Em busca da final e da calmaria

Hugo não é Leandro, mas terá de sê-lo, ao menos quando o Grêmio não tiver a bola. Por aí passa o maior perigo para o tricolor nesta tarde, jogo que não vale título, mas vale taça, e taças não entram no Olímpico desde 2007. Com o nome de Fernando Carvalho, então, será mais que bem-vinda.

Este esquema que Silas vem botando em campo, um 4-4-2 com dois volantes (um deles faceiro) e dois meias, só tem dado certo por duas razões: os adversários são frágeis e Leandro auxilia no combate aos adversários, mesmo sem ser meia de verdade. Hoje, Hugo terá que desempenhar esta função com afinco e justificar, também sem a bola nos pés, que pode ser titular do time. A melhor opção para substituir Leandro seria Maylson: chega bem à frente e combate até mais que o segundo homem, Rochemback. O time ficaria mais equilibrado. Outra opção era escalar Willian Magrão ou Adílson e liberar Rochemback para o apoio. Mas ainda prefiro a primeira.

Fora isso, só boas perspectivas. A semana, que poderia ser de oba-oba, foi tranqüila, quase de anonimato. Enquanto a pauta principal ficou com a estreia do Inter na Libertadores e, agora, o Caso Walter, no Gauchão a imprensa preferiu dar destaque mais ao Novo Hamburgo, a surpresa, que ao Grêmio, o favorito. Gilmar Iser apareceu muito mais que Silas, seus mistérios foram muito mais divulgados, já se disse o Ferguson do Vale, até demonstrando certo deslumbre. Tudo isso é bom para o tricolor: realça o adversário e mantém o time atento a uma possibilidade de surpresa desagradável.

Falar que a vitória e o título do turno são obrigação é uma obviedade. Não apenas porque o Grêmio é muito superior e joga em casa, mas porque representa a garantia de que o time vai à final após vencer o turno que era o preferido do Inter. E porque dá a tranqüilidade para a continuidade do trabalho de Silas, que poderá seguir realizando com mais calma sua tentativa de encontrar a escalação e esquema ideais, agora devidamente balizados por uma taça. E troféus realmente têm poder imenso, valendo título ou apenas um turno mesmo.

Walter
É o primeiro caso de desgaste de Fossati com um atleta. É sabido que o rapaz nunca foi fácil, sempre teve problemas de comportamento. Atitudes como esta tomaram outros tantos jogadores com potencial que sucumbiram na carreira. Arílson, por exemplo. Fernando Carvalho está tomando extremo cuidado em administrar o caso. Resta saber se Fossati, que parece ter muita moral e autonomia no Beira-Rio, aceitará o jogador de volta.

Bridge x Terry
O lance mais esperado de Chelsea x Manchester City ocorreu sem a bola rolando. Bridge recusou-se a cumprimentar John Terry, passando pelo capitão do Chelsea e apertou a mão de um guri ao lado do zagueiro. O vídeo é hilário.

Em campo, quem brilhou foi Tevez, autor de dois gols e uma atuação simplesmente infernal. Os 4 a 2 reabilitam o City na busca pela vaga à Liga dos Campeões e embolam de vez o campeonato, que tem Chelsea, Manchester United e Arsenal separados por apenas 3 pontinhos.

Comentários

Prestes disse…
Maylson parece ser a melhor opção mesmo.

Acho que o Silas vai pra dentro delexxx, syssuhshuauhahuashu