Saem Tite e alguns dos problemas
Fernando Carvalho nega, mas Tite cai também pela pressão. O clima para o jogo de quarta-feira, diante do Náutico, seria de um Beira-Rio de vaias estrondosas, o que poderia prejudicar demais o time num jogo onde os 3 pontos são obrigatórios. Claro, não foi só por causa disso que caiu Tite. São meses de substituições infrutíferas, postura inadequada em vários jogos, insistências em alguns jogadores que sabidamente não têm capacidade.
Entendo a demissão como algo inevitável. Além do desgaste com a torcida e alguns jogadores, Tite parece não conseguir tirar mais nada do grupo de jogadores, e não apenas tecnicamente, mas psicologicamente mesmo. O Inter de Curitiba assustou pela apatia. Por mais que seja temerário trocar de técnico a 11 rodadas do fim do Brasileirão, a impressão que passa é que nada fará as coisas piorarem. Sair do G-4, por exemplo, é algo que Tite já "conseguiu".
Sigo entendendo que a culpa de o Inter ter perdido o rumo na temporada não é exclusiva de Tite. Mais uma vez, um time começa o ano e outro, remodelado, termina. Saiu Nilmar, vieram Edu e Allan Kardec. Chegamos em outubro e as opções de volantes que o time tem são Maycon e Glaydson. Portanto, passa pela diretoria boa parte da explicação para os fracassos. Passa pelos jogadores também. D'Alessandro está a não fazer há tempos, Kleber demorou muito tempo até começar a jogar o verdadeiro futebol que o trouxe para Porto Alegre. Claro que em muitos destes aspectos Tite também tem culpa no cartório. Tudo é uma engrenagem, e a peça mais fácil de retirar foi descartada. Algo precisava mudar mesmo.
Muitos já reclamam da não contratação de Muricy Ramalho em julho, quando estava desempregado e Tite esteve a perigo. Porém, naquele momento, o Inter vinha de um excelente desempenho no primeiro semestre e um título da Copa Sul-Americana no qual Tite teve grandes méritos. Não havia elementos suficientes para uma demissão, e Carvalho não agiu mal em apostar na continuidade para resolver aquela situação. Agora é diferente.
Portanto, Tite sai por seus erros, mas não pense o Inter que demitindo o técnico vai resolver todos os seus problemas. Aposto em uma contratação rápida, pois chamar um tampão como promover Guto Ferreira seria desistir oficialmente de 2009. Mas para 2010 muita coisa precisa ser repensada para que o título brasileiro, que não vem há três décadas, afinal venha. E passa pela política de futebol, principalmente.
Para finalizar, quero ressaltar a postura profissional de Tite, que se dispôs a conceder coletiva como ex-treinador do Inter, algo que raramente se vê por aí. Postura de quem merece mais respeito que a maldosa capa do caderno de esportes de um jornal de grande circulação aqui de Porto Alegre desta segunda-feira.
Novos nomes
Palpite é palpite, e minha aposta é em Paulo César Carpegiani, identificado com o clube e a torcida. Neste momento, fala-se fortemente em Mário Sérgio para o restante do ano. Leão chutaria o balde, e num grupo com tantos medalhões talvez não caísse bem. Parreira e Geninho? Não creio. Luxemburgo foi cogitado, mas acho que, se vier, será só no fim do ano. E aí a ideia do tampão ganha força.
Entendo a demissão como algo inevitável. Além do desgaste com a torcida e alguns jogadores, Tite parece não conseguir tirar mais nada do grupo de jogadores, e não apenas tecnicamente, mas psicologicamente mesmo. O Inter de Curitiba assustou pela apatia. Por mais que seja temerário trocar de técnico a 11 rodadas do fim do Brasileirão, a impressão que passa é que nada fará as coisas piorarem. Sair do G-4, por exemplo, é algo que Tite já "conseguiu".
Sigo entendendo que a culpa de o Inter ter perdido o rumo na temporada não é exclusiva de Tite. Mais uma vez, um time começa o ano e outro, remodelado, termina. Saiu Nilmar, vieram Edu e Allan Kardec. Chegamos em outubro e as opções de volantes que o time tem são Maycon e Glaydson. Portanto, passa pela diretoria boa parte da explicação para os fracassos. Passa pelos jogadores também. D'Alessandro está a não fazer há tempos, Kleber demorou muito tempo até começar a jogar o verdadeiro futebol que o trouxe para Porto Alegre. Claro que em muitos destes aspectos Tite também tem culpa no cartório. Tudo é uma engrenagem, e a peça mais fácil de retirar foi descartada. Algo precisava mudar mesmo.
Muitos já reclamam da não contratação de Muricy Ramalho em julho, quando estava desempregado e Tite esteve a perigo. Porém, naquele momento, o Inter vinha de um excelente desempenho no primeiro semestre e um título da Copa Sul-Americana no qual Tite teve grandes méritos. Não havia elementos suficientes para uma demissão, e Carvalho não agiu mal em apostar na continuidade para resolver aquela situação. Agora é diferente.
Portanto, Tite sai por seus erros, mas não pense o Inter que demitindo o técnico vai resolver todos os seus problemas. Aposto em uma contratação rápida, pois chamar um tampão como promover Guto Ferreira seria desistir oficialmente de 2009. Mas para 2010 muita coisa precisa ser repensada para que o título brasileiro, que não vem há três décadas, afinal venha. E passa pela política de futebol, principalmente.
Para finalizar, quero ressaltar a postura profissional de Tite, que se dispôs a conceder coletiva como ex-treinador do Inter, algo que raramente se vê por aí. Postura de quem merece mais respeito que a maldosa capa do caderno de esportes de um jornal de grande circulação aqui de Porto Alegre desta segunda-feira.
Novos nomes
Palpite é palpite, e minha aposta é em Paulo César Carpegiani, identificado com o clube e a torcida. Neste momento, fala-se fortemente em Mário Sérgio para o restante do ano. Leão chutaria o balde, e num grupo com tantos medalhões talvez não caísse bem. Parreira e Geninho? Não creio. Luxemburgo foi cogitado, mas acho que, se vier, será só no fim do ano. E aí a ideia do tampão ganha força.
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