Por um pouco menos de convicção
A ideia de utilizar Renê Weber, auxiliar de Paulo Autuori, enquanto este estiver no Catar, é teoricamente boa. Uma alternativa interessante. Ninguém conhece melhor suas preferências técnicas, táticas, de administração de vestiário, de característica dos atletas que ele. É a afirmação da convicção da direção gremista em Autuori, suplantando aquelas especulações do início da semana passada, onde o que chegava aos nossos ouvidos eram tantas opiniões divergentes que a impressão que se tinha é que não havia convicção alguma da política futebol dentro do Grêmio.
Entretanto, muito embora as convicções sejam a base de todo trabalho sólido e de bons resultados, o tempo corre contra o tricolor. A primeira fase da Libertadores encerra dia 28. As oitavas começam na primeira semana de maio. Autuori só poderia chegar no dia 17 de maio, quando estaríamos na segunda rodada do Campeonato Brasileiro, logo após as oitavas e três dias antes das quartas-de-final da Libertadores. Portanto, fica claro que se a única possibilidade deste profissional desembarcar no Olímpico seja nesta data, deveria ser descartado imediatamente. Contratar técnico durante a primeira fase da Copa não é o ideal, mas aceita-se, dependendo das circunstâncias; trazê-lo três dias antes de iniciar uma possível fase de quartas-de-final é um absurdo.
O mais preocupante é a cegueira da direção gremista quanto a isso. Tanto que só admite abrir mão de Autuori caso o time perca amanhã no Chile. Uma convicção que pode esvair-se em 90 minutos não é tão firme assim. A justificativa: o jogo contra o Boyacá Chicó se tornará decisivo em casa de derrota em Santiago. Ora, e as oitavas não serão decisivas? Se Autuori é mesmo o nome, não deverá dirigir o time nos primeiros matamatas. Esta insistência irritante parece não mais que uma resposta àqueles que criticaram os dirigentes tricolores por falta de convicções.
Nada contra Paulo Autuori, que é um grande técnico e poderia acrescer muito ao Grêmio, principalmente se for efetivado como uma espécie de gerente do futebol tricolor. Mas é por esta dificuldade toda, pela impossibilidade histórica de negociar com os árabes, que o time da Azenha faria bem em dar um ultimato a esta situação, definindo a contratação de substituto de Celso Roth no máximo até sexta-feira. Traga-se o substituto de uma vez e administra-se depois toda a questão da "frustração" por não ter trazido o nome ideal.
Nada em excesso é bom. Este ensinamento vem de milênios, Buda já o doutrinava dezenas de séculos antes de Jesus Cristo. O Grêmio vem provando, nestes últimos dias, como até a convicção, que serve de base para todo bom trabalho em futebol, poderia ser prejudicial, se em demasia.
Entretanto, muito embora as convicções sejam a base de todo trabalho sólido e de bons resultados, o tempo corre contra o tricolor. A primeira fase da Libertadores encerra dia 28. As oitavas começam na primeira semana de maio. Autuori só poderia chegar no dia 17 de maio, quando estaríamos na segunda rodada do Campeonato Brasileiro, logo após as oitavas e três dias antes das quartas-de-final da Libertadores. Portanto, fica claro que se a única possibilidade deste profissional desembarcar no Olímpico seja nesta data, deveria ser descartado imediatamente. Contratar técnico durante a primeira fase da Copa não é o ideal, mas aceita-se, dependendo das circunstâncias; trazê-lo três dias antes de iniciar uma possível fase de quartas-de-final é um absurdo.
O mais preocupante é a cegueira da direção gremista quanto a isso. Tanto que só admite abrir mão de Autuori caso o time perca amanhã no Chile. Uma convicção que pode esvair-se em 90 minutos não é tão firme assim. A justificativa: o jogo contra o Boyacá Chicó se tornará decisivo em casa de derrota em Santiago. Ora, e as oitavas não serão decisivas? Se Autuori é mesmo o nome, não deverá dirigir o time nos primeiros matamatas. Esta insistência irritante parece não mais que uma resposta àqueles que criticaram os dirigentes tricolores por falta de convicções.
Nada contra Paulo Autuori, que é um grande técnico e poderia acrescer muito ao Grêmio, principalmente se for efetivado como uma espécie de gerente do futebol tricolor. Mas é por esta dificuldade toda, pela impossibilidade histórica de negociar com os árabes, que o time da Azenha faria bem em dar um ultimato a esta situação, definindo a contratação de substituto de Celso Roth no máximo até sexta-feira. Traga-se o substituto de uma vez e administra-se depois toda a questão da "frustração" por não ter trazido o nome ideal.
Nada em excesso é bom. Este ensinamento vem de milênios, Buda já o doutrinava dezenas de séculos antes de Jesus Cristo. O Grêmio vem provando, nestes últimos dias, como até a convicção, que serve de base para todo bom trabalho em futebol, poderia ser prejudicial, se em demasia.
Comentários
Mas, se for verdade esta história de vincular a vinda dele ao resultado de quarta pode se esquecer os elgios a convicção da direção
Fiz o texto pensando no Renato, mas desautoriza qualquer outro técnico que vier. Menos Felipão.
O avançado da Académica José Luis Garcés, que deixou a Académica em Dezembro por altura das férias natalícia, voltou a Portugal quatro meses depois de deixar o clube sem autorização. O jogador chegou esta quarta-feira a Lisboa, onde aguarda por uma reunião com os responsáveis do clube para resolver a sua situação.