Por um novo começo
Não podia ser mais propício o adversário para o Grêmio se recuperar de mais um fracasso em clássicos e no estadual. Um jogo contra uma equipe fraca, no Olímpico, por uma competição amada pelos gremistas. Até o nome do rival de hoje tem um significado: Aurora. É justamente o que o time da Azenha está precisando: recomeçar em 2009.
Mas este recomeço não significa abandonar tudo o que foi feito. Entre melhorar o que está errado e abandonar tudo existe uma linha às vezes tênue, que pode se tornar invisível se os ânimos estiverem exaltados. O Grêmio deste ano, reconhecidamente, reforçou-se em relação ao do ano passado, aquele que fez um excelente Campeonato Brasileiro, deixando 18 dos 19 concorrentes para trás, abrindo 18 pontos de seu eterno comparativo, o Internacional. O que deixa a impressão de que este tricolor versão 09 não é tão bom quanto o da versão 08 é a irregularidade decorrente justamente este padrão comparativo, escancarado com uma campanha inferior à do rival no Gauchão e com três derrotas em clássicos em menos de dois meses.
Mas há acertos. Os atacantes têm dado resposta apenas razoável para o que podem. Jonas é o que salva o adjetivo: não fossem seus 9 gols até agora, poderia se dizer que a resposta seria ruim. Alex Mineiro fez 4, Reinaldo 3, Herrera 2, Maxi López 1. Há a questão da aflição gerada pelo mau ambiente, especialmente após o segundo Gre-Nal. Antes dali, ninguém questionava os atacantes gremistas, até porque era começo de ano. E porque o jogo com a Universidad de Chile foi tratado como uma exceção, que acabou virando regra nos dois jogos seguintes pela Libertadores, especialmente o de Tunja.
A pressão sobre o grupo de jogadores se aliviará agora. Especialmente se as previsões se confirmarem e Renato Portaluppi for anunciado após a partida de hoje. Fábio Koff pensou o mesmo diagnóstico que eu ao defender sua contratação junto a Duda Kroeff (o que muito me honra): ele é o homem que pode reunir todos no Grêmio (jogadores, diretoria, comissão técnica e torcida) em busca da conquista da Libertadores, o único capaz de fazer todos curarem as feridas causadas pelos Gre-Nais. Qualidade há. Ajustes são necessários, porém.
Cogita-se a saída de Jadílson, o que considero um erro. Não vem tendo grandes partidas, mas tampouco teve desempenho em geral ruim. Deixar Fábio Santos como única opção na esquerda será um problema maior do que o que há na direita, com Ruy sendo o único ala de origem e Makelele quebrando bem o galho quando necessário. Sua dispensa, cogitada ontem, me parece ultrapassar aquela linha tênue que falei no início do segundo parágrafo: "nada mais presta, vamos mudar tudo". Isto não é política criteriosa, é decisão de cabeça quente. Jadílson é um jogador experiente, com qualidade técnica e física, e que precisa de sequência de jogos para se afirmar. O novo técnico deve acabar com este rodízio na lateral que Roth vinha executando.
A saída de Diogo sim, é justificável. A janela prevê três alterações para a segunda fase. Uma é clara: a entrada de Perea, recuperado, no lugar de Reinaldo, que não terá contrato renovado. A outra está bem encaminhada: Renato. Será uma opção qualificadíssima para a meia, que daria força ao meio-campo, um chute de longe, qualidade técnica e vigor. Sem querer efetuar comparações tão restritas, mas seria o Diego Souza que brilhou na campanha de 2007.
A outra necessidade que urge é um novo volante. Diogo sairá, Willian Magrão está no estaleiro até setembro. Como Makelele joga nas duas funções, parece-me mais lógico contratar um volante de origem que um ala direito, uma carência que se verifica desde a lesão de Magrão e que te sacrificado Tcheco desde janeiro, fazendo-o jogar demasiadamente recuado e tirando-lhe o brilho de tempos não tão remotos assim.
Com estas três alterações, um 4-4-2 poderia ser testado. Haverá tempo para treinar em abril, coisa que Roth se queixava. Mas antes há o Aurora, e a necessidade de vencer e por boa margem de gols, para não ficar para trás no saldo. Recuperar os tentos perdidos na estreia, em Tunja e em Cochabamba, com os dois argentinos precisando dar a resposta que ainda não deram.
Mas este recomeço não significa abandonar tudo o que foi feito. Entre melhorar o que está errado e abandonar tudo existe uma linha às vezes tênue, que pode se tornar invisível se os ânimos estiverem exaltados. O Grêmio deste ano, reconhecidamente, reforçou-se em relação ao do ano passado, aquele que fez um excelente Campeonato Brasileiro, deixando 18 dos 19 concorrentes para trás, abrindo 18 pontos de seu eterno comparativo, o Internacional. O que deixa a impressão de que este tricolor versão 09 não é tão bom quanto o da versão 08 é a irregularidade decorrente justamente este padrão comparativo, escancarado com uma campanha inferior à do rival no Gauchão e com três derrotas em clássicos em menos de dois meses.
Mas há acertos. Os atacantes têm dado resposta apenas razoável para o que podem. Jonas é o que salva o adjetivo: não fossem seus 9 gols até agora, poderia se dizer que a resposta seria ruim. Alex Mineiro fez 4, Reinaldo 3, Herrera 2, Maxi López 1. Há a questão da aflição gerada pelo mau ambiente, especialmente após o segundo Gre-Nal. Antes dali, ninguém questionava os atacantes gremistas, até porque era começo de ano. E porque o jogo com a Universidad de Chile foi tratado como uma exceção, que acabou virando regra nos dois jogos seguintes pela Libertadores, especialmente o de Tunja.
A pressão sobre o grupo de jogadores se aliviará agora. Especialmente se as previsões se confirmarem e Renato Portaluppi for anunciado após a partida de hoje. Fábio Koff pensou o mesmo diagnóstico que eu ao defender sua contratação junto a Duda Kroeff (o que muito me honra): ele é o homem que pode reunir todos no Grêmio (jogadores, diretoria, comissão técnica e torcida) em busca da conquista da Libertadores, o único capaz de fazer todos curarem as feridas causadas pelos Gre-Nais. Qualidade há. Ajustes são necessários, porém.
Cogita-se a saída de Jadílson, o que considero um erro. Não vem tendo grandes partidas, mas tampouco teve desempenho em geral ruim. Deixar Fábio Santos como única opção na esquerda será um problema maior do que o que há na direita, com Ruy sendo o único ala de origem e Makelele quebrando bem o galho quando necessário. Sua dispensa, cogitada ontem, me parece ultrapassar aquela linha tênue que falei no início do segundo parágrafo: "nada mais presta, vamos mudar tudo". Isto não é política criteriosa, é decisão de cabeça quente. Jadílson é um jogador experiente, com qualidade técnica e física, e que precisa de sequência de jogos para se afirmar. O novo técnico deve acabar com este rodízio na lateral que Roth vinha executando.
A saída de Diogo sim, é justificável. A janela prevê três alterações para a segunda fase. Uma é clara: a entrada de Perea, recuperado, no lugar de Reinaldo, que não terá contrato renovado. A outra está bem encaminhada: Renato. Será uma opção qualificadíssima para a meia, que daria força ao meio-campo, um chute de longe, qualidade técnica e vigor. Sem querer efetuar comparações tão restritas, mas seria o Diego Souza que brilhou na campanha de 2007.
A outra necessidade que urge é um novo volante. Diogo sairá, Willian Magrão está no estaleiro até setembro. Como Makelele joga nas duas funções, parece-me mais lógico contratar um volante de origem que um ala direito, uma carência que se verifica desde a lesão de Magrão e que te sacrificado Tcheco desde janeiro, fazendo-o jogar demasiadamente recuado e tirando-lhe o brilho de tempos não tão remotos assim.
Com estas três alterações, um 4-4-2 poderia ser testado. Haverá tempo para treinar em abril, coisa que Roth se queixava. Mas antes há o Aurora, e a necessidade de vencer e por boa margem de gols, para não ficar para trás no saldo. Recuperar os tentos perdidos na estreia, em Tunja e em Cochabamba, com os dois argentinos precisando dar a resposta que ainda não deram.
Comentários
agora, observem que essa é a hora de fazer o "paralelo-Abel-2006". Saiu um treinador teimoso com as relações desgastadas com a diretoria, apesar da grande campanha do ano anterior (Muricy/Roth). É preciso encontrar um treinador novo com sede de vencer (Abel/Renato).
Mas independente do que aconteceu nesse início de semana, vitória hj é obrigação contra o fraco time do Aurora.
Um cara que se imponha sobre o juiz ao distribuir bordoadas na cara-dura, conseguindo intimidar os principais jogadores adversários.
escrevo isso enquanto o FILHADAPUTAOTOMANO do zachia discursa na sessão da assembléia em homenagem ao inter. triste
Porém, se vier, seria apenas para o Brasileirão. As inscrições para jogadores vindos de fora do país encerram-se amanhã na Conmebol.
por 2 motivos:
1. olho maior que a barriga
2. MERDA NA CABEÇA.
não há outra explicação...