Em quem está pensando o Grêmio?
O direito de dar férias antecipadas a alguns jogadores é legítimo. O Grêmio não disputa mais nada no campeonato: não irá à Libertadores, não cairá, já está garantido na desdenhada Copa Sul-Americana do ano que vem. Inclusive, acho que tudo anda conforme o planejado no Olímpico. Após a perda das chances virtuais de se classificar entre os quatro primeiros, o tricolor testou alternativas em seu time titular, já fazendo testes visando a próxima temporada: Maylson, Douglas Costa, o 4-5-1, três volantes no meio. Assim, tirou pontos de três rivais colorados na disputa de G-4. Agora, que os dois jogos finais não têm qualquer interesse direto de tabela para o tricolor, torna-se possível antecipar as férias dos mais cansados, promover alguns retornos de lesionados (Willian Magrão e Jonas) e poder, desta forma, começar antes a temporada 2010 - até porque a contratação de um técnico e a renovação de Maxi López, duas complicadas negociações, já estão em andamento antes mesmo que chegue dezembro.
O que realmente se espera é que o Grêmio use este direito que lhe cabe da mesma forma que tem feito com os testes que anda promovendo dentro de campo: tirando da cabeça o fato de que o Internacional está disputando o título. É uma situação complicada. Ano passado, o colorado disputava o título da Sul-Americana e encheu seu time de reservas no jogo contra o São Paulo, concorrente direto gremista na luta pela taça, a poucas rodadas do fim. Mas a Sul-Americana era um motivo nobre: único título de relativa expressão que o time poderia conquistar no ano, aliado a um mau Brasileirão, onde nada mais tinha o que fazer. Mais ou menos como o tricolor agora: uma campanha medíocre no maior torneio nacional diante da possibilidade de começar a temporada que vem um passo à frente dos demais que seguem com a corda esticada neste fim de ano.
Isto não significa entregar o jogo para o Flamengo no Maracanã. É claro que a chance de título existe para o Inter, mas ainda são relativamente pequenas e é complicado o colorado ser campeão mesmo que o Grêmio faça o crime no Rio de Janeiro, porque ainda há o São Paulo pela frente. Além do mais, a chance de os titulares gremistas tirarem pontos do rubro-negro seria pequena do mesmo jeito. Desfocado, pensando nas férias, o tricolor normalmente não entraria tão mobilizado como o time de Pet e Adriano. Entraria mais leve, menos afobado, mas menos interessado que o time da Gávea. Fora que a campanha como visitante no ano é tenebrosa.
É claro que a pressão de conselheiros e torcedores caso o Inter dependa do Grêmio na última rodada será grande por uma escalação enfraquecida. Mas Duda Kroeff e Luiz Onofre Meira estão certos em projetar o ano que vem desde já, como têm feito desde que o time perdeu as chances no Brasileirão e que Paulo Autuori saiu. O preocupante é que o pronunciamento do presidente de que o tricolor pode escalar um time desfigurado ocorreu somente após a vitória do time de Mário Sérgio no Mineirão, que recoloca o colorado na disputa pelo título. Dá margem a interpretações de mesquinhez por parte do Grêmio - e elas podem estar ocorrendo mesmo. Torço para que realmente seja pensando em prol ano que vem, e não por rivalidade. Um Grêmio maior em 2010 será construído pensando em suas questões internas, e não atrapalhando a vida do Inter.
Em tempo:
- Duda Kroeff teria dito que Paulo Autuori seria demitido mesmo que não recebesse a proposta dos árabes. Falta de convicção ou uma forma de diminuir o fiasco de perder o profissional em quem o clube tanto confiou?
- Renovação de Maxi López bem encaminhada. Só falta combinar com os russos.
- Dorival Júnior parece louco para vir.
- Grêmio x Barueri adiantado de domingo para sábado, às 19:30. A macumba de Samir El Hawat para pegar minha carteirinha e me impedir de ir ao jogo deu certo.
O que realmente se espera é que o Grêmio use este direito que lhe cabe da mesma forma que tem feito com os testes que anda promovendo dentro de campo: tirando da cabeça o fato de que o Internacional está disputando o título. É uma situação complicada. Ano passado, o colorado disputava o título da Sul-Americana e encheu seu time de reservas no jogo contra o São Paulo, concorrente direto gremista na luta pela taça, a poucas rodadas do fim. Mas a Sul-Americana era um motivo nobre: único título de relativa expressão que o time poderia conquistar no ano, aliado a um mau Brasileirão, onde nada mais tinha o que fazer. Mais ou menos como o tricolor agora: uma campanha medíocre no maior torneio nacional diante da possibilidade de começar a temporada que vem um passo à frente dos demais que seguem com a corda esticada neste fim de ano.
Isto não significa entregar o jogo para o Flamengo no Maracanã. É claro que a chance de título existe para o Inter, mas ainda são relativamente pequenas e é complicado o colorado ser campeão mesmo que o Grêmio faça o crime no Rio de Janeiro, porque ainda há o São Paulo pela frente. Além do mais, a chance de os titulares gremistas tirarem pontos do rubro-negro seria pequena do mesmo jeito. Desfocado, pensando nas férias, o tricolor normalmente não entraria tão mobilizado como o time de Pet e Adriano. Entraria mais leve, menos afobado, mas menos interessado que o time da Gávea. Fora que a campanha como visitante no ano é tenebrosa.
É claro que a pressão de conselheiros e torcedores caso o Inter dependa do Grêmio na última rodada será grande por uma escalação enfraquecida. Mas Duda Kroeff e Luiz Onofre Meira estão certos em projetar o ano que vem desde já, como têm feito desde que o time perdeu as chances no Brasileirão e que Paulo Autuori saiu. O preocupante é que o pronunciamento do presidente de que o tricolor pode escalar um time desfigurado ocorreu somente após a vitória do time de Mário Sérgio no Mineirão, que recoloca o colorado na disputa pelo título. Dá margem a interpretações de mesquinhez por parte do Grêmio - e elas podem estar ocorrendo mesmo. Torço para que realmente seja pensando em prol ano que vem, e não por rivalidade. Um Grêmio maior em 2010 será construído pensando em suas questões internas, e não atrapalhando a vida do Inter.
Em tempo:
- Duda Kroeff teria dito que Paulo Autuori seria demitido mesmo que não recebesse a proposta dos árabes. Falta de convicção ou uma forma de diminuir o fiasco de perder o profissional em quem o clube tanto confiou?
- Renovação de Maxi López bem encaminhada. Só falta combinar com os russos.
- Dorival Júnior parece louco para vir.
- Grêmio x Barueri adiantado de domingo para sábado, às 19:30. A macumba de Samir El Hawat para pegar minha carteirinha e me impedir de ir ao jogo deu certo.
Comentários
Mas acho justo fazê-lo. Já os ajudamos a voltar ao G4. Querer que a gente facilite o título já é demais.
Sobre a decisão da direção, é quedizíamos no carta da ultima segunda-feira, a direçõa até pode tentar tirar jogadores, desmobilizar o grupo, mas o que entrarem em campo vão dar o sangue, mas claro, se a campanha já era pífia com os titulares, com os reservas não haverá espaço algum pra uma zebra! E acertada a decisão. Coloca os mais jovens pra jogar, os que voltam de lesão e vamos ver quem temos pro próximo ano. Agora, lamentável a decisão se o Tcheco nem entrar no próximo jogo o Barueri. Q pelo menos entre aos 35 do 2º tempo. O que farão torcedores como o Faraon, que se despediram do Tcheco no jogo contra o SP sem saber disso?!
E Dorival está sim bem afim de vir, deixa isso claro nas entrevistas. Vamos ver o que vai rolar. Gosto do perfil dele e dos times que ele treinou. Levou o Cruzeiro pra libertadores, fez boa campanha pelo Coritiba. É um cara ainda sem um título de expressão, mas acho que pode trazer bons frutos.
É ruim pra imagem do clube e se a moda pega, fica muito ruim pro campeonato brasileiro.
E antes q digam q tenho interesses diretos, não acredito mesmo no título do Inter.
Também considero acertada a decisão de pôr jogadores jovens nas últimas rodadas desde que se pense no ano que vem, propondo testes interessantes como os que citei no texto. Se for só pra f*** com o Inter é muita falta de profissionalismo. A torcida até tudo bem, que peça pro time entregar. Mas se partir da direção é brincadeira.
Eu, como não seco o Grêmio em hipótese alguma, talvez vá pra um Museu, um parque, um shopping, sei lá eu, na hora do jogo - se depender de vitória tricolor o título colorado.
Bonita a sinceridade.
Dorival está todo OFERECIDINHO. Se não pedir fortunas, acho que vale. Sugiro até um modelo ROMENO de gestão, que deu certo no título de 1985-1986 do Steaua: dois técnicos simultâneos, um mais encarregado do grupo principal e da formatação tática e o outro cuidando dos suplentes e dos "aspirantes" da base. Rospide pode perfeitamente ser o braço-direito de Dorival... Me ocorreu a ideia agora =P
E essa do Kroeff é ridícula. Totalmente ridícula. Deplorável. Vergonhosa. De dar calafrios. CALA A BOCA, KROEFF!!!!!!!!!
Grêmio '10 = Steaua '86.
Victor = Duckadam.
Victor = Duckadam. VERDADE ABSOLUTA.
E bem, depois me ocorreu que a própria seleção brasileira do Dunga e do Jorginho é mais ou menos isso... Podia ter pego um exemplo mais próximo, hehehe =P
Apesar de serem momentos totalmente diferentes da competição, o argumento de que tudo vale a mesma coisa é viável e justo. Boa Lourenço!
Justo todo campeão é, desde que tenha sido na bola, sem favorecimentos. Se todo mundo assina e concorda com as regras antes, o campeão será justo. Mas acho a fórmula atual a melhor por prever exatamente o número de jogos de cada equipe além de mantê-las em atividade o ano inteiro.
Tá bom, tá bom hehehe
De qualquer modo, também penso que essa discussão é recreativa. O São Paulo, por ex, precisaria perder para o Goiás para que o Inter chegue na última rodada com boas chances de título... O jogo do Flamengo contra o Corinthians e Palmeiras x Atlético MG também contam muito. Diria até que, para o Inter, conta mais o que Corinthians e Goiás farão do que o que o Grêmio vai jogar contra o Flamengo, quando é bem possível que já faça pouca ou nenhuma diferença.