Tudo aberto
A expressão de Verón ao final da partida deixa bem claro o estado de espírito do Estudiantes após o jogo de hoje à noite. A vitória de 1 a 0 não passa nem perto de ser um mau resultado, mas o desempenho do time não conseguiu ser o mesmo de outros jogos. O Nacional nem chegou a criar dificuldades tão consideráveis, mas sustentou uma derrota mínima que o deixa vivo para o jogo de Montevidéu.
O primeiro tempo foi todo dos argentinos, que perderam gols que podem custar caro mais adiante. Algumas das melhores coisas que o Estudiantes trouxe a esta Libertadores puderam ser vistas nos 45 iniciais: a criação qualificada de Verón e Benítez, a voluntariedade de Boselli, a técnica inquieta de Fernández, as subidas de Galván. Numa delas, este último fez o 1 a 0, que era não só correto pelo que era o jogo, como parecia o começo de algo maior. Mas já por volta de 40 minutos ouvia-se um certo descontentamento da torcida com o time da casa, que baixou o ritmo. Era difícil que mantivesse, dada a volúpia dos primeiros minutos.
No intervalo, Sabella perdeu Verón, que sentiu dores, colocando o volante Sánchez. O Nacional, por outro lado, trocou Medina por "Morro" García. Com a dupla troca, só os uruguaios ganharam. García deu nova vida ao morto ataque do primeiro tempo (que também sucumbiu pela fraca atuação de Lodeiro), enquanto Sánchez, volante, deu lentidão e tirou criatividade do meio argentino. Foram 15 minutos de domínio, até que o técnico dos platenses tirou Galván e pôs Nuñez, recompondo o segundo meia. Ele entrou elétrico, dinâmico. Melhorou o time, que não apenas reequilibrou como voltou a dominar o jogo. Gerardo Pelusso viu que sustentar o 1 a 0 era o melhor negócio e assim procedeu o Nacional. Boselli ainda perdeu chance rara no fim, em defesa salvadora de Muñoz.
Para o jogo da volta, o Nacional precisa fazer 2 a 0, ou 1 a 0 e levar aos pênaltis. Muito embora o Estudiantes não tenha sofrido nenhum gols nos cinco jogos de mata-mata até agora, é perfeitamente possível. Estudiantes e Cruzeiro largam em vantagem, mas Grêmio e Nacional seguem vivos - e convém respeitar bastante a tradição de ambos antes de descartá-los prematuramente.
Em tempo:
- Lindos os uniformes. Lindo ver uma Libertadores com uma semifinal dessas.
Taça Libertadores da América 2009 - Semifinal - Jogo de ida
25/junho/2009
ESTUDIANTES 1 x NACIONAL 0
Local: Ciudad de La Plata, La Plata (ARG)
Árbitro: René Ortube (BOL)
Público: não divulgado
Gol: Galván 14 do 1º
Cartão amarelo: Benítez, Romero, Arismendi e Matías Rodríguez
ESTUDIANTES: Andújar (5,5), Cellay (6) (Díaz, 35 do 2º - sem nota), Schiavi (6,5), Desábato (6) e Ré (5,5); Braña (6), Galván (7) (Nuñez, 13 do 2º - 6,5), Verón (6,5) (Sánchez, intervalo - 5,5) e Benítez (6); Fernández (6,5) e Boselli (5,5). Técnico: Alejandro Sabella (6)
NACIONAL: Muñoz (7), Matías Rodríguez (5), Victorino (5,5), Coates (5) e Romero (4,5); Adrián Fernández (5) (Domínguez, 28 do 2º - 5), Oscar Morales (5), Arismendi (5) e Lodeiro (4,5); Biscayzacú (4,5) e Medina (4,5) (García, intervalo - 5,5). Técnico: Gerardo Pelusso (5)
Foto: Gastón Fernández disputa com Arismendi: semifinal em aberto (EFE)
O primeiro tempo foi todo dos argentinos, que perderam gols que podem custar caro mais adiante. Algumas das melhores coisas que o Estudiantes trouxe a esta Libertadores puderam ser vistas nos 45 iniciais: a criação qualificada de Verón e Benítez, a voluntariedade de Boselli, a técnica inquieta de Fernández, as subidas de Galván. Numa delas, este último fez o 1 a 0, que era não só correto pelo que era o jogo, como parecia o começo de algo maior. Mas já por volta de 40 minutos ouvia-se um certo descontentamento da torcida com o time da casa, que baixou o ritmo. Era difícil que mantivesse, dada a volúpia dos primeiros minutos.
No intervalo, Sabella perdeu Verón, que sentiu dores, colocando o volante Sánchez. O Nacional, por outro lado, trocou Medina por "Morro" García. Com a dupla troca, só os uruguaios ganharam. García deu nova vida ao morto ataque do primeiro tempo (que também sucumbiu pela fraca atuação de Lodeiro), enquanto Sánchez, volante, deu lentidão e tirou criatividade do meio argentino. Foram 15 minutos de domínio, até que o técnico dos platenses tirou Galván e pôs Nuñez, recompondo o segundo meia. Ele entrou elétrico, dinâmico. Melhorou o time, que não apenas reequilibrou como voltou a dominar o jogo. Gerardo Pelusso viu que sustentar o 1 a 0 era o melhor negócio e assim procedeu o Nacional. Boselli ainda perdeu chance rara no fim, em defesa salvadora de Muñoz.
Para o jogo da volta, o Nacional precisa fazer 2 a 0, ou 1 a 0 e levar aos pênaltis. Muito embora o Estudiantes não tenha sofrido nenhum gols nos cinco jogos de mata-mata até agora, é perfeitamente possível. Estudiantes e Cruzeiro largam em vantagem, mas Grêmio e Nacional seguem vivos - e convém respeitar bastante a tradição de ambos antes de descartá-los prematuramente.
Em tempo:
- Lindos os uniformes. Lindo ver uma Libertadores com uma semifinal dessas.
Taça Libertadores da América 2009 - Semifinal - Jogo de ida
25/junho/2009
ESTUDIANTES 1 x NACIONAL 0
Local: Ciudad de La Plata, La Plata (ARG)
Árbitro: René Ortube (BOL)
Público: não divulgado
Gol: Galván 14 do 1º
Cartão amarelo: Benítez, Romero, Arismendi e Matías Rodríguez
ESTUDIANTES: Andújar (5,5), Cellay (6) (Díaz, 35 do 2º - sem nota), Schiavi (6,5), Desábato (6) e Ré (5,5); Braña (6), Galván (7) (Nuñez, 13 do 2º - 6,5), Verón (6,5) (Sánchez, intervalo - 5,5) e Benítez (6); Fernández (6,5) e Boselli (5,5). Técnico: Alejandro Sabella (6)
NACIONAL: Muñoz (7), Matías Rodríguez (5), Victorino (5,5), Coates (5) e Romero (4,5); Adrián Fernández (5) (Domínguez, 28 do 2º - 5), Oscar Morales (5), Arismendi (5) e Lodeiro (4,5); Biscayzacú (4,5) e Medina (4,5) (García, intervalo - 5,5). Técnico: Gerardo Pelusso (5)
Foto: Gastón Fernández disputa com Arismendi: semifinal em aberto (EFE)
Comentários
JOGO/LOCAL DA SEGUNDA PARTIDA
Grêmio x Estudiantes/Porto Alegre
Grêmio x Nacional/Porto Alegre
Cruzeiro x Estudiantes/Belo Horizonte
Cruzeiro x Nacional/Montevidéu
Ontem, antes desse jogo, meu pai disse "3x1 fora de casa não é muito diferente de um 1x0"
e de fato não é. A diferença básica é que o 1x0 leva o nacional pros pênaltis.