Líder com peso de lanterna
O Palmeiras é um time à beira do desespero. Situação inimaginável para quem lidera o Campeonato Brasileiro, mas é o que a cada dia fica mais claro em campo. Quem chegou hoje após meses longe do País e viu o jogo sem informações sobre a pontuação das equipes, juraria que quem está na ponta de baixo da tabela eram os verdes, e não os amarelos, muito mais tranquilos.
Ambiente mais favorável para a recuperação talvez não houvesse: mais da metade dos torcedores no Bruno José Daniel era palmeirense. Jogando contra um adversário que luta contra o rebaixamento, que perdeu neste mesmo estádio há 10 dias para o Fluminense, os comandados de Muricy tinham hoje a grande chance de abrirem larga margem para seus concorrentes e, na secação do fim-de-semana, ir preparando as faixas de campeão brasileiro.
O Palmeiras começou bem, mostrando iniciativa de quem é que devia mandar no jogo. Diego Souza mostrou confiança ao chutar como sabe, obrigando Neneca a bela defesa. O tempo foi passando, o gol não vinha. Mas a intranquilidade veio mesmo com o primeiro gol andreense, de Nunes. Ali, tudo virou bagunça: Armero se precipitava errando passe de tudo que era jeito; Figueroa errava todos os cruzamentos; Diego Souza sumiu do jogo; Vágner Love era quase um volante, tão longe estava da área na ansiedade de buscar jogo. Para piorar, Cleiton Xavier saíra lesionado minutos antes do gol.
Muricy não corrigiu os problemas no intervalo. O Palmeiras continuou afoito, e o Santo André contra-atacava com perigo. Sem criar qualquer chance de gol, o verdão levou o segundo. Novamente Nunes, matador irreverente, que nem olhou para o gol na conclusão, bancando o "vesgo". O futebol precisa um pouco mais jogadores assim, diga-se.
Dizer que o campeonato está em aberto é já um chavão repetitivo e desnecessário. Nunca vi um líder de Brasileirão com aproveitamento inferior a 60%. Pois o Palmeiras, passados 80% do campeonato, tem 58,1%. O resultado do verdão esquenta de vez o fim-de-semana. O Galo, por exemplo, pode ficar a 1 ponto de distância. E mesmo que vem mais de trás, caso do Flamengo, não pode ser de forma alguma descartado. A tabela, entretanto, favorece o time do Palestra Itália. Muricy precisa de tempo para recolocar tudo nos eixos. Terá oito dias para preparar o time para o clássico contra o Santos, algo que nenhum concorrente direto terá. Talvez resultados paralelos ruins, algo que não tem acontecido, sirvam para o grupo acordar para a realidade: a de que um título encaminhadíssimo está escapando pelos seus próprios erros, que incluem fracassos recentes contra Avaí, Náutico e Santo André - que estão longe de serem potências ameaçadoras.
Foto: o irreverente matador Nunes comemora seus gols na vitória sobre o líder em Santo André (Agência Lance).
Ambiente mais favorável para a recuperação talvez não houvesse: mais da metade dos torcedores no Bruno José Daniel era palmeirense. Jogando contra um adversário que luta contra o rebaixamento, que perdeu neste mesmo estádio há 10 dias para o Fluminense, os comandados de Muricy tinham hoje a grande chance de abrirem larga margem para seus concorrentes e, na secação do fim-de-semana, ir preparando as faixas de campeão brasileiro.
O Palmeiras começou bem, mostrando iniciativa de quem é que devia mandar no jogo. Diego Souza mostrou confiança ao chutar como sabe, obrigando Neneca a bela defesa. O tempo foi passando, o gol não vinha. Mas a intranquilidade veio mesmo com o primeiro gol andreense, de Nunes. Ali, tudo virou bagunça: Armero se precipitava errando passe de tudo que era jeito; Figueroa errava todos os cruzamentos; Diego Souza sumiu do jogo; Vágner Love era quase um volante, tão longe estava da área na ansiedade de buscar jogo. Para piorar, Cleiton Xavier saíra lesionado minutos antes do gol.
Muricy não corrigiu os problemas no intervalo. O Palmeiras continuou afoito, e o Santo André contra-atacava com perigo. Sem criar qualquer chance de gol, o verdão levou o segundo. Novamente Nunes, matador irreverente, que nem olhou para o gol na conclusão, bancando o "vesgo". O futebol precisa um pouco mais jogadores assim, diga-se.
Dizer que o campeonato está em aberto é já um chavão repetitivo e desnecessário. Nunca vi um líder de Brasileirão com aproveitamento inferior a 60%. Pois o Palmeiras, passados 80% do campeonato, tem 58,1%. O resultado do verdão esquenta de vez o fim-de-semana. O Galo, por exemplo, pode ficar a 1 ponto de distância. E mesmo que vem mais de trás, caso do Flamengo, não pode ser de forma alguma descartado. A tabela, entretanto, favorece o time do Palestra Itália. Muricy precisa de tempo para recolocar tudo nos eixos. Terá oito dias para preparar o time para o clássico contra o Santos, algo que nenhum concorrente direto terá. Talvez resultados paralelos ruins, algo que não tem acontecido, sirvam para o grupo acordar para a realidade: a de que um título encaminhadíssimo está escapando pelos seus próprios erros, que incluem fracassos recentes contra Avaí, Náutico e Santo André - que estão longe de serem potências ameaçadoras.
Foto: o irreverente matador Nunes comemora seus gols na vitória sobre o líder em Santo André (Agência Lance).
Comentários
1- Grêmio, 59
2- São Paulo, 59
3- Cruzeiro, 58
4- Palmeiras, 58
5- Flamengo, 56
Acho que era até mais sensacional a disputa (pra quem tá de fora, claro, hehe).
Enfim, acho que o Palmeiras tem alguns poucos jogadores realmente decisivos, mas o Grêmio tinha jogadores melhores do meio para trás. Eu não vejo aquele elenco como tão inferior porque talvez meu conceito de elenco bom seja um pouco diferente do teu.
Coletivamente, era bem melhor q o Palmeiras, até pq tenho secado o Verdão direto, e é uma equipe que não apresenta nada coletivamente. O Diego Souza tem resolvido sozinho as partidas que eles ganham.
Mas individualmente era natural aquele Grêmio gerar desconfianças. Podia até ter jogadores melhores do meio para trás. Só que um Rafael Carioca, por exemplo, vai precisar de anos para provar ser um Edmilson.
Um Anderson Pico não é um jogador de seleção como o Armero, e por aí vai. Mesmo o Vitor, que eu acho muito melhor q o Marcos (acho o Marcos um frangueiro e o Vitor um baita goleiro) mas mesmo o Vitor tem q provar. E ano passado tinha mais ainda a provar. Por isso, eram naturais as desconfianças maiores com aquele time do Grêmio.
Falo de bom elenco no sentido de haver boas opções na reserva em caso de titulares terem de se ausentar, mais do que o sentido de qualidade individual. Não que eu não queira grandes jogadores, longe disso, mas às vezes é até mais importante tu ter vários jogadores bons, ainda que não brilhantes, do que um ou dois que decidam mas não ter um reserva que seja confiável.
O Marcos é que nem o Clemer, embora seja muito mais carismático. O Clemer pegou tudo no Mundial, por exemplo, mas nos pontos corridos é impossível ganhar com ele no gol. O cara te tira uns quinze pontos ao longo do campeonato. O Marcos não tira tanto, mas tira. Ele tem uma falha técnica que é notável. Quando a bola passa por todo mundo num cruzamento é gol certo. Ele tem pouquíssimo reflexo pra esse tipo de lance. Entre outros problemas técnicos, como ser horrível com os pés.
Pois é, o Tcheco me falou algo a respeito. hdshdsdsdfssdf
Mas acho que vem fazendo um ótimo Brasileirão - e olha que sou bem crítico a respeito de goleiros como ele e o Rogério Ceni, que às vezes ganham destaque mais pelo passado que pelo presente.
Mas concordo, ele tem até mais estrela que qualidade técnica, o que não significa que não a tenha.
Tem treinadores que conseguem enxergar o melhor de cada jogador e o Roth é um deles. Com isso ele consegue igualar times com jogadores limitados ou inexperientes, com elencos com jogadores mais diferenciados.
O Roth tem mesmo esse mérito, o Mano também. Para mim, é a principal qualidade que deve ter um treinador. O problema dele, sabemos, é mexer depois na estrutura. Nada que o Carta na Mesa não tenha discutido zilhões de vezes.
Aliás, curioso que a gente termine essa conversa comigo elogiando um jogador do Palmeiras (Marcos) e tu criticando ele, quando o começo da discussão ia justamente no sentido oposto. :)
"O Palmeiras tem bem mais nomes que aquele time do Grêmio. Diego, Edmilson, Marcos, Vagner Love, não dá pra comparar."
Mais NOME eu falei, uhsuhuhsdhu
Interessante é notar que alguns destes nomes não estejam tanto quanto jogadores que o Grêmio tinha ano passado - ou até outros menos cotados do Palmeiras neste aspecto, como Pierre, Cleiton Xavier e Danilo, por exemplo.
Completando.
Ah, sim, o Dunga erra e daí o Grêmio vira um time limitado? haueuha
Galo Campeão Brasileiro 2009.
Arrependam-se infiéis.
Infâmia...
Aliás, como anda ele no Figueira?
E já disse aqui e reitero: na briga pelo título, sou Galo, até por questões familiares. Não quero o mal do Celso Roth.