A tal da dignidade
O que seria indigno para o Grêmio hoje? Tirar o pé de divididas, largar o jogo de mão, não reagir diante de uma desvantagem. Perder não será indigno. Perder lutando, tentando, não se acovardando diante do São Paulo. Por isso acho sempre muito relativo quando jogadores dizem que vão ganhar "pela honra". Então, se não ganhar, não terão honrado as cores do clube? Ora, só não honra as tradições um time que é rebaixado, faz campanha ridícula, seus jogadores fazem corpo mole. Não é o caso deste time médio do Grêmio, caro, mas de desempenho mediano. Não vexatório. Não desonroso.
Se o São Paulo vencer o Grêmio no Olímpico, não teremos um resultado anormal. Dependendo do modo como esta hipótese acontecer, não será desonroso. Afinal, é o time paulista quem está mais focado, quem tem pretensões, quem precisa dos 3 pontos. O Grêmio, se jogar em nível competitivo, se não for goleado de forma vexatória, não estará sendo desonroso. Apenas perderá para um time melhor, mais concentrado, mais necessitado. O time gaúcho não tem mais pretensão alguma no Brasileirão. Pode vencer por seu retrospecto maravilhoso em casa. Mas não é favorito. É jogo sem favorito.
Quanto a isso, fico curioso quanto à postura inicial do São Paulo. Virá para cima? Talvez não. Não costuma jogar assim, ainda mais fora de casa. Mas é quem precisa do resultado. O Avaí foi um adversário recente que se jogou para cima do Grêmio e perdeu em Porto Alegre. Os que ficaram atrás perderam. Outros, como Flamengo e Atlético-MG, começaram o jogo em cima e também sofreram goleadas. Imagino o time gaúcho tomando a iniciativa, e os paulistas recuados, esperando para contra-atacar, freando a pressão normal que o time de Autuori exerce nos minutos iniciais. O que não dá para saber é a reação de ambas as partes a um gol marcado.
Uma pena deve ser o público do Olímpico, que não será como deveria pelas várias razões. Passam pelo horário (para quem nada disputa é um convite a ficar em casa) mas, principalmente, pela campanha insossa do Grêmio. Não há mala preta nem rivalidade que faça torcida ir ao estádio para torcer, ou pior, secar o próprio time. Aliás, o Inter ainda disputa posição com o São Paulo? Nem essa "motivação" os gremistas terão.
Se o São Paulo vencer o Grêmio no Olímpico, não teremos um resultado anormal. Dependendo do modo como esta hipótese acontecer, não será desonroso. Afinal, é o time paulista quem está mais focado, quem tem pretensões, quem precisa dos 3 pontos. O Grêmio, se jogar em nível competitivo, se não for goleado de forma vexatória, não estará sendo desonroso. Apenas perderá para um time melhor, mais concentrado, mais necessitado. O time gaúcho não tem mais pretensão alguma no Brasileirão. Pode vencer por seu retrospecto maravilhoso em casa. Mas não é favorito. É jogo sem favorito.
Quanto a isso, fico curioso quanto à postura inicial do São Paulo. Virá para cima? Talvez não. Não costuma jogar assim, ainda mais fora de casa. Mas é quem precisa do resultado. O Avaí foi um adversário recente que se jogou para cima do Grêmio e perdeu em Porto Alegre. Os que ficaram atrás perderam. Outros, como Flamengo e Atlético-MG, começaram o jogo em cima e também sofreram goleadas. Imagino o time gaúcho tomando a iniciativa, e os paulistas recuados, esperando para contra-atacar, freando a pressão normal que o time de Autuori exerce nos minutos iniciais. O que não dá para saber é a reação de ambas as partes a um gol marcado.
Uma pena deve ser o público do Olímpico, que não será como deveria pelas várias razões. Passam pelo horário (para quem nada disputa é um convite a ficar em casa) mas, principalmente, pela campanha insossa do Grêmio. Não há mala preta nem rivalidade que faça torcida ir ao estádio para torcer, ou pior, secar o próprio time. Aliás, o Inter ainda disputa posição com o São Paulo? Nem essa "motivação" os gremistas terão.
Comentários
Mestre absoluto.
2006
Casa - 73,7%
Fora - 43,9%
2007
Casa - 70,2%
Fora - 31,6%
2008
Casa - 80,7%
Fora - 45,6%
2009
Casa - 83,3%
Fora - 13,7%
Com um aproveitamento semelhante ao de 2007 fora de casa, o mais baixo de todos, o Grêmio teria hoje 16 pontos fora de casa, o que, mantido o aproveitamento como mandante, daria ao tricolor 56 pontos na tabela. Estaria disputando o título, portanto, se tivesse um aproveitamento FRACO fora, como o de 2007. O problema é que fora o desempenho é RIDÍCULO, não FRACO.
É muito difícil elaborar sobre os motivos dessa campanha absolutamente trágica fora do Olímpico. Mas acho que olhar para nossa única vitória, contra o frágil Náutico, nos diz alguma coisa. Foi um jogo onde saímos ganhando (coisa bem rara nas nossas jornadas fora de POA) e o mais importante: o time simplesmente JOGOU, ao invés de ficar pensando no tabu ou na campanha ou em qualquer outra coisa. Nem jogou tanto assim (tivemos jogos com empate e até derrotas em que jogamos bem mais), mas foi natural e venceu.
Quanto ao texto em si, concordo ipsis litteris. Perder em casa para um dos líderes não é vergonha para ninguém, e mesmo com uma eventual derrota (que eu não acho que venha, aposto na vitória) a campanha dentro do Olímpico seguiria excelente. Acho inclusive que os jogadores gremistas vão entrar com tudo, incentivados pela única conquista ao nosso alcance nesse Brasileirão: ser o único time a terminar invicto em seus próprios domínios.
O desempenho do Grêmio fora de casa é MEDONHO.
MEDONHO é um termo adequado mesmo.