A esperança durou 20 minutos
Antes da partida, no clima de crença absoluta de que era possível vencer o Corinthians, os colorados recusavam-se, justificadamente, a responder à seguinte pergunta: seria possível reagir a um gol sofrido? Diante da necessidade do otimismo para empurrar o time, isto nunca sequer cogitaria passar pela cabeça, mas a resposta, viu-se, era claramente um "não".
Todo aquele clima de pressão, de confiança, de "certeza" na virada esvaiu-se aos 19 minutos do primeiro tempo. Aquele lance foi o mais importante do jogo. Jorge Henrique entrou em Índio, lance em princípio faltoso. A bola voltou para o Corinthians, e foi a partir daí construída a jogada do gol do próprio Jorge Henrique, justamente no espaço que Índio costuma frequentar dentro da área. Gostaria de rever o lance, para ter a certeza de minha impressão inicial, de falta. Será que valeu à pena Fernando Carvalho pressionar Ricardo Marques Ribeiro?
Nem houve ânimo para reclamações. O Internacional sentiu a Copa indo embora, e o Corinthians ganhou confiança. Mostrou, no primeiro tempo inteiro, ser o time mais bem treinado do país. Além de bons jogadores, tem o melhor técnico em atividade no país. Joga "perto", triangula fácil, tem passagem coordenada dos laterais e meias. Há equilibrio em tudo o tempo todo, e não só equilíbrio tático, como técnico e emocional. Numa destas jogadas coletivas, André Santos, melhor jogador da final, fez um golaço, em tabela com Ronaldo - sua única participação realmente efetiva na noite, importantíssima, mas única.
No Inter, nada dava certo, e era natural. Taison era o único com ações ofensivas lúcidas. Deu de calcanhar para Nilmar, outro que queria jogo, mas pecava demais nas conclusões. D'Alessandro, como contra a LDU, nada fazia. Magrão, desde o primeiro segundo, só queria briga. Os primeiros 10 minutos não foram os da necessária pressão. Esboçou-se algo do tipo entre os 10 e os 17 minutos, mais ou menos, mas nada que causasse grande perigo ou fosse efetivo. O Corinthians passou a ocupar o campo colorado por dois minutos, e ali saiu o primeiro gol. Depois dele, encontrou muita facilidade, tanto que achou espaço para ampliar e pôde até abrir a goleada, não fosse Lauro salvar arremate de Ronaldo. Era muito mais fácil a goleada que o empate ou virada colorada.
Se o primeiro tempo foi o do baile técnico corintiano, o segundo foi o do descontrole colorado. Até Fernando Carvalho, no intervalo, já deixava claro que a toalha fora jogada. A tentativa era diminuir. Alecsandro entrou bem, mesmo antes de fazer seus dois gols já tentara lance lindo de calcanhar em escanteio. O Inter empatou na dignidade de seu time e na tirada de pé do Corinthians, que chegou a dar olé no campo colorado minutos antes, relaxando claramente. Aí, quando faltavam 20 minutos e o time parecia querer reagir para ao menos tentar a vitória, D'Alessandro coroou sua fraquíssima atuação com o papelão de ser expulso, jogando para a torcida, mas pondo no lixo as chances de, ao menos, vencer a partida. Aí, foi o descontrole. Tudo era motivo de irritação. Elias ainda foi expulso. Mas o título era corintiano.
O Timão chegará à Libertadores como um candidato ao título. Principalmente se mantiver Mano Menezes, um técnico que novamente leva seu clube em um ano e meio da Série B à Libertadores. Um técnico que novamente vence um título através de um empate contra o Beira-Rio. Um técnico que repete, através de suas convicções, uma fórmula de sucesso. Hoje, o Corinthians foi muito superior o tempo inteiro, fora de casa, contra o time de melhores individualidades do País. Tudo isto são méritos gigantescos. Ao Internacional, resta o Brasileiro - e não é pouco. Não caindo em depressão, ou na besteira de jogar tudo fora, é o principal candidato ao título.
Copa do Brasil 2009 - Final - 2º jogo
1º/julho/2009
INTERNACIONAL 2 x CORINTHIANS 2
Local: Beira-Rio, Porto Alegre (RS)
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG)
Público: 50.286
Renda: R$ 754.460,00
Gols: Jorge Henrique 19 e André Santos 28 do 1º; Alecsandro 25 e 29 do 2º
Cartão amarelo: Índio, Taison, D'Alessandro, Bolívar, André Santos, Jean e Douglas
Expulsão: D'Alessandro 32 e Elias 37 do 2º
INTERNACIONAL: Lauro (6), Bolívar (4,5) (Danilo Silva, 42 do 2º - sem nota), Índio (5), Danny Morais (4,5) e Kleber (4,5); Glaydson (5) (Alecsandro, intervalo - 7), Guiñazu (5), Magrão (4) e D'Alessandro (2); Taison (5) (Andrezinho, 20 do 2º - 5) e Nilmar (5,5). Técnico: Tite (4)
CORINTHIANS: Felipe (7,5), Alessandro (7), Chicão (7), William (7) e André Santos (8) (Diego, 33 do 2º - sem nota); Cristian (6,5) (Boquita, 31 do 2º - 5), Elias (7) e Douglas (6); Jorge Henrique (7,5), Ronaldo (6) e Dentinho (6,5) (Jean, 38 do 2º - sem nota). Técnico: Mano Menezes (9)
Foto: Goleiro Felipe comemora o título em pleno Beira-Rio (Juarez Machado/Terra)
Todo aquele clima de pressão, de confiança, de "certeza" na virada esvaiu-se aos 19 minutos do primeiro tempo. Aquele lance foi o mais importante do jogo. Jorge Henrique entrou em Índio, lance em princípio faltoso. A bola voltou para o Corinthians, e foi a partir daí construída a jogada do gol do próprio Jorge Henrique, justamente no espaço que Índio costuma frequentar dentro da área. Gostaria de rever o lance, para ter a certeza de minha impressão inicial, de falta. Será que valeu à pena Fernando Carvalho pressionar Ricardo Marques Ribeiro?
Nem houve ânimo para reclamações. O Internacional sentiu a Copa indo embora, e o Corinthians ganhou confiança. Mostrou, no primeiro tempo inteiro, ser o time mais bem treinado do país. Além de bons jogadores, tem o melhor técnico em atividade no país. Joga "perto", triangula fácil, tem passagem coordenada dos laterais e meias. Há equilibrio em tudo o tempo todo, e não só equilíbrio tático, como técnico e emocional. Numa destas jogadas coletivas, André Santos, melhor jogador da final, fez um golaço, em tabela com Ronaldo - sua única participação realmente efetiva na noite, importantíssima, mas única.
No Inter, nada dava certo, e era natural. Taison era o único com ações ofensivas lúcidas. Deu de calcanhar para Nilmar, outro que queria jogo, mas pecava demais nas conclusões. D'Alessandro, como contra a LDU, nada fazia. Magrão, desde o primeiro segundo, só queria briga. Os primeiros 10 minutos não foram os da necessária pressão. Esboçou-se algo do tipo entre os 10 e os 17 minutos, mais ou menos, mas nada que causasse grande perigo ou fosse efetivo. O Corinthians passou a ocupar o campo colorado por dois minutos, e ali saiu o primeiro gol. Depois dele, encontrou muita facilidade, tanto que achou espaço para ampliar e pôde até abrir a goleada, não fosse Lauro salvar arremate de Ronaldo. Era muito mais fácil a goleada que o empate ou virada colorada.
Se o primeiro tempo foi o do baile técnico corintiano, o segundo foi o do descontrole colorado. Até Fernando Carvalho, no intervalo, já deixava claro que a toalha fora jogada. A tentativa era diminuir. Alecsandro entrou bem, mesmo antes de fazer seus dois gols já tentara lance lindo de calcanhar em escanteio. O Inter empatou na dignidade de seu time e na tirada de pé do Corinthians, que chegou a dar olé no campo colorado minutos antes, relaxando claramente. Aí, quando faltavam 20 minutos e o time parecia querer reagir para ao menos tentar a vitória, D'Alessandro coroou sua fraquíssima atuação com o papelão de ser expulso, jogando para a torcida, mas pondo no lixo as chances de, ao menos, vencer a partida. Aí, foi o descontrole. Tudo era motivo de irritação. Elias ainda foi expulso. Mas o título era corintiano.
O Timão chegará à Libertadores como um candidato ao título. Principalmente se mantiver Mano Menezes, um técnico que novamente leva seu clube em um ano e meio da Série B à Libertadores. Um técnico que novamente vence um título através de um empate contra o Beira-Rio. Um técnico que repete, através de suas convicções, uma fórmula de sucesso. Hoje, o Corinthians foi muito superior o tempo inteiro, fora de casa, contra o time de melhores individualidades do País. Tudo isto são méritos gigantescos. Ao Internacional, resta o Brasileiro - e não é pouco. Não caindo em depressão, ou na besteira de jogar tudo fora, é o principal candidato ao título.
Copa do Brasil 2009 - Final - 2º jogo
1º/julho/2009
INTERNACIONAL 2 x CORINTHIANS 2
Local: Beira-Rio, Porto Alegre (RS)
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG)
Público: 50.286
Renda: R$ 754.460,00
Gols: Jorge Henrique 19 e André Santos 28 do 1º; Alecsandro 25 e 29 do 2º
Cartão amarelo: Índio, Taison, D'Alessandro, Bolívar, André Santos, Jean e Douglas
Expulsão: D'Alessandro 32 e Elias 37 do 2º
INTERNACIONAL: Lauro (6), Bolívar (4,5) (Danilo Silva, 42 do 2º - sem nota), Índio (5), Danny Morais (4,5) e Kleber (4,5); Glaydson (5) (Alecsandro, intervalo - 7), Guiñazu (5), Magrão (4) e D'Alessandro (2); Taison (5) (Andrezinho, 20 do 2º - 5) e Nilmar (5,5). Técnico: Tite (4)
CORINTHIANS: Felipe (7,5), Alessandro (7), Chicão (7), William (7) e André Santos (8) (Diego, 33 do 2º - sem nota); Cristian (6,5) (Boquita, 31 do 2º - 5), Elias (7) e Douglas (6); Jorge Henrique (7,5), Ronaldo (6) e Dentinho (6,5) (Jean, 38 do 2º - sem nota). Técnico: Mano Menezes (9)
Foto: Goleiro Felipe comemora o título em pleno Beira-Rio (Juarez Machado/Terra)
Comentários
Em tempo: nada de mensagens zombeteiras dos amigos gremistas, o que me leva à conclusão óbvia – quem tem, tem medo.
Acho que os gremistas ainda não comentaram porque não deu tempo, mesmo. Ou porque gastamos a flauta com nós mesmos DURANTE o jogo.
Felipe, se serve de consolo, em 1995 perdemos uma Copa do Brasil em casa para o Corinthians e, meses depois, levamos a Libertadores. Não que eu queira isso pra vocês, mas é um consolo sincero de um amigo, hehe.
Agora vou dormir, porque amanhã SERÁ IMPOSSÍVEL.
http://img20.imageshack.us/img20/4354/palhacandro.jpg
Michael Jackson homenageado no MOONWALK que o William deu no D'Alessandro...
E Carvalho pode levantar a FAIXA e dizer: EU JÁ SABIA!!!!
Comentários mais sérios, faço amanhã. No momento, apenas atendo o desejo do meu amigo Heberle =PPP
Fernando Carvalho: "Eu já sabia".
Só faltou o do Gordo, mas se ele não faz o anão (Jorge Henrique) não perdoa.
d'alessandro foi RIDÍCULO na tentativa de guri de ser agredido pelo william, que deu um show no moonwalker, rindo da cara do argentino.
e eu achei o primeiro gol bem irregular, vi exatamente como tu viu, na hora, apesar de falta de replay. ele devia ter parado o jogo depois da entrada dura do jorge henrique, que deixou o indio fora do campo.
Cadê o rolo compressor? Viraram as ovelhinhas do Tite!
2) Ronaldo continua matador. Isto é: ele faz gols QUANDO PRECISA. Não foi o caso de ontem, quando perdeu dois gois, um deles que até Jonas macaria.
3) Passos de dança duvidos d'D'Alessandro.
avraços, professor!
Pelo comentário do Tulio Milman hoje de manhã na Gaúcha, a tática é encher-se de EMPÁFIA, menosprezando os adversários, dizendo coisas do tipo: "o Corinthians ganhou porque queria MAIS a copa do que o Inter".
Tá bom. Tomara que continuem entregando títulos para clubes que QUEREM MAIS do que eles. Assim começa a queda.
Paulo Britto diria: FECTIO! (só pra poder usar a VdP)
Franke, o Ronaldo participou decisivamente do segundo gol corintiano. Perdeu gols até fáceis, mas já se justificou por ali mesmo.
Queria registrar também que o jogo de ontem (sobretudo o primeiro tempo) do Corinthians foi um assombro. Jogou demais. Foi assustador. Eu não tenho como dizer que o Inter não soube se impor, não tenho condição de afirmar que houve falhas aqui e acolá. Não vi o primeiro jogo da final (era no mesmo tempo do jogo do Grêmio), mas essa atuação do Corinthians foi disparada a melhor que eu vi de um time brasileiro este ano. Time MUITO bom. Se mantiver certa concentração no Brasileirão, é fortíssimo candidato a tentar melar o título JÁ GANHO do Inter.
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Realmente, o jogo acabou cedo. Um anticlímax para quem esperava uma final emocionante. Que time bem treinado esse do Mano Menezes. André Santos, o melhor de ontem. O maior erro do Inter foi ter dado o latifúndio que lhe deu para atacar, dali saíram os dois gols. Jorge Henrique, o melhor no conjunto dos dois jogos.
Cabe ao Inter reclamar do primeiro gol, que a TV não repetiu, mas achei que foi falta no começo do lance.
"quando todos não arriscavam"
"Eles já estavam chorando antes. Era Colorado, agora é Chororado"
Goleiro Felipe, após ler o comentário de Pedro Heberle.
mano menezes se aproveitou da falta de "overlapping" do inter, já que raramente um volante ou um lateral passa pro fundo pra receber uma bola e assim anulou o inter.
até um CÔCO VERDE ou uma TURAT emite opiniões mais sensatas e mais úteis que ele.
minha mãe, atucanando meu pai, ontem:
- 0-2? mas o que são dois gols pro TIMÃO do inter reverter?!
Eu acho que o jogo se resume em uma frase: sobrou empenho, faltou estratégia.
Cobra deles, Vicente!
Deu errado para o Carvalho e para o Tite. Mas eu não vou criticar mais do que dizer "deu errado", se eu disse aqui que o Carvalho estava certo e não disse, mas pensava, que o melhor era começar com um volante e manter a estrutura de sempre.
Sobre o Tulio Milman, é como diz o ditado: "quem REEIL por último, ri DEPOIS" (ns)
Ele levantou esses dias a seguinte questão: será que o problema do D’Alessandro é somente físico ou, quase um ano aqui, ele vem mostrando a irregularidade (psicológica e produtiva) que lhe segurou a carreira inteira.
Não é hora da chamada “terra arrasada”, mas é hora de fazer um balanço. Um ano, alguns ótimos momentos, alguns bons jogos e nenhuma seqüência em grande nível.
É que eu saí do campo realmente impressionado com a conformidade de todos no fim do jogo. Precisava escrever sobre isso.
Do nada passaram a falar mal do Grêmio e da torcida.
E não, não tenho tido este problema, Luís. Mas me avisem sempre que algo do tipo ocorrer, pois tomarei as providências necessárias. Se há coisa que detesto são essas propagandas invasivas na internet.
Foi isso. Sem tirar nem por.
(tenho culpa se Piffero em pessoa se encarregou de lembrar disso? hehehe)
Bom, acho que o Inter pecou por não ter uma estratégia de jogo bem definida, mesmo. Era uma coisa do tipo "vamos no abafa que vai dar", ignorando que não era um Juventude ou Caxias que estava pelo caminho, e sim o Corinthians, um dos elencos mais redondos e um dos times mais bem treinados dos últimos anos no Brasil. Tomou o gol (que era uma possibilidade crível, convenhamos) e perdeu o norte. E a mesma coisa pode acontecer no Olímpico hoje, se o Grêmio for com a mesma gana de "vencer a qualquer custo" sem nenhum planejamento por trás. Mas acho que o Autuori é um cara racional, e sabe que vamos precisar de estratégia também...
Eu voltarei.
mmmmHUAHUAHUAHUAHUAhuahua
e pra mim tá abrindo essa porra do mercado lvire tb.
COME ELES, VICENTE.
quer dizer, COBRA ELES.
CHUPA RIJKAARD!
pedro, DERAVAT com o q tu diz. TENHO REFÉM!
HUAHSUEHUAHEUAHEUAHE cof cof
HAUEHAUHAUEHAUEHAUE