Ferrolho para a América
O Internacional fez o que manda a cartilha: marcou seu gol fora de casa, após começar o jogo melhor, e se fechou no restante da partida. Assim como fizera o Flamengo, sabia que ao se fechar complicaria demais a vida do Atlético-MG, que demonstrara dificuldades em jogar neste tipo de situação. E mesmo que Mário Sérgio tenha retrancado a equipe muito cedo, saiu com a vitória mais importante no Campeonato Brasileiro.
No entanto, por mais que seja de deixar o coração dos colorados na mão, a estratégia de Mário Sérgio mostrou-se acertada. Afinal, o Atlético-MG de Celso Roth não teve jogadas trabalhadas, abusou do chuveirinho infrutífero (Bolívar e Lauro ganharam todas por cima, se consagraram), errou passes em demasia e foi se enervando à medida que a torcida ia se impacientando.
Alecsandro teve de deixar o jogo no intervalo, lesionado, para o ingresso de Taison. O ataque ganhou velocidade e ensaiou alguns contra-golpes na etapa complementar, algo que raramente aconteceu no primeiro tempo. Com Glaydson no lugar do apagado D'Alessandro, foi formado um paredão à frente da área. Roth levou incríveis 66 minutos para retirar o desastroso Éder Luís. Ainda levou sorte: quando ia tirar Thiago Feltri, única opção de jogada pela esquerda, em favor de Rentería, o zagueiro Welton Felipe se lesionou e Alex Bruno foi obrigado a entrar para recompor o setor defensivo.
No Inter, destaque para a dupla de zaga, que teve trabalho facilitado pelos constantes levantamentos do Galo. Guiñazu e Sandro foram muito bem no combate aos meias atleticanos, o que impediu criatividade por parte dos mineiros. Na esquerda, Kleber foi muito seguro na marcação e ainda participou do gol. Atuação destacada. Pelo Galo, alguma lucidez de Diego Tardelli. De resto, muita luta e pouca qualidade de acabamento.
O Inter só não entra na Libertadores por um desastre. Tem dois adversários fáceis pela frente e deve confirmar os seis pontos. Para título há a possibilidade, ainda que remota. Basta que o São Paulo faça 4 pontos ou o Flamengo vença as duas. Foi a melhor rodada do Brasileirão para o colorado: é o único time dos seis primeiros que venceu. E justamente era, de todos eles, o que tinha o compromisso mais complicado. A festa é justa. A América está perto novamente.
Campeonato Brasileiro 2009 - 36ª rodada
22/novembro/2009
ATLÉTICO-MG 0 x INTERNACIONAL 1
Local: Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Cléber Wellington Abade (SP)
Público: 41.842
Renda: R$ 571.535,00
Gol: Giuliano 15 do 1º
Cartão amarelo: Carlos Alberto, Márcio Araújo, Lauro, Kleber, Glaydson, Guiñazu e Danilo Silva
ATLÉTICO-MG: Carini (6), Carlos Alberto (5) (Evandro, 38 do 1º - 4,5), Welton Felipe (5,5) (Alex Bruno, 29 do 2º - 5,5), Werley (5) e Thiago Feltri (5,5); Jonílson (5), Márcio Araújo (4,5), Corrêa (5) e Ricardinho (5,5); Éder Luís (4) (Alessandro, 21 do 2º - 5,5) e Diego Tardelli (5,5). Técnico: Celso Roth (4)
INTERNACIONAL: Lauro (7), Danilo Silva (6), Índio (6,5), Bolívar (7) e Kleber (7); Sandro (6,5), Guiñazu (6,5), Giuliano (6) e D'Alessandro (5) (Glaydson, intervalo - 5); Marquinhos (5) (Andrezinho, 13 do 2º - 5,5) e Alecsandro (6) (Taison, intervalo - 6). Técnico: Mário Sérgio (6,5)
Foto: Giuliano comemora o gol que põe o Inter quase na Libertadores 2010 (Vipcomm/Divulgação)
No entanto, por mais que seja de deixar o coração dos colorados na mão, a estratégia de Mário Sérgio mostrou-se acertada. Afinal, o Atlético-MG de Celso Roth não teve jogadas trabalhadas, abusou do chuveirinho infrutífero (Bolívar e Lauro ganharam todas por cima, se consagraram), errou passes em demasia e foi se enervando à medida que a torcida ia se impacientando.
Alecsandro teve de deixar o jogo no intervalo, lesionado, para o ingresso de Taison. O ataque ganhou velocidade e ensaiou alguns contra-golpes na etapa complementar, algo que raramente aconteceu no primeiro tempo. Com Glaydson no lugar do apagado D'Alessandro, foi formado um paredão à frente da área. Roth levou incríveis 66 minutos para retirar o desastroso Éder Luís. Ainda levou sorte: quando ia tirar Thiago Feltri, única opção de jogada pela esquerda, em favor de Rentería, o zagueiro Welton Felipe se lesionou e Alex Bruno foi obrigado a entrar para recompor o setor defensivo.
No Inter, destaque para a dupla de zaga, que teve trabalho facilitado pelos constantes levantamentos do Galo. Guiñazu e Sandro foram muito bem no combate aos meias atleticanos, o que impediu criatividade por parte dos mineiros. Na esquerda, Kleber foi muito seguro na marcação e ainda participou do gol. Atuação destacada. Pelo Galo, alguma lucidez de Diego Tardelli. De resto, muita luta e pouca qualidade de acabamento.
O Inter só não entra na Libertadores por um desastre. Tem dois adversários fáceis pela frente e deve confirmar os seis pontos. Para título há a possibilidade, ainda que remota. Basta que o São Paulo faça 4 pontos ou o Flamengo vença as duas. Foi a melhor rodada do Brasileirão para o colorado: é o único time dos seis primeiros que venceu. E justamente era, de todos eles, o que tinha o compromisso mais complicado. A festa é justa. A América está perto novamente.
Campeonato Brasileiro 2009 - 36ª rodada
22/novembro/2009
ATLÉTICO-MG 0 x INTERNACIONAL 1
Local: Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Cléber Wellington Abade (SP)
Público: 41.842
Renda: R$ 571.535,00
Gol: Giuliano 15 do 1º
Cartão amarelo: Carlos Alberto, Márcio Araújo, Lauro, Kleber, Glaydson, Guiñazu e Danilo Silva
ATLÉTICO-MG: Carini (6), Carlos Alberto (5) (Evandro, 38 do 1º - 4,5), Welton Felipe (5,5) (Alex Bruno, 29 do 2º - 5,5), Werley (5) e Thiago Feltri (5,5); Jonílson (5), Márcio Araújo (4,5), Corrêa (5) e Ricardinho (5,5); Éder Luís (4) (Alessandro, 21 do 2º - 5,5) e Diego Tardelli (5,5). Técnico: Celso Roth (4)
INTERNACIONAL: Lauro (7), Danilo Silva (6), Índio (6,5), Bolívar (7) e Kleber (7); Sandro (6,5), Guiñazu (6,5), Giuliano (6) e D'Alessandro (5) (Glaydson, intervalo - 5); Marquinhos (5) (Andrezinho, 13 do 2º - 5,5) e Alecsandro (6) (Taison, intervalo - 6). Técnico: Mário Sérgio (6,5)
Foto: Giuliano comemora o gol que põe o Inter quase na Libertadores 2010 (Vipcomm/Divulgação)
Comentários
- Se é para fazer uma retranca, que seja assim: com concentração e entrega. As retrancas do Tite consistiam em dar a bola para o adversário e era isso. Mário Sérgio procurou sempre ter mais a bola, com as modificações que fez. Mais uma vez, viu bem o jogo.
Imagina se chega no título?
convenhamos que o time do Atlético é quase pornográfico...mas nessas últimas rodadas, o único que não venceu em casa além do Atlético foi o Sport.
Não vi o jogo, estava assistindo Flamengo x Goiás, como se pode ver no post acima desse. Mas confesso que não esperava uma vitória colorada. Ia ser quase engraçado se, no fim das contas, o quebra-galho Mário Sérgio ganhass... Não. Pensando bem, não ia ter graça nenhuma.