Filho do trabalho
O nome da tarde é estranho, mas a torcida do Botafogo já sabe de cor. E a do São Paulo não esquecerá tão cedo. Jóbson foi o personagem do jogo do Engenhão, que talvez tenha sido o melhor do Campeonato Brasileiro de 2009: marcou dois golaços, deu passe para outro e ainda achou tempo de ser expulso. Foi o herói de uma torcida que via seu time voltar para a zona de rebaixamento a duas rodadas do fim e a cinco minutos do encerramento da partida.
O Botafogo provou que desta vez a necessidade de sobrevivência venceu a da glória. O próprio São Paulo havia passado por situação semelhante ano passado, jogando contra o Vasco em São Januário, jogo no qual venceu por 2 a 1 e encaminhou o título. A equipe de Estevam Soares, sabendo do retrospecto fulminante do tricolor em retas finais, começou arrasadora. Faltava qualidade para traduzir o volume de jogo em chances reais de gol. Jóbson, entretanto, abriu os trabalhos aos 14 minutos, ao desferir um chutaço mortal no ângulo de Rogério Ceni, sem deixar a pressão arrefecer.
Com vários desfalques, o São Paulo precisava agora virar o jogo fora de casa. Aos poucos foi ocupando o campo botafoguense. Marlos começou a entrar mais no jogo, Jorge Wagner idem. Hernanes é que permaneceu em rotundo silêncio por todos os 90 minutos. Não fosse por um chutaço no poste no segundo tempo, ninguém lembraria que jogou esta partida. Até que no último lance do primeiro tempo Washington furou a resistência botafoguense empatando de cabeça. Uma ducha fria no Engenhão.
O resultado na volta do intervalo era ruim para os dois agora, mas o momento psicológico era são-paulino. A virada veio aos 10, com Jorge Wagner, e era o reflexo de quem jogava com mais tranquilidade e segurança. E aí veio o momento mais importante do jogo: o empate botafoguense dois minutos depois, em lance confuso envolvendo Jóbson, a zaga são-paulina e Renato, que empatou quase em cima da linha. O gol sofrido não estava no script de vitórias e títulos recentes do São Paulo. Permanecendo o tricolor em vantagem por mais tempo, e com a vitória parcial do Fluminense em Recife, o Botafogo entraria provavelmente em colapso nervoso. Mas a igualdade veio cedo, e o jogo mudava de figura novamente. Todas as alternativas que um jogaço poderia oferecer estavam sendo dadas.
O jogo ficava à feição dos cariocas, até pela expulsão de Richarlyson, aos 25. Mas sobrava nervosismo. E o São Paulo, nos contra-golpes, era perigosíssimo. Hernanes deu o supracitado balaço no travessão, Marlos perdeu chance em contra-ataque rápido. Mas Jóbson estava infernal. Do nada, apareceu na cara do gol, cortou Miranda com extrema categoria e matou o jogo. Já eram 10 contra 10. Jóbson foi expulso na comemoração, e Rodrigo Dantas deixou o Botafogo com oito no último minuto. Dramaticidade completa.
Muitos destaques no Botafogo. Leandro Guerreiro fez partidaço na cobertura, Juninho ia bem até levar vermelho, Victor Simões melhorou a movimentação do ataque na segunda etapa. Pelo São Paulo, boa partida do incansável Júnior César. Mas Jóbson foi o cara. Ninguém jogou mais que ele. E ninguém fará mais do que ele numa hora tão decisiva da temporada para o Fogão. Se os alvinegros esacaparem da Série B, um de seus heróis já está eleito. Agora, terão de ser mais 11 em Curitiba, quando ele próprio e mais o capitão Juninho não poderão entrar em campo. Para o tricolor um péssimo resultado, a menos que o Flamengo, daqui a poquinho, prove o contrário.
Campeonato Brasileiro 2009 - 36ª rodada
22/novembro/2009
BOTAFOGO 3 x SÃO PAULO 2
Local: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Sandro Meira Ricci (DF)
Público: 26.513
Renda: R$ 270.536,00
Gols: Jóbson 14 e Washington 49 do 1º; Jorge Wagner 10, Renato 13 e Jóbson 44 do 2º
Cartão amarelo: Renato, Jóbson, Renato Silva e Wellington (SPA)
Expulsão: Richarlyson 25, Juninho 38, Jóbson 44 e Rodrigo Dantas 48 do 2º
BOTAFOGO: Jefferson (5,5), Alessandro (5), Juninho (5,5), Wellington (5) e Diego (5,5); Leandro Guerreiro (7), Fahel (5,5) (Rodrigo Dantas, 35 do 2º - 2), Renato (5,5) (Jônatas, 32 do 2º - 5,5) e Lúcio Flávio (6); Jóbson (9) e Reinaldo (5) (Victor Simões, intervalo - 6). Técnico: Estevam Soares (7)
SÃO PAULO: Rogério Ceni (6), Renato Silva (4,5), Miranda (5,5) e Richarlyson (4,5); González (4,5) (Wellington, 26 do 2º - 4,5), Arouca (5,5) (Zé Luís, 18 do 2º - 5), Hernanes (4,5), Jorge Wagner (6) e Júnior César (6,5); Marlos (5,5) (Henrique, 39 do 2º - sem nota) e Washington (6). Técnico: Ricardo Gomes (5,5)
O Botafogo provou que desta vez a necessidade de sobrevivência venceu a da glória. O próprio São Paulo havia passado por situação semelhante ano passado, jogando contra o Vasco em São Januário, jogo no qual venceu por 2 a 1 e encaminhou o título. A equipe de Estevam Soares, sabendo do retrospecto fulminante do tricolor em retas finais, começou arrasadora. Faltava qualidade para traduzir o volume de jogo em chances reais de gol. Jóbson, entretanto, abriu os trabalhos aos 14 minutos, ao desferir um chutaço mortal no ângulo de Rogério Ceni, sem deixar a pressão arrefecer.
Com vários desfalques, o São Paulo precisava agora virar o jogo fora de casa. Aos poucos foi ocupando o campo botafoguense. Marlos começou a entrar mais no jogo, Jorge Wagner idem. Hernanes é que permaneceu em rotundo silêncio por todos os 90 minutos. Não fosse por um chutaço no poste no segundo tempo, ninguém lembraria que jogou esta partida. Até que no último lance do primeiro tempo Washington furou a resistência botafoguense empatando de cabeça. Uma ducha fria no Engenhão.
O resultado na volta do intervalo era ruim para os dois agora, mas o momento psicológico era são-paulino. A virada veio aos 10, com Jorge Wagner, e era o reflexo de quem jogava com mais tranquilidade e segurança. E aí veio o momento mais importante do jogo: o empate botafoguense dois minutos depois, em lance confuso envolvendo Jóbson, a zaga são-paulina e Renato, que empatou quase em cima da linha. O gol sofrido não estava no script de vitórias e títulos recentes do São Paulo. Permanecendo o tricolor em vantagem por mais tempo, e com a vitória parcial do Fluminense em Recife, o Botafogo entraria provavelmente em colapso nervoso. Mas a igualdade veio cedo, e o jogo mudava de figura novamente. Todas as alternativas que um jogaço poderia oferecer estavam sendo dadas.
O jogo ficava à feição dos cariocas, até pela expulsão de Richarlyson, aos 25. Mas sobrava nervosismo. E o São Paulo, nos contra-golpes, era perigosíssimo. Hernanes deu o supracitado balaço no travessão, Marlos perdeu chance em contra-ataque rápido. Mas Jóbson estava infernal. Do nada, apareceu na cara do gol, cortou Miranda com extrema categoria e matou o jogo. Já eram 10 contra 10. Jóbson foi expulso na comemoração, e Rodrigo Dantas deixou o Botafogo com oito no último minuto. Dramaticidade completa.
Muitos destaques no Botafogo. Leandro Guerreiro fez partidaço na cobertura, Juninho ia bem até levar vermelho, Victor Simões melhorou a movimentação do ataque na segunda etapa. Pelo São Paulo, boa partida do incansável Júnior César. Mas Jóbson foi o cara. Ninguém jogou mais que ele. E ninguém fará mais do que ele numa hora tão decisiva da temporada para o Fogão. Se os alvinegros esacaparem da Série B, um de seus heróis já está eleito. Agora, terão de ser mais 11 em Curitiba, quando ele próprio e mais o capitão Juninho não poderão entrar em campo. Para o tricolor um péssimo resultado, a menos que o Flamengo, daqui a poquinho, prove o contrário.
Campeonato Brasileiro 2009 - 36ª rodada
22/novembro/2009
BOTAFOGO 3 x SÃO PAULO 2
Local: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Sandro Meira Ricci (DF)
Público: 26.513
Renda: R$ 270.536,00
Gols: Jóbson 14 e Washington 49 do 1º; Jorge Wagner 10, Renato 13 e Jóbson 44 do 2º
Cartão amarelo: Renato, Jóbson, Renato Silva e Wellington (SPA)
Expulsão: Richarlyson 25, Juninho 38, Jóbson 44 e Rodrigo Dantas 48 do 2º
BOTAFOGO: Jefferson (5,5), Alessandro (5), Juninho (5,5), Wellington (5) e Diego (5,5); Leandro Guerreiro (7), Fahel (5,5) (Rodrigo Dantas, 35 do 2º - 2), Renato (5,5) (Jônatas, 32 do 2º - 5,5) e Lúcio Flávio (6); Jóbson (9) e Reinaldo (5) (Victor Simões, intervalo - 6). Técnico: Estevam Soares (7)
SÃO PAULO: Rogério Ceni (6), Renato Silva (4,5), Miranda (5,5) e Richarlyson (4,5); González (4,5) (Wellington, 26 do 2º - 4,5), Arouca (5,5) (Zé Luís, 18 do 2º - 5), Hernanes (4,5), Jorge Wagner (6) e Júnior César (6,5); Marlos (5,5) (Henrique, 39 do 2º - sem nota) e Washington (6). Técnico: Ricardo Gomes (5,5)
Foto: Jóbson foi o craque do jogaço no Engenhão (Daniel Zappe/Vipcomm/Divulgação).
Comentários
Bom jogador esse Jóbson, mas mto irresponsável por parte dele tirar a camisa e ser expulso. Fora do próximo jogo contra o Atlético-PR na Baixada, que será um confronto direto. Muito burro...
E os times paranaenses entraram na briga pela disputa da segundona no ano q vem. Flu crescendo mto não deve cair. bota tem dois jogos complicados, e ainda é o meu favorito por essa vaga, mas não garanto nada!!!