Jogos inesquecíveis: Argentina 2 x Inglaterra 1 (quartas-de-final, 1986)

FREDERICK POSSELT MARTINS



1986 foi o ano mais importante do século passado, muito devido a, dentre outras coisas, ter sido o ano do nascimento deste cronista. É fato e, obviamente, ninguém terá a petulância de contestar tal evidência.

Ademais, saibam os senhores que já começam a apontar o dedo para a tela do computador, verdes de raiva e doidos de vontade de me chamarem de arrogante, que tentei, de todas as formas, provocar um parto prematuro dentro do ventre de minha mãe para, ao menos, assistir algumas partidinhas da Copa de 86 nos meus primeiros dias de vida. Foi chute no útero, puxão do cordão umbilical e uma tentativa fracassada de inutilização da placenta. Nada adiantou, e eu acabei nascendo um mês depois do término do torneio.

Duro azar o meu, cuja consequência foi ter perdido a maior Copa da Seleção Argentina, e também a consagração e o endeusamento do maior jogador de futebol de todos os tempos daqueles pagos (do mundo, só depois de Pelé). Um meia esquerda cujos atributos necessários para sua posição, como visão de jogo, precisão de passe, chute e velocidade, eram soberbos. Um baixinho que não demoraria muito para ser conhecido como "El Pibe d'Oro". Uma lenda considerada deus na Argentina. Um imortal da província do Prata chamado Diego Armando Maradona.

E esse, talvez, seja o segundo fato mais importante de 86 (depois de meu nascimento, é claro): a inscrição de Maradona para a História, não só das Copas, como também do futebol. Afinal, como disse sabiamente nosso douto professor há alguns dias, para se virar lenda no ludopédio terrestre, é essencial um jogador ter, em sua bagagem, ao menos, um título mundial pela sua seleção, quiçá uma participação em final de Copa do Mundo. Pois, nesta edição, Maradona - que já estava com status de melhor jogador do mundo naquela época - não só conquistou o título, não só foi capitão de sua seleção, não só foi o primeiro jogador daquele selecionado a levantar a Copa, como foi o autor de dois lances que banharam em ouro a conquista albiceleste e ficarão certamente marcados de forma indelével na história das Copas, da Seleção Argentina e do futebol: os seus gols contra a Inglaterra pelas quartas de final do torneio, mais conhecidos como "La Mano de Diós" e "El Gol Del Siglo".

Essa partida, considerada por este que vos fala (e certamente por todos vocês) a mais célebre da Copa de 86 e uma das mais conhecidas da história do torneio, alçou Maradona à categoria de semideus futebolístico (deus, mesmo, só uma semana depois, quando sua equipe derrotaria a Alemanha na final). E para entender, de forma intrínseca, toda a rivalidade e os fatos que apimentaram este acirradíssimo prélio, convém voltar duas vezes no tempo. Na primeira delas, vamos para o longínquo 23 de julho de 1966 (curiosamente, exatos vinte anos antes de minha vinda a este planeta).

Nesta data, aconteceu o último confronto entre as duas equipes numa Copa (tenho minhas dúvidas se jogaram outra partida, após essa data, em outro torneio ou em amistoso). Curiosamente, na mesma fase na qual se enfrentaram em 86 (quartas-de-final). De acordo com a história pesquisada no site da FIFA, foi uma partida bastante ríspida, onde um jogador argentino foi expulso com 35 minutos de jogo. A Inglaterra venceria o cotejo por 1x0 e, mais tarde, ganharia seu primeiro e único título mundial. Ainda antes disso, em 1962, as duas seleções se enfrentariam pela primeira vez numa Copa. Os ingleses também saíram vencedores, com o placar um pouquinho mais dilatado: 3x1.



Agora, vamos para 1982, mais precisamente para as Malvinas. Oh sim, senhores. Este conflito, vexaminoso para nossos hermanos e que durou dois meses e meio, resultando na queda da ditadura militar argentina e numa crise em sua economia, junto com a partida de 1966, serviriam de argumento para que todos os torcedores e jogadores argentinos vissem este simples jogo de quartas-de-final de uma edição de Copa do Mundo como uma espécie de revanche às duas humilhações impostas pelos ingleses. Com estes dois elementos juntos e sendo divulgados a torto e direito, inflamar este duelo seria uma questão de tempo.

Explanados os fatos, analisemos as seleções, que se encontravam em um bom momento. Os ingleses tinham no gol Peter Shilton, um goleiro ágil. À sua frente, Terry Butcher, que de acordo com os relatos, teria sido um zagueiro viril, contudo violento. Tinha Hoddle, bom jogador do meio-campo. E no ataque, Beardsley, um atacante rápido e inteligente, e Gary Lineker, artilheiro da Copa com cinco gols. Apesar de ter perdido a primeira partida do torneio, o English Team vinha bem, tendo eliminado nas oitavas o Paraguai por 3x0, dois gols de seu artilheiro. Ou seja, um time que vinha se afirmando e convencendo, sob a batuta do técnico Bobby Robson, que escalava a equipe no clássico esquema inglês: 4-4-2, com duas ferrenhas linhas de quatro.

Já os argentinos, comandados por Carlos Bilardo, tinham, obviamente, Maradona como seu principal referencial. Mas também tinham Pumpido, um goleiro seguro; tinham Ruggeri (aquele mesmo) na zaga; Tinham Sergio Batista, um volante que não brincava no serviço; tinham Burruchaga, um meia inteligente, rápido e companheiro ideal de Maradona na articulação do meio campo; e tinham Valdano, um atacante objetivo. E ainda tinham o luxo de colocarem Islas e Daniel Passarella no banco de reservas. Uma equipe para ninguém botar defeito, mas que enfrentava problemas com o seu ataque. Bilardo não gostara da produção dos atacantes nas partidas anteriores, o que o fez escalar Valdano isolado na frente, com Burruchaga e Maradona encostando no avante e voltando para buscarem o jogo. Ou seja, um típico 4-3-2-1.

Some todos estes ingredientes de ambas as equipes em um estádio gigantesco chamado Azteca, na capital mexicana, onde compareceram 114.580 amantes do futebol para assistirem, no calor do sol do meio-dia, este embate. E vocês já poderão imaginar o que viria pela frente naquele 22 de junho de 1986.

O primeiro tempo do cotejo foi um tanto quanto xoxo, mas merece uma análise, pois nele aconteceram lances bastante curiosos. O jogo era bastante truncado no meio-campo, com leve vantagem da seleção argentina, muito devido à qualidade de Burruchaga e Maradona, que num primeiro momento, tentavam investir pelo lado esquerdo de ataque. Apesar disso, é a Inglaterra que tem uma primeira chance de gol clara. Num lançamento equivocado de Reid, Pumpido sai do gol para pegar a bola, mas se atrapalha e deixa a bola bater em seu corpo e sobrar para Beardsley. Desesperado, o goleiro corre atrás do avante inglês, que conduz a bola para fora da área, em direção ao corner. O inglês aguarda o momento certo, gira em cima do goleiro e chuta a bola em direção ao gol, tal qual Alexandre Pato no seu primeiro gol pela Seleção Brasileira, contra a Irlanda, em 2008. Se entrasse, seria uma pintura. Mas a bola encontrou as redes da goleira pelo lado de fora.

Durante meia hora, esse foi o único chute a gol perigoso da partida. A Inglaterra não mais atacou, e a Argentina tinha dificuldades de vencer a zaga adversária. Até que, aos 32, numa cobrança de falta realizada por Maradona, a bola passa rente à trave esquerda de Shilton, resultando na primeira chance de gol dos albicelestes. Maradona teria, anteriormente, cobrado uma falta que explodira na barreira, ganhara altura e veneno, indo na direção do gol, o que obrigou Shilton a espalmá-la para escanteio, mas nada que representasse perigo real de gol.

Aos 35, um lance hilário protagonizado por Maradona. Numa cobrança de falta de Burruchaga, a bola explode na barreira e sai para a linha de fundo. El Pibe, ao tomar distância para o corner, reclama de um fotógrafo que estava ali. Não satisfeito, retira a bandeirinha de escanteio de seu lugar e a coloca no chão, pois ela estava sendo um estorvo para sua cobrança. O assistente, que estava ao seu lado, não gostou nada do que viu e disse para o baixinho que colocasse a bandeira no lugar. Resmungando, Maradona pegou apenas o cano da bandeira e fincou em seu lugar. O assistente, não satisfeito, pediu para que colocasse também a flâmula. Comicamente, Maradona pegou a flâmula e apenas a atirou em cima do cano fincado. O assistente chiou novamente, o jogador bateu os braços, pegou a flâmula, encaixou no cano e soltou um sorriso sarcástico do tipo "pronto? vai parar de encher meu saco?" e cobrou o escanteio. Catimba um tanto galhofeira, que quase deu efeito: na cobrança, a bola encontraria a testa de Valdano, mas Shilton mergulhou e interceptou o lance.



Maradona ainda faria um ensaio daquele que seria o maior gol da história das Copas no primeiro tempo. Aos 40, ele pegaria a bola ainda antes da linha central e partiria em direção ao gol. Driblara três ingleses e, na entrada da área, desferira um petardo, que explodiu em Stevens e foi a escanteio. Por fim, cinco minutos depois, seriam os ingleses que teriam chance numa cobrança de falta, mal aproveitada, onde o árbitro marcaria impedimento. E nada mais houve: o tunisiano apitou a marca de cal do centro do campo e encerraria uma primeira etapa sem grandes emoções.

Seria essa uma partida tal qual, por exemplo, Equador x Inglaterra em 2006? Modorrenta, paradona e só decisiva numa cobrança de falta? Ah, meus amigos. Quem poderia imaginar o que viria logo com 10 minutos de etapa complementar? Que indivíduo pensante poderia prever que dois maravilhosos momentos do futebol mundial viriam logo após o intervalo? Não, meus amigos. Ninguém poderia. Futebol não tem tarô, bola de cristal, búzios, I-Ching, mapa astral, suborno de cartolas ou convulsões (abraço, Ronaldo) que possa torná-lo desinteressante e previsível. De forma alguma. como diria o velho Clichy (abraço, Wenger), "futebol é uma caixinha de surpresas". E o que veríamos a seguir seria prova disso.

Logo cedo, já daria para ver que os sul-americanos voltariam com mais fome de bola. Com mais volume de jogo e posse de bola, logo aos seis minutos iniciariam a construção de sua vitória. A jogada começa pela direita defensiva onde os argentinos tocam a bola até ela chegar no lado esquerdo para Maradona. Ele arranca para o ataque, puxando para o meio, passa por dois marcadores e passa para Valdano. O avante tenta devolver de primeira, mas recebe o bote de Sansom. Por sorte, o defensor inglês acertou uma rosca na bola, que tomou a direção da grande área. Seria uma bola fácil para Shilton pegar, mas Maradona espertamente foi para a dividida com o goleiro, pulou em sua direção e, discretamente, levantou o punho esquerdo para acertar a esférica, tirá-la do alcance de Shilton e mandá-la para as redes.



Os argentinos correm na direção de seu capitão para comemorar, enquanto os ingleses soltam o verbo contra o árbitro Ali Bennaceur, que não dá conversa a eles. No lance rápido, é difícil de notar a mão. No replay lento, não há nenhuma dúvida: o gol foi ilegal. Questionado após a partida sobre o gol, se teria sido marcado com a mão, Maradona respondeu: "Un poco la mano de Dios e otro poco la cabeza de Maradona". Com essa declaração, o gol recebera uma alcunha: "La Mano de Dios". Ironicamente, na comemoração, Maradona cerra o punho e o levanta para sua torcida - o mesmo punho decisivo para o primeiro tento. Placar inaugurado, e argentinos temporariamente passando pras semifinais.

A Inglaterra esboçou uma reação após o gol tomado. Em ataque puxado por Hoddle, este cruza rasteiro. A bola passa pelos argentinos e encontra o pé do artilheiro Gary Lineker. Ele gira sobre um defensor e chuta forte, mas a bola explode em Ruggeri e é afastada para o meio-campo. Após algumas jogadas no meio, aos nove minutos, a Inglaterra busca novamente um ataque com Fenwick. Este passa a bola para Lineker, que de calcanhar toca para Reid. Mas o meia recebe o bote e a pelota sobra para Sergio Batista. Este faz um passe para Giusti, que por sua vez, toca para Maradona. E, neste momento, chegamos no marco central do jogo.

Sei que vocês devem estar pensando que lerão pela enésima vez a mesma coisa sobre o mesmo lance de sempre. E obviamente não há como escapar disso. Afinal, falar desta partida é falar deste gol. Por isso, em vez de tentar qualquer descrição original sobre "El Gol Del Siglo", prefiro que vocês assistam ao vídeo abaixo. Não continuem a leitura deste texto se não tiverem visto o vídeo. Se você nunca o assistiu, esta é a hora. Se já assistiu, veja novamente e se emocione mais uma vez.



Se há, meus caros, algo neste mundo que pode receber a qualificação de futebol arte, só pode ser esta narração, amalgamada com o vídeo deste que é o mais antológico dos tentos anotados na história das Copas. Não são pedaladas, chapéus, lambretas, foquinhas, voleios, bicicletas, lambretas, carrinhos ou um brechó-bazar-revendedora com tudo isso junto. A emoção contagiante que tomou conta de Victor Hugo Morales, este narrador uruguaio de coração argentino, que ele fez questão de emanar a todos os seus compatriotas platinos, é a pura ação inspirada neste lendário gol de Maradona, que tira a bola do alcance de Beardsley, corta de maneira genial o bote de Reid, avança pela esquerda, corta Butcher, vence Fenwick a seguir, tira o goleiro Shilton da jogada e, antes que receba o carrinho de Butcher, chuta a pelota para o fundo das redes. Se a inspiração é este gol e a ação é a narração de Morales, o conjunto da obra só pode ser arte. Não, minhas escusas, amigos: só pode ser futebol arte. E nada mais.

Podemos dizer que, depois de "La Mano de Dios" e de "El Gol Del Siglo", dois lances históricos que só poderiam ser protagonizados por um gênio da estirpe de Maradona, a Argentina não precisaria fazer mais nada no jogo. E, de fato, não fez: os hermanos, com dois tentos de vantagem no placar, recuaram a equipe e esperaram a Inglaterra em seu campo de defesa. Os britânicos foram para cima, mas não tinham um jogador diferenciado que podesse resolver algo na frente, nem uma jogada inteligente ou uma surpresa no banco. Tanto que a primeira boa chance de gol dos ingleses no segundo tempo surgiu aos 23 minutos, numa cobrança de falta em que Hoddle bateu no canto esquerdo de Pumpido, obrigando o goleiro argentino a fazer uma díficil defesa.

Precisando aumentar a pressão, Bobby Robson tira o meia Reid e coloca o avante Chris Waddle para auxiliar Lineker e Beardsley. Mas em nada a substituição adiantou. Mais: para segurar o jogo e deixar o tempo passar, os argentinos começam a catimbar. Maradona, toda vez que era acertado, ficava no chão e não mais se levantava, e Pumpido reclamava de dores no braço. E o tempo passava, sem que os ingleses mostrassem alguma reação expressiva.

O divisor de águas para o English Team vem aos 29 minutos, quando o meia Terry Steven dá lugar ao winger John Barnes. A entrada deste jogador fez com que a Inglaterra tivesse uma jogada efetiva pela esquerda. Curiosidade: Barnes só não começou o jogo como titular porque enfrentava preconceito da equipe por ser negro.

A partir daí, os britânicos passaram a pressionar de forma mais eficiente. Tanto que, aos 36 minutos, Barnes recebe a bola pelo lado direito, dribla dois argentinos, corre até a linha de fundo e cruza. A esférica encontra a cabeça de Gary Lineker, que anota o gol de honra de sua equipe e o sexto de sua autoria na competição. Os ingleses teriam, agora, dez minutos para conseguirem um gol de empate e, dessa forma, levarem o jogo para a prorrogação, já que a Argentina mostrava ter abdicado do jogo.



Mas é no minuto seguinte que os argentinos deixam escapar uma chance de selar sua classificação. Logo na saída de bola, Maradona e o atacante Tapia (que havia entrado no lugar de Burruchaga) trocam passes, até a bola sobrar para este último pelo lado esquerdo. Tapia dribla Stevens e Fenwick, chega na meia lua da grande área de Shilton e desfere um petardo, que vence o goleiro. Seria o terceiro gol albiceleste, mas a bola não obedece a vontade do avante argentino e bate na trave direita, arrancando uma semivogal uníssona da plateia do Azteca.

Três minutos depois, o último lance de perigo do jogo, por parte dos ingleses. Barnes avança novamente pela esquerda, chega na linha de fundo e faz um cruzamento venenoso. A bola, que passava a centímetros da linha do gol, venceu o goleiro Pumpido e estava prestes a encontrar Lineker. Mas Ruggeri conseguiu ser mais preciso e, como que por milagre, desviou a esférica com a cabeça para a linha de fundo. Lineker lamentou a chance perdida: sabia que aquele seria o gol de empate.

Não houve mais nada nos seis minutos que sucederam este lance. Apenas o apito final do juiz tunisiano e a comemoração dos argentinos pela classificação às semifinais, que se sentiam vingados de 1966 e das Malvinas em 1982. "Ha sido una final para nosotros. Mucho más que de ganar un partido, se trataba de vencer a los ingleses. Nunca olvidaré este partido", declarou Maradona após o prélio.



Mais do que uma vingança, mais do que uma classificação, mais do que qualquer outra coisa, esta é a partida que consagrou um gênio do futebol com dois lances históricos, que só ele poderia ser protagonista. A partir deste dia, Maradona, talvez, só precisasse de mais uma coisa para marcar, de forma indelével, seu nome na história do futebol mundial: o título mundial pela sua seleção. Algo que, merecidamente, aconteceria uma semana depois.

Foto 01: Bob Thomas/Getty Images
Foto 02: S&G/S&G and Barratts/EMPICS Sport
Foto 03: AFP
Foto 04: Bongarts/Getty Images


Ficha técnica
COPA DO MUNDO 1986 – Quartas-de-final
ARGENTINA 2 x INGLATERRA 1

Local: Azteca (Cidade do México); Juiz: Ali Bennaceur (TUN); Público: 114 580; Gols: Maradona, 6 e 9, e Lineker, 36 do 2º; Cartão amarelo: Sergio Batista (ARG) e Terry Fenwick (I)

ARGENTINA: Nery Pumpido; Jose Ciciuffo, Jose Luis Brown, Oscar Ruggeri e Julio Olarticoechea; Sergio Batista, Jorge Burruchaga (Carlos Tapia), Hector Enrique e Ricardo Giusti; Diego Armando Maradona e Jorge Valdano. Técnico: Carlos Bilardo.

INGLATERRA: Peter Shilton; Gary Stevens, Terry Butcher, Terry Fenwick e Kenny Sansom; Glenn Hoddle, Peter Reid (Chris Waddle), Trevor Steven (John Barnes) e Steve Hodge; Gary Lineker e Peter Beardsley. Técnico: Bobby Robson.

 Mais:
- http://terceiroanel.weblog.com.pt/arquivo/058263.html

- http://es.fifa.com/classicfootball/matches/match=392/index.html

- http://blogs.abril.com.br/futebolearte/2008/10/jogos-historicos-17.html

Comentários

Vicente Fonseca disse…
Achei muito legal teu paralelismo deste jogo com o de 1966. Todo mundo só lembra das Malvinas, mas a rivalidade entre argentinos e ingleses, no futebol, começou bem antes.

Maradona talvez tenha feito sua melhor partida naquela Copa contra a Bélgica, nas semifinais. fez dois golaços. E já tinha decidido na primeira fase, no 1 a 1 com a Itália.

Só discordo quando tu fala que o gol com a mão banhou de ouro a conquista argentina. Ok, como vingança à roubalheira de 1966 até vai, mas não acho que isso aumenta os méritos de Maradona.

No mais, excelente texto, apesar do começo banhado em arrogância. dhshsd
Igor Natusch disse…
Concordo plenamente: o gol de Maradona, sim, é FUTEBOL ARTE. O resto é MALABARISMO.

Texto do mais alto nível. E a narração de O GOL é uma das mais arrepiantes da história.
Vicente Fonseca disse…
Uma correção: Lineker fez seis gols, e não cinco.

O Cecconi vê aquele time argentino num 3-5-2, com Maradona no ataque: http://wp.clicrbs.com.br/prelecao/2010/03/25/3-5-2-a-culpa-e-dos-argentinos/?topo=77,1,1
Vicente Fonseca disse…
Ah, sim, a narração do gol do Maradona é o que faz o futebol valer a pena. Simplesmente fantástica. E não sabia que ele era uruguaio!
Buenas, agora posso responder.

Não assisti aos outros jogos da Argentina na Copa, mas pretendo conferir os que você citou. Vicente.

O gol de mão eu acho que, em tese, tem lá seus méritos. Ele usou de um subterfúgio, deu certo e depois, quando questionado sobre, respondeu de forma genial. Ok, foi um gol que deveria ter sido anulado, mas futebol também é um pouco de sorte e malandragem.
Ademais, ele ia ficar marcado nessa partida por causa desse gol. Mas três minutos depois, buscou a redenção com "El Gol Del Siglo". Quer jogador mais genial?
Vicente Fonseca disse…
Ah, isso sim. Aquele segundo gol vale por dois mesmo.