As tabelas dos postulantes ao título brasileiro
O Campeonato Brasileiro deste ano é tão parelho como o do ano passado. Ou um pouco mais. A diferença é que, na 31ª rodada de 2008, a diferença do líder para o quinto era de 4 pontos, contra 3 agora. E o sexto vinha 10 pontos atrás do líder, contra 6 pontos agora. Incrivelmente, todos podem dormir na liderança como fora do G-4 na noite de quinta-feira, dado o equilíbrio impressionante da competição.
Nessas horas, dado o nivelamento, saber os rivais de cada um na disputa daqui para a frente torna-se um dado importante. Ainda mais agora, que faltam poucos jogos. Por isso, vale dar uma olhada nos compromissos de cada um dos seis candidatos ao título. Sim, seis. Não descarto o Cruzeiro porque, além de ter bom time, vem numa recuperação extraordinária - é o líder do returno - que está encoberta pela também fantástica fase do Flamengo, que tem mais holofotes, e por isso esconde um pouco o que os cruzeirenses têm conseguido (sem alardes, como manda a tradição mineira).
Palmeiras (1º, 54): Goiás (C), Corinthians (N), Fluminense (F), Sport (C), Grêmio (F), Atlético-MG (C) e Botafogo (F). Média de pontos dos adversários: 39,1. Dificuldade da tabela: média.
Tem apenas um confronto direto, e em casa, contra o Atlético-MG, no que pode ser uma final do campeonato. No mais, pega três desesperados, dois deles fora de casa, o que pode ser uma complicação. Enfrenta três equipes que não terão grande interesse no campeonato: o Goiás em casa tem de ser vitória certa, mas os outros dois jogos são difíceis. O Corinthians em Presidente Prudente é clássico, e o Grêmio no Olímpico é forte.
Atlético-MG (2º, 53): Fluminense (F), Goiás (F), Flamengo (C), Coritiba (F), Internacional (C), Palmeiras (F) e Corinthians (C). Média de pontos dos adversários: 44,3. Dificuldade da tabela: alta.
Há vários pontos negativos: mais jogos em casa que fora, os dois próximos são longe do Mineirão, há três jogos contra equipes do topo da tabela. Entretanto, dois destes duelos diretos serão em casa. E três dos jogos fora são perfeitamente vencíveis. O Galo será o time que mais terá adversários diretos pela frente. Aproveitando o fator local nestes jogos e beliscando pontos fora de Belo Horizonte, pode sair campeão. Fortes emoções pela frente.
Internacional (3º, 52): São Paulo (F), Botafogo (C), Barueri (F), Santos (C), Atlético-MG (F), Sport (F) e Santo André (C). Média de pontos dos adversários: 40,0. Dificuldade da tabela: média.
O lado ruim são os duelos diretos fora de casa e o fato de o time jogar apenas três vezes no Beira-Rio. O lado bom são os vários jogos contra equipes desesperadas ou desinteressadas. Se chegar vivo na 36ª rodada, deve conseguir no mínimo a vaga no G-4, pois seus dois últimos jogos poderão ser contra times já rebaixados.
São Paulo (4º, 52): Internacional (C), Barueri (C), Grêmio (F), Vitória (C), Botafogo (F), Goiás (F) e Sport (C). Média de pontos dos adversários: 41,3. Dificuldade da tabela: baixa.
Uma das tabelas mais fáceis. Só quem assusta são os dois gaúchos: o Inter por ser confronto direto, o Grêmio por ser em Porto Alegre. O Botafogo, por estar em desespero e ser no Rio, também pode complicar. De resto, vários jogos contra times que não terão grandes objetivos, e a maioria deles no Morumbi. Mas precisa pontuar bastante nos próximos quatro jogos. Se não assumir a liderança até o duelo com o Vitória, dificilmente conseguirá o quarto título seguido.
Flamengo (5º, 51): Barueri (F), Santos (C), Atlético-MG (F), Náutico (F), Goiás (C), Corinthians (F) e Grêmio (C). Média de pontos dos adversários: 42,9. Dificuldade da tabela: baixa.
Uma das melhores tabelas. Cinco de seus adversários têm poucas aspirações. Sobrevivendo ao Galo no Mineirão, tem boas chances de pontuar bastante e chegar até ao título.
Cruzeiro (6º, 48): Santo André (C), Fluminense (C), Sport (F), Grêmio (C), Atlético-PR (F), Coritiba (C) e Santos (F). Média de pontos dos adversários: 35,6. Dificuldade da tabela: muito baixa.
Disparadamente a melhor tabela. Tem mais jogos em casa que fora, todos perfeitamente vencíveis, e as três partidas longe do Mineirão também são para conseguir pelo menos 4 ou 5 pontos. Como vem crescendo, não pode ser tirado da disputa. E sua tabela mostra o quanto está vivíssimo.
Portanto, além do equilíbrio em pontos, podemos notar que quem tem a melhor tabela está mais atrás na pontuação. Ou seja: há uma tendência de ainda maior equilíbrio na disputa. Não é à toa que os matemáticos dão 22% de chances para que na rodada final três equipes estejam vivas na briga pela taça. É claro que quem faz a tabela ficar fácil ou difícil são os próprios candidatos ao título. O Palmeiras que o diga, afinal, Avaí, Náutico e Santo André não seriam adversários para que um postulante à taça faça apenas 1 pontinho.
Nessas horas, dado o nivelamento, saber os rivais de cada um na disputa daqui para a frente torna-se um dado importante. Ainda mais agora, que faltam poucos jogos. Por isso, vale dar uma olhada nos compromissos de cada um dos seis candidatos ao título. Sim, seis. Não descarto o Cruzeiro porque, além de ter bom time, vem numa recuperação extraordinária - é o líder do returno - que está encoberta pela também fantástica fase do Flamengo, que tem mais holofotes, e por isso esconde um pouco o que os cruzeirenses têm conseguido (sem alardes, como manda a tradição mineira).
Palmeiras (1º, 54): Goiás (C), Corinthians (N), Fluminense (F), Sport (C), Grêmio (F), Atlético-MG (C) e Botafogo (F). Média de pontos dos adversários: 39,1. Dificuldade da tabela: média.
Tem apenas um confronto direto, e em casa, contra o Atlético-MG, no que pode ser uma final do campeonato. No mais, pega três desesperados, dois deles fora de casa, o que pode ser uma complicação. Enfrenta três equipes que não terão grande interesse no campeonato: o Goiás em casa tem de ser vitória certa, mas os outros dois jogos são difíceis. O Corinthians em Presidente Prudente é clássico, e o Grêmio no Olímpico é forte.
Atlético-MG (2º, 53): Fluminense (F), Goiás (F), Flamengo (C), Coritiba (F), Internacional (C), Palmeiras (F) e Corinthians (C). Média de pontos dos adversários: 44,3. Dificuldade da tabela: alta.
Há vários pontos negativos: mais jogos em casa que fora, os dois próximos são longe do Mineirão, há três jogos contra equipes do topo da tabela. Entretanto, dois destes duelos diretos serão em casa. E três dos jogos fora são perfeitamente vencíveis. O Galo será o time que mais terá adversários diretos pela frente. Aproveitando o fator local nestes jogos e beliscando pontos fora de Belo Horizonte, pode sair campeão. Fortes emoções pela frente.
Internacional (3º, 52): São Paulo (F), Botafogo (C), Barueri (F), Santos (C), Atlético-MG (F), Sport (F) e Santo André (C). Média de pontos dos adversários: 40,0. Dificuldade da tabela: média.
O lado ruim são os duelos diretos fora de casa e o fato de o time jogar apenas três vezes no Beira-Rio. O lado bom são os vários jogos contra equipes desesperadas ou desinteressadas. Se chegar vivo na 36ª rodada, deve conseguir no mínimo a vaga no G-4, pois seus dois últimos jogos poderão ser contra times já rebaixados.
São Paulo (4º, 52): Internacional (C), Barueri (C), Grêmio (F), Vitória (C), Botafogo (F), Goiás (F) e Sport (C). Média de pontos dos adversários: 41,3. Dificuldade da tabela: baixa.
Uma das tabelas mais fáceis. Só quem assusta são os dois gaúchos: o Inter por ser confronto direto, o Grêmio por ser em Porto Alegre. O Botafogo, por estar em desespero e ser no Rio, também pode complicar. De resto, vários jogos contra times que não terão grandes objetivos, e a maioria deles no Morumbi. Mas precisa pontuar bastante nos próximos quatro jogos. Se não assumir a liderança até o duelo com o Vitória, dificilmente conseguirá o quarto título seguido.
Flamengo (5º, 51): Barueri (F), Santos (C), Atlético-MG (F), Náutico (F), Goiás (C), Corinthians (F) e Grêmio (C). Média de pontos dos adversários: 42,9. Dificuldade da tabela: baixa.
Uma das melhores tabelas. Cinco de seus adversários têm poucas aspirações. Sobrevivendo ao Galo no Mineirão, tem boas chances de pontuar bastante e chegar até ao título.
Cruzeiro (6º, 48): Santo André (C), Fluminense (C), Sport (F), Grêmio (C), Atlético-PR (F), Coritiba (C) e Santos (F). Média de pontos dos adversários: 35,6. Dificuldade da tabela: muito baixa.
Disparadamente a melhor tabela. Tem mais jogos em casa que fora, todos perfeitamente vencíveis, e as três partidas longe do Mineirão também são para conseguir pelo menos 4 ou 5 pontos. Como vem crescendo, não pode ser tirado da disputa. E sua tabela mostra o quanto está vivíssimo.
Portanto, além do equilíbrio em pontos, podemos notar que quem tem a melhor tabela está mais atrás na pontuação. Ou seja: há uma tendência de ainda maior equilíbrio na disputa. Não é à toa que os matemáticos dão 22% de chances para que na rodada final três equipes estejam vivas na briga pela taça. É claro que quem faz a tabela ficar fácil ou difícil são os próprios candidatos ao título. O Palmeiras que o diga, afinal, Avaí, Náutico e Santo André não seriam adversários para que um postulante à taça faça apenas 1 pontinho.
Comentários
O maior problema do Inter é o seu próprio rendimento e indefinições. Cruzeiro, mesmo assim, parece-me distante demais do título, mas as chances para G-4 só dependem dele.
Se eles ganharem todas as sete, aí sim levam o campeonato. Pelos adversários até é crível.
Particularmente acho também difícil o Cruzeiro tirar seis pontos e superar cinco adversários em apenas sete rodadas. Mas parece claro que é fortíssimo candidato à Libertadores. Ponto pro Adílson, que reconstruiu tudo e está provando, mais uma vez, que é um dos técnicos em maior ascensão no cenário brasileiro.
mas discordo sobre o Goiás como galinha morta. Acho que o Goiás ainda chega peleando pela Libertadores nas últimas rodadas.