Zico, Toninho Cerezzo, Oscar, Mendonça e Reinaldo eram mais que suficientes para formar uma tremenda seleção. Mas faltava vivência internacional para esses atletas e uma voz de comando dentro do campo – algo que Gérson, por ex, tão bem exerceu na vitoriosa campanha de 1970. A inexperiência de um plantel renovado ao extremo só exacerbava as dificuldades de adaptação ao modelo tático de Coutinho. Sem contar o que, para muitos, foi o grande erro do treinador: convocar Chicão, jogador cumpridor, mas sem maior pujança técnica, em detrimento do jovem Falcão, maestro do então exuberante Internacional. Como tinha vários craques e carregadores de bola no elenco, Coutinho optou pela força em detrimento de um pouco mais de técnica – decisão que ele mesmo lamentou publicamente, anos depois de todo o ocorrido. Com tudo isso, nossa seleção viajou insegura, ciente de seu potencial, mas preocupada com a falta de coesão e esperando os primeiros resultados para saber o que ia ser daquela coisa toda.
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E sejamos honestos: se a ideia toda era ser radicalmente diferente de 1974, pelo menos no início isso não deu lá muito certo. Afinal, nossos dois primeiros jogos, contra Suécia (sim, de novo) e Espanha, redundaram em dois lamurientos empates, embora ao menos tenha saído um golzinho no primeiro jogo para dar uma aliviada. Estreamos no dia 03 de junho de 1978, no José María Minella de Mar Del Plata, e o Brasil entrou em campo com Leão; Toninho, Oscar, Amaral e Toninho Cerezzo; Edinho, Batista e Zico; Gil, Reinaldo e Rivelino. Nessa partida, o jogador Reinaldo, goleador nos gramados brasileiros e grande promessa para a Copa, marcou seu único gol na competição, garantindo o pouco frondoso, mas mesmo assim importante empate em 1 a 1. Empate que seria vitória, não fossa a famosa e bizarra anulação do gol de Zico, em uma das mais inusitadas decisões da arbitragem em todos os tempos. Como todos sabem, o Galinho marcou o gol no apagar das luzes do segundo tempo, cumprimentando de cabeça na cobrança de escanteio. Mas o juiz galês Clive Thomas, talvez ainda querendo se vingar da eliminação do País de Gales na Copa de 1958, anulou o gol, alegando de modo insólito ter encerrado o jogo enquanto a bola estava no ar...
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Do segundo jogo, contra a sempre cantada Fúria Espanhola, um chochíssimo zero a zero, em partida arrastada e de pouquíssimas emoções. Dava para perceber, já nesse jogo, que nosso chapa Cláudio Coutinho sentia-se metido em uma enrascada: carente de peças ofensivas, viu-se forçado a improvisar Nelinho, lateral direito de origem, como atacante no lugar do insuficiente Gil. De nada adiantou em termos práticos, pelo contrário: incapaz de eliminar o cacoete em um passe de mágica, Nelinho ficou o tempo todo se embolando com Toninho, resultando que nenhum dos dois conseguia cumprir suas tarefas a contento. Além disso, a substituição de Rivelino por Mendonça, motivada pela falta de condições físicas do primeiro, demorou uma eternidade – o homem entrou em aquecimento no começo do segundo tempo, e só aos 38mins de etapa final o indeciso Coutinho decidiu que Rivelino não podia mesmo continuar e efetuou a troca. O resultado de tantas confusões e incertezas foi exatamente o que podia ser: um empate magérrimo, o segundo lugar temporário no grupo e a obrigação de vencer a Áustria para se classificar sem ter que apelar para a calculadora.
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Foi nesse momento que nosso chapa Heleno Nunes resolveu chamar Coutinho para uma amigável e fraterna troca de ideias. Exasperado com as más atuações de Reinaldo, nosso almirante sugeriu polidamente ao treinador que tomasse vergonha na cara e trocasse o naquele momento ineficiente centroavante por Roberto Dinamite, jogador jovem, de explosão e capaz de dar uma nova energia ao setor ofensivo. Além disso, propôs com tato e diplomacia a utilização de Rodrigues Neto no meio-campo, o que segundo ele corrigiria as, digamos, levemente inconstantes atuações do setor. Nosso treinador, sempre ponderado e aberto ao diálogo, declinou de maiores comentários, ouvindo com atenção a argumentação cristalina de nosso chefe de delegação. E os repórteres, aglomerados atrás das portas fechadas, ouviram os gritos de Heleno Nunes, as gaguejadas de Coutinho, e não entenderam da missa a metade. Julgaram, de forma totalmente injustificada, que o primeiro estava impondo uma escalação ao segundo – e mais ainda, que o segundo aceitava sem protesto a determinação do primeiro. São realmente cruéis e polemistas, os jornalistas esportivos de nosso país. O placar de 1 a 0, conquistado a duras penas com um gol de Roberto Dinamite, pode não ter servido para encher os olhos de ninguém, mas ao menos mostrou, acima de dúvidas, que só o diálogo franco e honesto faz a força...
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Classificado, o Brasil ficou no Grupo B – que pelo simples fato de contar com a anfitriã Argentina, determinada pela ditadura a vencer a qualquer custo, tornava-se o mais difícil. Contra o Peru, o Brasil pela primeira vez exibiu bom futebol. Embora vivendo o momento máximo do seu futebol, os peruanos não conseguiram fazer frente ao escrete canarinho, e a vitória de 3 a 0 é testemunho maiúsculo de uma superioridade genuína. Difícil mesmo seria o segundo jogo, contra a Argentina, em um Gigante de Arroyito fervendo com quase 40 mil torcedores sedentos por uma vitória da seleção local. Apesar disso, era uma seleção argentina fraca como poucas vezes se vira – talvez a menos qualificada de todas as seleções campeãs do mundo, mas enfim. Era difícil, mas o Brasil podia vencer, caso Coutinho tomasse alguma decisão que mudasse nosso esquema de jogo e manietasse os argentinos. Nessas circunstâncias, o técnico optou em apostar pela segunda vez em Chicão – e pela segunda vez erraria na aposta. Verdade que ganhamos consistência defensiva e que a Argentina praticamente não teve chances de gol – em compensação, Zico poderia ter sido uma opção ofensiva decisiva, em um momento no qual uma vitória garantiria vaga na final. O placar de zero a zero foi justo não apenas com o que a partida apresentou ou deixou de apresentar: foi coerente também com a falta de ousadia e qualidade técnica de uma seleção que, podendo lutar pela vitória consagradora, optou pela segurança de um empate sem graça. Zagallo era assim em 1974 – sinal de que, mesmo mudando o discurso, a prática seguia os mesmos passos claudicantes de anteriormente.
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Depois de termos dado chance para o azar, deixando de vencer um jogo que poderia garantir a vaga, dá para se surpreender que as coisas tenham se movido para ajudar os argentinos? Muito se reclama, hoje, da inusitada decisão de colocar os jogos Brasil x Polônia e Argentina x Peru em horários diferentes – e mais ainda, dos argentinos terem jogado depois, podendo decidir a vaga sabendo de quantos gols precisariam. Do mesmo modo, o dilatado 6 a 0 dos argentinos sobre os peruanos provoca acusações nada veladas até hoje, compreensíveis até em se tratando de uma goleada inusitada em um momento decisivo da competição. São reclamações justas, e que merecem registro, sem dúvida. Mas aqui entre nós, e sinceramente: dá para ficar mais de trinta anos remoendo isso – e esquecendo, de forma conveniente, que preferimos ficar sentados na sombra da árvore a montar no alazão que passou encilhado na nossa frente? Vencemos sim a Polônia, no que foi a melhor atuação brasileira naquela Copa – um jogo vibrante, no qual a seleção canarinho quis vencer e jogou para frente o tempo todo. Pena que, na hora em que isso podia ter sido ainda mais decisivo, optamos pela prudência desnecessária. Claro que ganhar é ótimo – mas era previsível que a Argentina se classificaria de qualquer jeito, fossem quantos fossem os gols necessários para tal. Apesar da ingenuidade de Coutinho, dizendo para Leão depois do jogo com os poloneses que “o Peru não tomou quatro (gols) de ninguém, não vai tomar agora”... Pode até ter havido roubalheira (pessoalmente, até disso tenho sérias dúvidas), mas no mínimo o Brasil abriu a porta para a marmelada e disse “vem, tem lugar ali do lado, pode entrar”. Depois massacrou os pobres poloneses, que pouco ou nada tinham com o peixe, e ficou choramingando contra a roubalheira. Típico caso de desvio de energia, eu diria...
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A vitória sobre a Itália, 2 a 1 no Fortín de Liniers de Buenos Aires, serviu para garantir o terceiro lugar e a campanha invicta no Mundial da Argentina. Mas, embora tenha sido ao fim dela que Cláudio Coutinho soltou a clássica frase sobre sermos campeões morais, já tínhamos conquistado o “título” vários dias antes. Em uma campanha sem qualquer brilhantismo, na qual apenas quatro dos 21 jogadores convocados não entraram em campo, levamos uma “taça” que nada significa, sendo no máximo uma frouxa massagem no próprio ego. Convenhamos, não dá para dizer que merecíamos ser campeões, com base no pouco que fizemos. Por outro lado, riram muito de Cláudio Coutinho, de suas frases e indecisões. Nem tão ao céu, nem muito ao inferno: o homem foi importante para arejar as concepções táticas de nosso futebol, e demonstraria sua capacidade logo depois, levando o Flamengo ao título Brasileiro de 1980. Morreu antes do Urubu ganhar o mundo, em 1981, mas já era um nome bem mais respeitado do que o motivo de chacota que virou antes, durante e depois da Copa da Argentina. Mesmo ridicularizado, Coutinho conquistou com essa seleção de 1978 exatamente a mesma coisa que o badalado Telê Santana com a incensada seleção de 1982 – jogando menos, com certeza, mas obtendo os mesmos resultados práticos. E quem acha que Telê era um mero distribuidor de camisas, se engana bastante... Um pouco de mérito a Cláudio Coutinho, portanto – mesmo que essa história de “campeão moral” revele, no fim das contas, ser mesmo a lorota que parecia desde o início...
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Fotos: Brasil perfilado antes de passar o ferro no Peru (Museu dos Esportes); capa da Placar gritando DENÚNCIA! (Netvasco); Cláudio Coutinho pensando no ponto futuro (Arquivo - UOL); Emerson Leão e seu sorrisão de címbalo sessual (Flanela Paulistana); Brasil e Argentina mostrando toda a beleza do futebol arte (Quadro de Medalhas); e brasileiros e peruanos ensaiando um animado passo de dança (Arquivo - UOL).
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No próximo capítulo: quase tudo dá certo - mas na hora da verdade, a seleção de 1982 acaba condenada a viver para sempre do que poderia ter sido

Comentários

Vicente Fonseca disse…
Não sabia que aquele gol anulado contra a Suécia tinha sido TÃO roubado...
Prestes disse…
Maior título de post da história!
Prestes disse…
Na verdade, não foi uma escolha tática do Coutinho. Ele teve uma briga com o Falcão em algum jogo das Eliminatórias ou amistoso da seleção.

E não levar o Falcão foi um dos maiores absurdos que já fizeram na seleção. Seria como não ter levado o Romário em 94.

O Falcão na época era, provavelmente, o maior jogador do mundo, já que Cruyff, Beckenbauer e Rivelino estava decadentes e Zico, Maradona e Platini não tinha estourado.

Esses dias no Linha de Passe estavam comentando que em 82, o Paolo Rossi mereceu o título de melhor da Copa, mas que quem mais jogou foi o Falcão.
Anônimo disse…
Na verdade Rodrigues Neto entrou na lateral esquerda, em lugar do Edinho, e não no meio-campo.