Os caminhos de 2010

As principais competições que envolvem a Dupla Gre-Nal no primeiro semestre do ano que vem já têm suas tabelas definidas. A da Libertadores saiu ainda na reta final do Brasileirão; a da Copa do Brasil teve seus enfrentamentos definidos nesta sexta. Agora, que a copa nacional já está com tabela pronta e a copa continental já definiu qual brasileiro cai em qual grupo, é possível traçar um panorama inicial a respeito do caminho dos clubes gaúchos. Libertadores: altitude, argentinos e uruguaios no trajeto rubro A estreia colorada será na capital equatoriana, contra o Deportivo Quito. É o campeão do país, mas fez campanha modesta na última edição da Libertadores. A eliminação da LDU para o Emelec é motivo de alívio entre os dirigentes do Internacional. O próprio Fernando Carvalho considera o ex-time de Jorge Fossati como o melhor do continente neste fim de ano. Entretanto, não será exatamente um caminho aberto. Até porque o Emelec não está garantido como adversário: enfrentará um argentino na fase preliminar, pode ser que caia fora e nem entre no grupo colorado. Este argentino deve ser Colón ou Lanús, ambos de pouco nome, mas boas campanhas em 2009. O outro adversário é o Cerro, do Uruguai. Dali em diante, é difícil projetar, pois o critério de enfrentamento nas oitavas varia de acordo com as campanhas. O que se pode dizer é que, a partir das quartas, é difícil escapar de enfrentamentos complicados. Inicialmente, podemos dizer que os principais rivais do Inter serão os brasileiros e os argentinos: Corinthians, Flamengo, Cruzeiro, São Paulo, Vélez Sarsfield e Estudiantes. Nenhuma novidade, portanto. Copa do Brasil: começo mesmo é nas oitavas Inicialmente, Palmeiras e Fluminense parecem ser, ao lado do Grêmio, os principais candidatos ao título da Copa do Brasil. Os gaúchos pela manutenção da base e pela possibilidade de reforçar o elenco criteriosamente, através de uma comissão técnica qualificada; os paulistas por terem bons jogadores (ainda que deva sofrer certo desmanche de peças) e Muricy Ramalho; o Fluminense pelo ótimo astral, encerrar a temporada em alta e ter alguns grandes jogadores do meio para a frente. Reforçando o elenco, ganhará ainda mais força. Neste caso, o time gaúcho terá uma verdadeira possível decisão programada para as quartas-de-final: um confronto com o Flu, caso ambos vão passando de fase. Antes disso, o Grêmio passará pelo Araguaia (MT) na primeira fase e não deve ter problemas contra Treze (PB) ou Votoraty (SP) no enfrentamento seguinte. Nas oitavas, terá seu primeiro real teste no torneio, contra Avaí ou Coritiba, provavelmente. Caso chegue lá, as semifinais prevem enfrentamentos contra o Santos de Dorival Júnior, o Atlético-MG de Luxemburgo ou, caso ocorra alguma zebra, Guarani ou Sport. Somente na final ocorreria um enfrentamento contra o Palmeiras. Outros confrontos que só podem ocorrer na decisão são contra Goiás, Vitória, Vasco, Botafogo ou Atlético-PR. Assim como o tricolor terá seu primeiro enfrentamento parelho nas oitavas, os outros favoritos também deverão ter seu real teste nesta fase. O Vasco pode jogar contra Ceará ou Juventude; o Goiás tende a enfrentar Vitória ou Náutico; o Botafogo talvez enfrente Bahia ou Atlético-GO; outro confronto desenhado é Palmeiras x Atlético-PR; o Flu pode pegar Portuguesa ou Ponte Preta; o Santos deve fazer um duelo doméstico com o Guarani; e o Galo deve pegar Paraná ou Sport. É a fase na qual a competição começa de fato para os que têm pretensões mais altas. Prestígio Não fui, mas assisti pela TV à linda festa de despedida de Danrlei. Público de 33 mil pessoas no Olímpico, digno de grandes jogos. Mesmo fisicamente desfigurados, ainda é emocionante ver aquele time de 1995 jogar. No primeiro gol, em cruzamento de Paulo Nunes para cabeçada de Jardel, foi impossível não lembrar daqueles áureos tempos tricolores. Reunir tanta gente dentro e fora de campo é a maior das homenagens que Danrlei poderia ter recebido. E mais do que merecida, diga-se. Copa de enquetes O Brasil (76%) tirou a Inglaterra com a naturalidade de um favorito que patrola. A Itália (61%) brecou a Argentina Maradoniana. Hora de definir, entre estes quatro, quem fica em qual posição. A final reprisará 1970 e 1994. É decisão!

Comentários

lhferretto disse…
Estava la, foi realmente emocionante ver aquele time novamente.. só achei lamentaveis as vaias incessantes ao Assis. INDEPENDENTE do passado e do caráter da figura em questão, acho que não era o MOMENTO.
Vine disse…
Era mais pra saudar o antológico time de 95.

Faltou o Palhinha nos Amigos do Danrlei!!!
luís felipe disse…
enquanto pude ficar na frente da TV, também vi a despedida do Danrlei. Acho esse tipo de momento muito bonito. É a história em campo, é um gigante abraço de agradecimento do torcedor.

Me chamou atenção uma coisa que sempre pensei, mas nunca pude ver totalmente em prática: o quanto um goleiro que se destaca pela agilidade perde com o passar dos anos, enquanto o goleiro mais técnico parece que melhora com a idade.

O Danrlei sempre teve a agilidade como seu principal trunfo. Nunca foi um técnico, como o Taffarel. Em alguns momentos, visivelmente ele queria voar como em 1995, mas não conseguia.

O Mazaropi, baixinho, desajeitado, atarracado, quase sexagenário, tinha uma tranquilidade de goleiro craque na sua posição. Eu chamaria ele para jogar no meu time em uma pelada amanhã.