Vem chegando o Carvalhão

É sem grandes novidades que o atual e maior campeão gaúcho, Internacional, abrirá hoje a Taça Fernando Carvalho, também conhecida como primeiro turno do Gauchão 2009. No ano em que o campeonato estadual do Rio Grande do Sul completa 90 verões escaldantes e invernos rigorosos, uma fórmula que lembra muito a do Campeonato Carioca. Por isso, é bom lembrar que vencendo o Santa Cruz o Inter não abre vantagem sobre o Galo: acaba, por tabela, ajudando o rival Grêmio, que é quem está no grupo do Santa Cruz. E assim será durante todo o Carvalhão. No Koffão, a coisa muda de figura.

Há muito tempo eu pedia esta fórmula semelhante à do Rio de Janeiro, com algumas mudanças em relação ao que está aí, porém. É um sistema que prevê clássicos nas fases iniciais e, possivelmente, finais. Podemos ter de 1 a 5 Gre-Nais, o que já seria um exagero, mas é melhor do que zero, como tivemos, só nesta década, em 2002, 2005, 2007 e 2008. Gauchão sem Gre-Nal é como comida sem sal.

Sobre o time colorado que entra em campo hoje, às 19:30, como dito na primeira linha, não será muito diferente daquele que terminou 2008 com a conquista da Copa Sul-Americana. Do time que empatou com o Estudiantes no dia 3 de dezembro, apenas Paulinho no lugar do vendido Edinho, na primeira função do meio-campo, é a diferença. De resto, tudo na mesma.

Em tempo:
- Reinaldo vem fazendo boa pré-temporada. Caso não se lesionasse tanto, o Grêmio nem precisaria ir atrás de outro atacante, mas é melhor investir em alguém mais do que contar com ele. Vejo, tristemente, que Morales pode ser negociado. Poderia ser uma arma muito útil na Libertadores, como será Herrera, que o tricolor insiste em adquirir.

- Conversei com o Lourenço esta semana sobre o nome das taças do Gauchão e chegamos à conclusão que seria melhor homenagear dirigentes de forma póstuma. Minhas sugestões seriam Taça Fernando Kroeff e Frederico Arnaldo Ballvé, em princípio.

- Brasil iniciará o Gauchão só na 5ª rodada. Com isto, o jogo contra o Grêmio será adiado.

Comentários

Anônimo disse…
Eu sempre detestei grenal em vão. Detesto amistoso ou grenal na primeira fase de gauchão, principalmente se for bem no começo do ano. Não gostei da nova fórmula, prefiro a de 2007 ou 2006. Mas pior que a de 2003 e de 2004 não será.
Vicente Fonseca disse…
Acho que as melhores fórmulas recentes foram as de 2000 e 2001, do octogonal. A de 2005 e 2006, apesar de estranhas, também me agradavam.
Anônimo disse…
Peço a algum amigo de bom coração que me mantenha informado dos desdobramentos do placar na duas partidas de estréia do Imortal no Carvalhão, contra Inter-SM e Ulbra. Pode ser por msgs de celular, será perfeito. É que a Internet aqui é bastante cara e a imprensa do centro do país não deve nem saber que existe um campeonato gaúcho, pois a falta de informações a respeito é acachapante, para dizer o mínimo. Ficarei grato, e prometo como pagamento publicar no meu blog fotos com celebridades que encontrei em SP, como por ex o Eddie e os fantasmas da formação original do Ramones =P

Jadílson >>>>>>>> Kleber
(só pela polêmica) ;)

Abraços a todos!

Verificação de palavras: DIASKENT. De fato, tem feito DIASKENT aqui em São Paulo...
Vicente Fonseca disse…
jkfdjkfdslkjgf

O segundo jogo do Grêmio é contra o Esportivo, presidente. Te manterei informado, pó-de-chá.
Felipe disse…
A fórmula do Carvalhão é no mínimo estranha. Pode um grupo vencer todos os jogos e o outro grupo perder todos e ainda assim, sairão 4 classificados de cada grupo. Prefiro a fórmula tradicional do Gauchão: dois grupos, em com Inter e um com Gremio, com os classificados fazendo um mata mata. Se não der Gre-Nal? Incompetência de quem não chegou. Ou vocês preferem o Campeonato Carioca, cheio de clássicos no Maraca mas que, como o próprio nome diz, é carioca e não fluminense.
Vicente Fonseca disse…
Fórmula tão esdrúxula quanto às das Superligas de Truco de 2005 e 2006.
Vicente Fonseca disse…
Aliás, tem a mesma fórmula e mesmo nome do turno da Superliga 05/1, conhecida como Taça Carlos Alberto Carvalho.

Cofatruco > FGF
Anônimo disse…
o plágio da fgf é óbvio, professor. homenagear cartola é cagalhonice. Taça Lagoa dos Patos e Taça Anta Gorda. bons nomes. viva o formulismo.
Anônimo disse…
Eu nem consigo lembrar das formulas recentes do gauchão.

A do campeonato carioca é interessante, mas é boa de ser ver a distância. Tem alguns problemas, como esse que o Felipe lembrou. Também pode ocorrer uma banalização dos clássicos.

A melhor me parece a do Paulista. Turno único, classificam quatras. Semifinais e finais em dois jogos.

Assim todo time do Interior receberá um grande e irá uma vez a capital. (No caso de se adotada no RS)

E as equipes que não se classificarem só jogarão 4 jogos a menos do que o campeao e o vice.
Anônimo disse…
Que nome ridículo, pelamor...


Pra mim o gauchão - e todos os estaduais - tinha que ser mera seletiva à série D
Não entendi, Prestes. Tirando os times que estão em divisões maiores, os estaduais não funcionam justamente pra isso - e também pra definir quem vai pra Copa do Brasil do ano que vem?
Vicente Fonseca disse…
Gosto da do Carioca e da do Paulista. Acho que todos têm que jogar contra todos, ao menos uma vez. Entretanto, aquelas de 2005/06 - três grupos de seis, passam oito em dois quadrangulares, e os campeões vão à final - era dinâmica.
Anônimo disse…
Sim, Fred, eu defendo que os times que disputam as séries A, B e C não joguem o Gauchão, e que Liber, Sula, C. Brasil, e Brasileiro sejam disputados durante toda a temporada.

Em suma: copiar os europeus de uma vez por todas.
Vicente Fonseca disse…
E o Claudião no Brasil? Não podia ser mais perfeita essa combinação.
Felipe disse…
O gauchão é a única certeza de flauta pelo resto do ano. Não dá pra não ter gauchão! É contra as tradições! Os europeus que se adaptem a nós!
Anônimo disse…
Bah, eu sou contra essa de tirar os times do Brasileirão dos regionais. Para mim, Sula e Liber no primeiro semestre, junto com gauchão. Copa do Brasil (com os times da Liber também) e Brasileiro no segundo semestre.
Vicente Fonseca disse…
É óbvio que a ideia do Prestes é perfeita em termos financeiros e práticos, mas eu também sou contra o fim dos estaduais, pelos motivos que o Felipe colocou. Acho que o Gauchão já não atrapalha o calendário como antes. No comecinho do ano, como preparativo para competições maiores, se encaixou bem.

O que eu gostaria é que o estadual fosse de fato uma classificatória para a Copa do Brasil. Grêmio ficou em 5º (2008)? Inter em 7º (2007)? Não joguem nem a Copa do Brasil, ora bolas. No começo da Copa do Brasil só entravam o campeão e o vice e ponto final. Tanto que, na edição de 1991, Grêmio e Caxias foram os participantes, por terem sido campeão e vice de 1990. O Inter ficou fora.
Vicente Fonseca disse…
O que é certo, se a ironia for a lei, será o título do Grêmio no Carvalhão e o do Inter no Koffão.
Anônimo disse…
Os estaduais têm seu charme, mas o Brasileiro tem mais ainda. E dá mais grana.

Eu acho bacana os estaduais. O problema é a concorrência com os europeus pelos bons jogadores. Como é que tu vais querer ter um elenco à altura dos grandes times do mundo se tu passa quase que um semestre jogando um campos ridículos, partidas desinteressantes, contra clubes sem torcida?? Tu vai manter o Kaká aqui, pra ele se lesionar contra a União Barbarense num buraco do campo??
Anônimo disse…
Só é bom em termos financeiros e práticos para os grandes clubes, porque para os menores é péssimo transformar o Gauchão em uma copa como a Lupi Martins, com menos verba para televisão, sem jogos com a dupla grenal e caju, sem atenção da mídia...
Vicente Fonseca disse…
Aí é que tá, Prestes. Eu acho que o Brasileirão de pontos corridos é o ideal porque diminui os estaduais, e isso realmente melhorou. Eu preferia que eles acabassem uns 20 dias antes, na metade de abril, mas o início de maio é o limite.

E concordo com o Lourenço, esta visão de ser melhor em termos financeiros e práticos é de clube grande. Também sou a favor dos estaduais para que os clubes pequenos tenham seu espaço. Só não pode se alongar muito, senão inverte as prioridades.
Anônimo disse…
Dentre todos os fatores que levam o jogador a sair do país, não creio que seja dos mais relevantes a repulsa por disputar um estadual. Vale lembrar que muitos jogadores trocam o país por localidades onde o nível técnico é baixíssimo. Até o Sobis trocou o futebol espanhol pelo Oriente Médio.
luís felipe disse…
desse gauchão eu só peço uma coisa: grenal na final.

Chega de 15 de Campo Bom (que se licenciou do futebol profissional), Juventude e outros times pequenos.

obrigado.
Vicente Fonseca disse…
15 de Campo Bom licenciado?

De nada.
Anônimo disse…
O problema é que só existem meia dúzia de clubes do Interior no país que possuem torcida. Então não vejo por que se deva dar atenção a eles. Um clube como o Brasil, o Pelotas, o Caxias tem que almejar disputar alguma das séries do campeonato brasileiro. Os demais são amadores. A própria série C, vai ficar mais rentável agora. O Gauchão podia ficar como um torneio de verão de repente.

Eu também não vejo jogar estadual como um motivo para um jogador deixar o país. Mas quando olha aqueles gramados da Inglaterra e penso no Gauchão entendo que merecemos este déficit. Sob a lógica capitalista quem tem mais dinheiro assiste aos melhores espetáculos. Ou quem promove os melhores espetáculos recebe mais dinheiro. Portanto, não vejo outra saída a não ser melhorarmos muito os nossos espetáculos. Romantismo sem craques não vai dar certo.
Anônimo disse…
Agora, mudando um pouco de assunto: a fórmula do carioca é feita para um campeonato com 4 grandes. No nosso caso, bipolarizado, é possível que aconteça com mais freqüência (reforma ortográfica, aham) de o mesmo time ganhar os dois turnos, dispensando a final, algo que eu acredito que ninguém que organizou o torneio deseja. Será que isso foi bem pensado? Importar instituições e sistemas, sem levar em conta as peculiaridades e o contexto do tempo e espaço em que inseridos, é um equívoco muito comum.
Vicente Fonseca disse…
Tudo bem, Prestes, mas entendo que o futebol é um fenômeno ainda regionalizado, apesar da globalização. Privar algumas comunidades com mais de 100 mil habitantes de assistir a jogos com times de grande porte uma vez por ano que seja não seria a melhor saída. Guardadas as proporções financeiras, é possível dizer que os campeonatos nacionais europeus são do porte dos estaduais brasileiros, em termos geográficos. Parem para pensar nisso e vejam que não é algo tão absurdo assim.

Lourenço, tens razão. Mas acho que vale à pena tentar, ao menos uma vez.
Unknown disse…
nao tinha que ter pré-temporada em bento. o gauchão deveria começar na segunda semana de janeiro e ir até maio, com todos contra todos. os jogadores que se explodam.. hauehaeuaheuaheua...

VIVA ATLÉTICO GO!

natusch tá em sampa pro show do iron, é iron, quer dizer, é isso?
Anônimo disse…
Bueno, então seria preciso que a FGF arrumasse um patrocínio para mudar todos os gramados, melhorar os estádios, manter a mesma fórmula em todos os campeonatos, e por aí vai. Seria preciso reunir um grupo de profissionais, administradores esportivos, que ajudassem os clubes do Interior a se estruturar. Senão tu obriga o Inter e o Grêmio a se submeter a algo que não é rentável, aí os clubes europeus, e até árabes, tão nos fudendo, e a gente tem que ficar sendo a mãe dos clubes pequenos.
Vicente Fonseca disse…
É, por isso que eu disse que não dá também para inverter a prioridade. Acho que os estaduais são legais e necessários, mas não podem ocupar mais do que três meses no calendário. Estas melhorias seriam maravilhosas, mas obviamente não acontecerão. Mas também não podemos colocar toda a culpa da penúria dos grandes brasileiros nos estaduais.
Anônimo disse…
Não, não é isso. Mas estaríamos lucrando bem mais se estivéssemos começando o Brasileiro agora. E não atrapalharia o Grêmio para disputar a Copa BR. Hoje, os estaduais atravancam a disputa da Copa.
Vicente Fonseca disse…
Ah sim, não há dúvida. Não tem como discordar de que o fim dos estaduais seria bom para os clubes grandes em termos financeiros. Mesmo assim, sou contra a extinção destes torneios, pelas razões exaustivamente debatida com o amigo nas últimas dezenas de minutos.
Anônimo disse…
uahdasudaush

Pois é, eu não sou contra os estaduais. Sou contra a participação dos grandes, ou a favor com uma redução BRUSCA de datas, que permitisse a disputa do brasileiro já em março, e da copa do brasil para os que estão na liber.
Anônimo disse…
"...pelas razões exaustivamente debatida com o amigo nas últimas dezenas de minutos." Assuntos assim pedem um Carta na Mesa.
luís felipe disse…
Sob a lógica capitalista quem tem mais dinheiro assiste aos melhores espetáculos. Ou quem promove os melhores espetáculos recebe mais dinheiro. Portanto, não vejo outra saída a não ser melhorarmos muito os nossos espetáculos. Romantismo sem craques não vai dar certo.

quando eu vi que foi o Prestes quem assinou esse comentário, olhei para o céu e esperei ele se abrir. Daí olhei para o chão e esperei o mesmo. Nada aconteceu, pelo menos até agora, mas vou andar de guarda-chuva.
Anônimo disse…
auashdaushdhashdasuhdhasudhasuhdaushd
Vicente Fonseca disse…
Pois é, vindo de quem veio é realmente ASSOMBROSO este comentário.

Lourenço, já DECOREI TODAS AS EDIÇÕES DE 2008 do Carta na Mesa. Os primeiros programas de 2009 terão CINCO HORAS de duração.
Anônimo disse…
"Assuntos assim pedem um Carta na Mesa."


De preferência com a presença do NOVELETTO!
luís felipe disse…
Ninguém me perguntou, mas a minha opinião sobre os estaduais é a seguinte:

- ou faz do Gauchão uma extensão da Série D, como antecipou o Prestes;
- ou mantém o Gauchão como está.

criar regionais e absurdos do tipo não faz o menor sentido.
Vicente Fonseca disse…
Minha opinião sobre as copas regionais é a mesma quanto à esta fórmula cariocada para o Gauchão: gostei quando surgiu a ideia, e pedi para que fosse testada ao menos uma vez. Caso não tenha dado certo, extingue-se.