Outro duelo doméstico

Vi o primeiro tempo de um Cruzeiro tranquilo, que jogou solto, mas com compromisso, diante da Universidad de Chile. Nem chegou a ter grande atuação, mas manteve o time chileno sempre no campo de defesa, sem lhe dar alternativas e quaisquer chances de marcar os dois gols que precisava para seguir adiante na competição.

No segundo tempo, o qual não assisti, o gol cruzeirense saiu apenas aos 28 minutos. La U se defende normalmente bem. Markarián soube perder de pouco para os dois times grandes que enfrentou nesta Libertadores. Não é um time desprezível, mas tem sérias deficiências ofensivas. Iturra me parece ter sido a grande decepção. Esperava-se muito dele, mas em nenhuma partida o vi jogando bem. Errou muitos passes, vários deles de fácil execução, atrasando a criação de jogadas. O ataque é outro problema, com jogadores de pouca qualidade técnica, apesar da entrega. Um time que caiu no momento certo: tem qualidade para passar de fase, mas era sabido que dificilmente passaria das oitavas.

Para os dois grandes duelos contra o São Paulo, Wagner é a preocupação dos mineiros. O meia deixou o campo aos 42 iniciais com uma fisgada na coxa de gravidade ainda não sabida ao certo. Hoje, entrou Athirson em seu lugar e Gérson Magrão saiu da lateral para o meio. É uma interessante alternativa que o bom grupo de jogadores oferece a Adílson Batista, mas perder um titular desta importância é sempre um decréscimo. Equivalente, por exemplo, à perda de Rogério Ceni pelo lado tricolor paulista.

Montevidéu: o Boca Juniors esteve duas vezes à frente, mas o abnegado Defensor buscou a igualdade em ambas. O 2 a 2 é uma vantagem argentina para a volta na Bombonera, mas o confronto ainda não está nem perto de ser definido.

Luque (PAR): o adversário do confronto de Boca e Defensor se defrontará com o Estudiantes, que apenas confirmou sua vaga com um empate sem gols diante do Libertad.

Foto: Vipcomm

Comentários

natusch disse…
Assisti praticamente todo o jogo Defensor 2x2 Boca. E digo, com serenidade e sem exageros revanchistas: o Boca, a julgar pelo que tem feito ultimamente, não é mais aquele. Ainda toca bem a bola, sabe enervar o adversário e conta com lampejos de brilhantismo pessoal, mas é um time de marcação surpreendentemente frouxa e que parece carecer de vibração - Palermo pelo menos três vezes foi visto, aos berros, tentando acordar os colegas de time, que praticamente dormitavam em campo. Se o Boca continuar sendo isso aí, começo até a achar que não vão tão longe assim...
André K disse…
Iturra também me decepcionou