O abraço do desafogo

O sofrimento deu um sabor especial a tudo. Quem esperava a consagração de um time imensamente superior, se surpreendeu. Foi com muito suor, corda esticada e superioridade física numa improvável prorrogação que o Internacional garantiu o título inédito da Copa Sul-Americana. Uma conquista merecida pela campanha, não pela atuação de hoje.

O Estudiantes mostrou várias qualidades que não havia mostrado em La Plata. Eu já alertei aqui semana passada que a jornada do time argentino no jogo de ida havia sido especialmente ruim, pois tratava-se de uma boa equipe, que não à toa jogará a próxima Libertadores. Hoje, várias destas qualidades foram confirmadas. Se Tite havia composto um esquema defensivo muito sólido na Argentina, Leonardo Astrada ganhou com sobras o duelo tático na noite de hoje. Sem cometer o suicídio de deixar o lento Desábato no mano-a-mano com Nilmar, El Jefe tratou de escalar o desafeto de Grafite na sobra, onde ele foi soberano. Além disso, colocou o rápido Cellay para controlar o velocista, além do ótimo Alayés, que confirmou hoje seus dotes de artilheiro.

Os primeiros 25 minutos foram colorados, porém. Entusiasmado pelo ambiente favorável, o time de Tite pressionou e esteve perto do gol, ainda que não tivesse tido chances mais concretas. D'Alessandro fazia grande partida, mas Alex parecia mais interessado em fazer firulas que jogar. Foi a grande decepção desta final. O gol mal anulado de Desábato foi o turning point da partida. Ali, o Estudiantes trouxe ao Beira-Rio uma preocupação que antes era inimaginada: ameaçar a festa que estava armada desde a semana passada. Começou a aparecer a segunda grande sacada de Astrada esta noite: Angeleri, hoje como um verdadeiro ala direito, infernizou Marcão e mostrou porque Maradona o deve convocar, justificando o interesse que o Real Madrid tem em seu futebol: alto, forte, habilidoso e rápido, fez algumas boas tramas com Verón e desestabilizou, ao bater de frente com Marcão, o esquema defensivo colorado pela primeira vez desde que Tite instituiu os dois zagueiros como laterais. Foi o melhor em campo.

Mas se o primeiro tempo terminou equilibrado (Andrújar fez milagre em chute desviado de Andrezinho), o segundo foi todo do Estudiantes. Com Verón entrando de vez na partida, o time de Astrada mostrou a principal qualidade que é típica de equipes argentinas: o toco y me voy qualificadíssimo, envolvente, cada vez mais ameaçador. Faltava, como faltou em La Plata, qualidade na hora de concluir. Boselli mostrou raça mas mais uma vez ruindade, e Fernández foi nulo. Os cruzamentos da esquerda vinham quase sempre incompreensivelmente rasteiros. A marcação no meio anulava D'Alessandro e Andrezinho. Nilmar ficava cada vez mais a mercê dos três zagueiros. Tite tentou mudar, colocando Gustavo Nery no lugar de Andrezinho. Nada mudou. O gol se desenhava, e no primeiro cruzamento não rasteiro, Alayés marcou de sem-pulo.

O Estudiantes sabia que a chance de matar a decisão era ali, aproveitar o embalo. Até os 30 minutos do segundo tempo, o Beira-Rio viveu momentos de pavor. Aos poucos, porém, Verón foi cansando. E a pressão arrefecendo. A decisão de Tite de tirar Alex para colocar Taison pode ser contestada pelo fato de o meia poder decidir tudo num lance de craqueza, mas acabou, no fim das contas, dando certo. O guri não entrou bem no jogo (cresceria na prorrogação). Mas não era sua culpa: o Inter do final do segundo tempo foi uma pilha de nervos. Tudo era precipitação. O Estudiantes queria prorrogação, e a obteve. Talvez não tenha sido uma escolha inteligente, se é que dá para escolher em uma disputa tão parelha como esta. Aos 44, Angeleri quase marca o golaço do título, em remate sensacional que passou raspando o poste de Lauro. O futebol nem sempre é justo, e causou uma injustiça com o principal nome do jogo, para alívio dos 50 mil colorados presentes.

Foi o time argentino que mais sentiu fisicamente o desgaste que o Internacional. A saída de Verón no início era o fim das possibilidades de vitória do Estudiantes sem levar aos pênaltis: perdia-se ali o articulador, o homem de parar o jogo, o cérebro. A entrada de Moreno, volante, sinalizava um recuo dos platenses que, mais cansados, tentariam segurar de que tudo que fosse maneira, a decisão para os pênaltis. Somente com muito heroísmo este tipo de estratégia dá certo. Hoje, nem todo este heroísmo foi suficiente. O Internacional pôs a cabeça no lugar, fez o abafa sem muita organização e martelou até empatar. D'Alessandro resolveu jogar em vez de reclamar e pretestar faltas inexistentes, e isso facilitou as coisas. Num escanteio cavado por ele, o sofrimento agudo de uma defesa fantástica de Andrújar, um rebote novamente defendido, e o toque final de Nilmar. A Sul-Americana tinha dono.

O Internacional conquista a Copa Sul-Americana com os méritos de quem soube e quis disputá-la. Valorizou-a a partir do fracasso no Campeonato Brasileiro, priorizou-a depois que a Libertadores estava inalcançável. Mostrou, desde os confrontos com o Boca Juniors, que era o melhor time da copa. Contou com o crescimento físico e técnico de alguns jogadores, a seqüência de afirmação de outros, um esquema defensivo enfim consolidado (2008 foi um ano de sérios problemas lá atrás para o colorado). Uma conquista que deve ser sim muito valorizada pelos seus torcedores, e que deve fazer os outros clubes brasileiros mirarem com outros olhos esta competição. O estádio lotado e o Estudiantes só tornaram tudo mais dramático e, por isso, saboroso.

Em tempo:
- Muitos lances polêmicos na partida. Não vale à pena nem listar todos eles aqui. Jorge Larrionda esteve atrapalhado e avaliou mal vários deles. Mais uma vez, na dúvida, foi caseiro, apesar de também ter errado contra o Inter.

Copa Sul-Americana 2008 - Final - 2º Jogo
3/dezembro/2008
INTERNACIONAL 1 x ESTUDIANTES 1
Local: Beira-Rio, Porto Alegre (RS)
Árbitro: Jorge Larrionda (URU)
Público: 51.803
Renda: R$ 1.043.995,00
Gols: Alayés 20 do 2º; Nilmar 9 do 2º da prorrogação
Cartão amarelo: Lauro, Bolívar, Magrão, Gustavo Nery, D'Alessandro, Alayés, Braña e Benítez
Expulsão: Agenor 45 do 2º; Braña 12 do 2º da prorrogação
INTERNACIONAL: Lauro (6), Bolívar (6,5), Danny Morais (7), Álvaro (6) e Marcão (4); Edinho (6), Magrão (5,5), Andrezinho (5,5) (Gustavo Nery, 18 do 2º - 5,5) , D'Alessandro (6) e Alex (4) (Taison, 31 do 2º - 6); Nilmar (7). Técnico: Tite (5,5)
ESTUDIANTES: Andújar (8), Cellay (7), Desábato (7) e Alayés (7); Angeleri (8), Braña (6), Verón (7,5), Benítez (6) e Iberbia (5) (Pérez, 18 do 2º - 6); Fernández (4) (Calderón, 41 do 2º - 5) e Boselli (5). Técnico: Leonardo Astrada (8)

Comentários

Lique disse…
po, chefe, o resultado do jogo foi 0 x 1. e 1 x 0 na prorrogacao. nao faz assim com a gente. heh.
Felipe disse…
A América é vermelha de novo! Nenhum time do Brasil conquistou tudo o que o Inter conquistou e nesta metade do planeta somente o Boca Juniors pode se orgulhar de tal feito. O Colorado pode falar com orgulho que venceu TUDO! Não existe mais nenhuma taça que não possa ser encontrada na sala de troféus do Beira-Rio!
Felipe disse…
Foi uma conquista suada, sofrida, vencida com sangue e garra! O Inter jogou melhor no primeiro tempo e poderia ter largado na frente. Mas no segundo tempo o Estudiantes cresceu, marcou muito e o Colorado pecou pela ansiedade e nervosismo. Porém, na prorrogação o Inter mostrou seus dentes e disse "Nós vamos ganhar isso aqui na marra!". E foi o que aconteceu: enquanto o Estudiantes tentava levar para os penaltis, o Colorado foi pra cima e não desistiu até marcar. Que decisão! E que conquista! E o Inter segue sua senda de vitórias, nosso Colorado das glórias, orgulho do Brasil!
luís felipe disse…
GENÉSIO.

não leva pro mundial, mas como é bom ganhar uma copa sofrida desse jeito.
Unknown disse…
grande vicente! texto praticamente imparcial, deixando de lado o "gremismo exacerbado". muito bom.
E DÁ-LHE INTER!
Unknown disse…
que foto, hein, mister v.?

palavra de verificação: tatica
Anônimo disse…
Concordo com o Lique: o resultado foi 0x1 e 1x0 na prorrogação. Ou seja: PERDEU a invencibilidade. RÁ!

De fato, o Estudiantes mostrou muito mais do que havia apresentado em La Plata. Ainda assim, era visível a fragilidade técnica dos comandados de Astrada. O Inter teve uma jornada medíocre, que só foi salva pelo melhor condicionamento físico. E pela atuação do trio, que anulou um gol legítimo do Estudiantes e deixou de expulsar Bolívar, em agressão gratuita (que acabou tirando um jogador de campo).
Acho que, expulsão por expulsão, o Alayés também tinha que ter sido expulso naquele carrinho que deu no Nilmar no primeiro tempo, ainda.

Inter ganhou essa Sula do Estudiantes por dois motivos: jogadores decisivos e melhor condicionamento físico. O Estudiantes, no segundo tempo da prorrogação, era um time morto. Simplesmente não atacava mais e não conseguia acompanhar os jogadores do Inter em seu próprio campo de defesa. O gol foi até uma questão de tempo, visto que o Verón já não agüentava de cansaço e o Desábato mancava em campo.
E como jogou esse Angeleri, nossa!

Quem acha o ataque do Grêmio uma droga, que se abrace nesse ataque do Estudiantes.
Boselli = boneco de posto.

Voltarei à minha hibernação de não comentar sobre futebol até domingo.
Felipe disse…
Sobre a questão de ser campeão invicto ou não, por mais que isso não importe tanto em comparação ao título, até ontem eu achava que não, que o Inter não havia ganhado de forma invicta, pois a prorrogação era outro jogo. Porém, hoje o Renato Marsiglia falou algo que eu não tinha me dado conta: a prorrogação faz parte do jogo. Se um cara leva um amarelo no segundo tempo e outro na prorrogação, ele é expulso. Logo não é outro jogo, é o mesmo jogo. Portanto, o Inter é Campeão Sul-Americano Invicto! Está no próprio site da Conmebol.
Pronto, começou a discussão inútil...
Felipe disse…
Toda discussão sobre futebol é inútil.
Anônimo disse…
Essa questão de invicto ou não-invicto vai render por alguns dias, acho. Na verdade, acho o dado em si pouco relevante, mas concordo com o Felipe logo acima, prorrogação ainda é jogo e portanto o Inter empatou em 1 a 1. Se tivesse sido nos pênaltis, aí sim, seria uma derrota de 0 a 1 - ou seja, o inter terminou a competição invicto, mesmo.

No mais, o título colorado foi justíssimo, mas não pelo que ocorreu ontem. O Estudiantes foi melhor a maior parte do jogo, mostrando ser uma equipe limitada mas bastante aplicada taticamente - somando a isso a má jornada do Inter, com vários jogadores abaixo da sua "média histórica", digamos. Na prorrogação, cheguei a comentar com meu irmão antes do gol do título que o Inter faria o gol em instantes, pois os argentinos estavam pregados em campo, não tinham energia nem para o pique inicial em direção à bola. De qualquer modo, o Inter não tem nada com isso, e o título é justo.

E o Larrionda, pqp... Que juizinho mais atrapalhado! Juro que não digo para tentar colocar água no chopp colorado, mas o gol anulado do Estudiantes foi um escândalo - sem falar nas duas expulsões, uma de cada lado, que o boneco deixou passar. Assim fica complicado.
Anônimo disse…
Interessante o ponto colocado pelo Levin, podemos ir além e pensar em algumas outras situações, sem paixões clubísticas. Por exemplo, e a decisão de pênaltis? Se o cara leva amarelo na hora de bater o pênalti, e já tem amarelo, ele é expulso também. Então o pênalti faz parte do jogo, certo? Mas então, se um time empata os dois jogos e perde na decisão, não está mais invicto, aquela partida conta como derrota? Sempre achei que não. E o cara que ao final do jogo xinga o juiz e é expulso? Depois do jogo, é jogo? Parece ilógico. Então, não sei se o fato de os cartões continuarem somando é suficiente para atestarmos que é tudo a mesma coisa.
"Das coisas menos importantes na vida, o futebol é a mais importante".

Quando à questão da invencibilidade, bobagem. O Grêmio foi três vezes campeão invicto da Copa do Brasil e ninguém reverbera isso aos quatro ventos.

Inter foi campeão merecido, levou a Sula merecidamente, está de parabéns. Isso é o que importa.
Vicente Fonseca disse…
Gustavo "Adorno" Adolfo: prazer tê-lo aqui, mestre da sinuca.

Felipe, Fred, e todos: já disse que essa será a mais nova discussão Gre-Nal de agora em diante. Acho que o Inter é sim campeão invicto, porque sou coerente comigo mesmo, e sempre considerei que prorrogação faz parte do jogo. Porém, em discussões verbais com colorados, direi sempre o contrário. :)

Mas por favor, não inutiliza este blog, Felipe!

Natusch, não quero entrar muito no mérito da arbitragem porque peguei ABSURDA IMPLICÂNCIA com o Larrionda depois do gol impedido do Palacio naquela primeira partida da final da Liber-07. Fora que ele sempre que apita um jogo o time que eu torço perde (hfdhdfh).
Como diria Felipão Casoy na Copa de 2006:
- Você é uma vergonha! Uma vergonha!
Anônimo disse…
D'Alessandro, nosso herói, símbolo dessa conquista, pela garra, vontade , esforço e habilidade.
Salve Inter!
Felipe disse…
Lourenço, acho que se tivesse terminado 1x0 e o Inter tivesse ganho nos penaltis, não teria sido invicto, pois os penaltis, apesar de também contar a questão dos cartões, não conta no placar do jogo. Os gols na cobrança de penalti não contam para os artilheiros do campeonato, por exemplo. Na prorrogação contam. O resultado de ontem foi empate. Na Copa de 94, o resultado da final foi empate, não vitória do Brasil, que ganhou nos penaltis. Mas como o Frederick falou, isso pouco importa perto do título. Apenas toquei no assunto para fins de discussão.
Felipe disse…
Vicente: inútil, mas deveras importante. :)
Vicente Fonseca disse…
Esta coisa dos pênaltis e de invencibilidade é só pelo prazer de polemizar mesmo.

Em 1993, o Grêmio ganhou o Gauchão com duas rodadas de antecedência, no Octogonal Final, no qual permaneceu invicto. Muitos defendiam o título invicto gremista, porém "esqueciam" que o time havia perdido duas partidas no quadrangular da fase anterior, que classificava ao octogonal. O que importa mesmo é disputar grandes títulos e aumentar a sala de troféus.
- Nóis istávamos... Invictus no quadrangular, né? Procuramo fazerrrr tudo cerrrrto, tudo cerrrrtinho... De repente acontece um negócio dessis, nóis vamu perdê tudo assim, dessa manera?

E aí? Foi invicto também? >D
Anônimo disse…
Levin, também acho que isso não deve ser discutido tendo em vista a partida de ontem, e sim de forma abstrata e teórica. Em relação ao que falaste depois, creio que voltaste a estaca zero. A dúvida é se a prorrogação conta ou não no placar do jogo. Tu usaste o argumento de que os cartões mantinham sua contagem como forma de mostrar que é tudo a mesma coisa. Agora, diz que, mesmo que a contagem de cartões se mantenha nos pênaltis, não conta. E que o motivo para dizer que a prorrogação é um jogo só é que o placar é contado conjuntamente. Assim, tu tá usando como premissa aquilo que tu usaria como conclusão. Mas sério, essa discussão pode ficar muito chata, nem precisa seguir adiante se não quiser. =]
Anônimo disse…
O que interessa é que o Inter NÃO É "campeão de tudo". Ainda falta a Copa Suruga, em 2009... =PPP

[verificação de palavras: EXIMIL. Obrigado, obrigado] :D
Lique disse…
pra mim, a prorrogação é um desempate, apenas.

supunhetamos que o o primeiro jogo tivesse acabado sido 0 a 3 pro inter, o segundo 2 a 5 pro estudiantes. aí o inter vencido a prorrogração por 1 a 0, o que seria dito? o jogo acabou 3 a 5 PRO INTER? arrá, peguei vocês. ou tou viajando?
Anônimo disse…
Não, foi 5 a 3 para o Estudiantes. Como o primeiro jogo foi 3 x 0 para o Inter, este venceu por saldo simples. Sem problemas.
Anônimo disse…
' a memsa coisa' é um caminhão cheio de japonês...
Anônimo disse…
como toda discussão grenal, não terá fim nunca.
Lique disse…
ok, mas aí é que está: da mesma forma, o inter levou o caneco por um gol de diferença. só que, no caso do 2x1, ele fica invicto e no 6x5 ele perdeu um jogo? ou ele seguiria invicto mesmo se a partida de ontem tivesse acabado em 3 a 5?
Anônimo disse…
É só eu que não estou encarando isso como uma discussão grenal?
Lique disse…
e não é pela questão gre-nal, é uma discussão abstrata e inútil, mas interessante. meu objetivo pessoalé arranjar uma desculpa pra não dormir. heh. ok, vou dormir.
Anônimo disse…
Segundo a teoria que diz que prorrogação faz parte do jogo, no caso de ontem o Inter saiu invicto, com uma vitória (0 a 1) e um empate (1 a 1, ontem). Na do 6 a 5, o Inter não sairia invicto, pois teria perdido um jogo de 3 a 5.
Anônimo disse…
Não tava falando de ti, Henrique.
Lique disse…
nem eu de ti, eu tava respondendo ao mesmo comentário que tu respondeu, ao mesmo tempo: o do zeh. :)
Anônimo disse…
Ah, tá! Todo mundo contra o Zeh então! hehe
Vicente Fonseca disse…
Desculpem-me, não estou mais entendendo. Lerei tudo de novo pra ver se pego o fio da meada. Tá abstrato demais esse troço. Preciso de Michel Foucault e Edgar Morin neste momento.

hjfdhjdf
Vicente Fonseca disse…
Ah, sim, agora entendi. Concordo com o Lourenço.
Anônimo disse…
Me parece bem claro que o Inter perdeu sim.

A prorrogação só existiu porque houve empate em numero de pontos (3x3) e em saldo de gols (1x1)
Anônimo disse…
Só um aviso?

Nome do goleiro do Estudiantes é Andujar e não AndRujar
Vicente Fonseca disse…
Verdade, André, obrigado pela correção. Eu tinha visto escreverem e falarem Andrújar quando do jogo com o Botafogo, por isso grafava assim.
Vicente Fonseca disse…
Aliás, o site da Conmebol colocou a ficha do jogo como sendo 1 a 0 para o Estudiantes. Mais gasolina nesse incêndio.
Anônimo disse…
Eu acho que a gente deveria começar a comentar sobre a decisão do brasileiro domingo...

aeuhaehuaehuaehuaehaehuaeh

Mas enfim, para mim o Inter perdeu sim. Dentro disso se poderia discutir algumas regras interessantes para as prorrogações de partidas. Ao meu ver, no final dos 90 minutos, a partida acaba. A prorrogação é um conjunto de fatores de AMBAS as partidas disputadas, como o André citou ali em cima. Portanto, embora ela ocorra logo após o final da segunda partida, no mesmo estádio, logo em seguida, etc, tudo deveria ser zerado, desde o placar até os cartões distribuidos. O que vocês acham?

PS: recorde de comentários em um post aqui no Carta na Manga desde que eu comecei a acompanhar.

PS: Taison já foi flagrado dormindo abraçado no Bolívar na viajem pro México. Agora nessa foto ela está atolando o Nilmar e ganhando um beijo na cabeça. Anda infeliz esse guri com as câmeras... auehuaehuaeuhaehuaeh
Anônimo disse…
Eu falei que ia ser fueda. E falei que o Larrionda era fora da casa. Por favor, sem arbitragem. Depois que o cara não expulsou naquela falta no Nilmar acabou qualquer critério. Ali, no comecinho do jogo, acaba qqr discussão de arbitragem.
Anônimo disse…
Vine, geraria algumas incoveniências. Quem tomou terceiro cartão amarelo na segunda partida teria que ficar de fora da prorrogação. O contrário também, quem estava de fora da decisão cumprindo suspensão poderia voltar na prorrogação. Novas substituições, até nova escalação. Enfim, se tu desmembrar a prorrogação totalmente da partida tem isso. Mas gostei que a discussão está ficando bem conceitual e abstrata. Sugiro um SIMPÓSIO a respeito.
Vicente Fonseca disse…
http://cartanamanga.blogspot.com/2008/11/alegria-de-gustavo-kuerten.html

O post acima teve 108 comentários, Vine.
André Kruse disse…
Um Exemplo curioso é o que ocorre na UEFA. O gol fora de casa segue sendo considerado, mesmo na prorrogação.
Vicente Fonseca disse…
Uma dúvida, André.

Suponhamos a seguinte situação na UEFA: a Juventus vence o Real Madrid por 2 a 1 em Turim na ida; na volta, o Real faz 2 a 1, e o jogo vai à prorrogação. Nela, 1 a 1, totalizando 3 a 2. Passa a Juve, por ter feito dois gols fora? Ou vai a pênaltis, e se considera a prorrogação como um simples desempate, sem fins de saldo qualificado?
Anônimo disse…
Passa a Juve. A não ser que tenham mudado isso.
Vicente Fonseca disse…
Eu achei que iria a pênaltis. Inclusive acho muito mais justo que vá a pênaltis. O time que joga a segunda fora seria potencialmente penalizado justamente por jogar em casa. É meio absurdo.
André Kruse disse…
Foi o que aconteceu em Bayern de Munique e Getafe na copa da Uefa. 1x1 na alemanha. 1x1 na espanha. 2x2 na prorrogação e passou o Bayern.

Eu concordo contigo, mas um argumento contrário e de que é uma forma de compensar, visto que um time jogou 90 minutos em casa e outro jogou 120.

Outra coisa que em lembrei, é que o Zagallo,mesmo tendo sido eliminado pela Nigeria na prorrogação, se considerava invicto pela seleção, só levava em conta o jogo no tempo normal.
Anônimo disse…
Sim, mas de certa forma compensa que jogue mais 30 minutos na sua casa. Fora nos casos em que o pareamento é feito "melhor campanha x pior campanha", não acho certo que haja prorrogação. Beneficia injustificadamente quem sedia o segundo jogo. Em decisão de pênaltis, li um estudo que disse que não há relação entre o local da disputa e o time que ganha. Mas na prorrogação creio que deva haver.
Vicente Fonseca disse…
Essa de compensar os 30 minutos a mais em casa até faz sentido, mas acho que o melhor é mesmo ir direto para os pênaltis. Tirando Copa do Mundo, que é campo neutro, não me agradam as prorrogações.
André Kruse disse…
Pra mim o melhor e mais justo é saldo simples e penaltis diretono caso de empate.
Anônimo disse…
Achei prorrogação irado ontem, uhaduhsdus
Gustavo Zanuz disse…
Prorrogação é crueldade. No futebol atual, só seria válido se pudessem substituir mais uns 3 jogadores, de cada lado...
Vine disse…
Acho que todos concordamos então. Prorrogação é mesmo um horror. Crueldade no sentido físico, desparelho no sentido de tempo jogado dentro e fora de casa, etc. Passar para pênaltis é estatisticamente mais justo então. Pior foi ler em meados de 2007 que o Blatter queria acabar com disputa de pênaltis...

Alguém coloca as referências bibliográficas neste "artigo científico", já que eu inventei uma conclusão... auehaueauhe
Vicente Fonseca disse…
Aliás, fico feliz de saber que o Prestes, mesmo com essa suadeira toda de ontem, não está hospitalizado. Mesa qualificada garantida para segunda.
Anônimo disse…
Obrigado pela parte que me toca, Vicente. Mas foi difícil. Meu pai se atrasou e teve que ir em outra parte do estádio. O véio é cardíaco, temi pelo pior, uidshfudhfudhfudfduhfhu

Agora acho que tá livre de eletrocardiogramas por uns anos, kashdjksdajskaks

Ah, mas quanto à mesa: calma, ainda podemos perder tu, o Natusch, o Fred, o Faraon, o Zeh e o Ponso - mesmo em sua fase hippie. uashduashusahu
Vicente Fonseca disse…
Bom, mas pelo menos tem tu pra apresentar, nem que seja um MONÓLOGO.

hdfjhdfhjfd
Anônimo disse…
Pedro Heberle?? Tá vivo??

Qualquer coisa convido o Luis Felipe e ficamos discutindo sobre e Magrão - que ele odeia e eu sou fã - durante 50 minutos.

Ou apresentamos diretamente do Instituto de Cardiologia.
Vicente Fonseca disse…
hkfdhfdkh

Tá vivo sim, o Pedro. Hoje teve a ousadia de ir à aula, na qual sou co-professor, com a camisa colorada. Não tem medo da repetência, de certo.
Felipe disse…
Continuo achando que a prorrogação faz parte do jogo! Sempre foi assim, de uns tempos pra cá é que vieram com esse papo de que outro jogo e eu cai nessa, mas não é não, é o mesmo jogo, me lembro da Copa de 90, sempre foi assim. Se prorrogação é justa ou não já é outro papo. Aliás, justiça em futebol é muito relativa.

(tentativa de reacender a discussão para chegarmos aos 109 comentários)
Unknown disse…
eu vou botar o DRAGÃO pra queimar vcs todos que ficam contra NOZES...

se eu sobreviver ao domingo, claro...
Vicente Fonseca disse…
"me lembro da Copa de 90"

Também me lembro. Tamo véio heinhô?

hjdshjsd
Anônimo disse…
A Elma Chips tinha um álbum muito irado da Copa de 90.

suadjsudsdusa
Felipe disse…
"Também me lembro. Tamo véio heinhô?"

Fale por si. Pretendo assistir até Copa de 58 pelo menos (2058, mas a gente vai chamar só de 58). Vou assistir o Brasil vencer essa Copa e conquistar o hexa com um gol de impedimento sobre Estados Unidos Soviéticos. O gol será validado, pois a FIFA (Ricardo Teixeira será o presidente) será a única federação esportiva que não permitirá que a arbitragem seja auxiliada pelo Google.
Anônimo disse…
sobre esse álbum, as figurinhas mais fodas eram da ARGENTINA e da ALEMANHA...

em compensação, figurina da ESCÓCIA tinha aos montes...

o cara ficava com a boca cheia de ferida de tanto comer SAGALDINHO...

é o que eu me lembro.