As alternativas de Adenor e Celso

O Gre-Nal se aproxima, mas as escalações seguem indefinidas. O Grêmio teve uma semana para recuperar lesionados, treinar e fazer novos mistérios, enquanto o Internacional levou todos ao Chile, mesmo que muitos titulares não tenham jogado, para manter a concentração. E talvez a atuação de Santiago possa ter colocado uma pulga atrás da orelha de Tite.

Falo de Taison, que fez um ótimo segundo tempo. Fosse um jogo comum ele provavelmente ficasse esperando sua chance no banco de reservas. Mas o Gre-Nal se presta a surpresas, e o guri pode ser uma delas. A lateral-direita também ainda não está definida, e aí pode residir uma troca de esquema: Rosinei, Bolívar, Ângelo e Ricardo Lopes são as opções, e será a opção por um desses 4 jogadores é que definirá a formação do time. Daniel Carvalho teve boa atuação, parece já um pouco menos redondo, mas ainda não parece ter lugar no time titular.

Pelo lado gremista, Celso Roth deve ter a volta de Willian Magrão e Pereira, que são dois titulares incontestáveis da campanha de liderança. Mas Orteman jogou bem em Curitiba, e Roth já fez uso da iniciativa de colocar quem aproveita a chance, o que nem sempre é bom. No caso de um esquema certinho e encaixado, o melhor seria a repetição. Por outro lado, Perea é o grande mistério. Caso não jogue, quem entra? Talvez aí esteja um lugar para o uruguaio, ou para Souza, que já foi opção quando o colombiano esteve ausente. Entendo que Soares ou Reinaldo seriam as opções mais adequadas.

Mas tudo são conjecturas e, 48 horas antes do clássico, há poucas certezas e muitas dúvidas. Como sempre, aliás. Às vezes, muitas destas dúvidas são criadas por todos nós, que estamos de fora, numa atitude que fica entre a paranóia e a incredulidade de que não haverá mistério nenhum.

Em tempo:
- Evito ao máximo falar em arbitragem, mas farei uma exceção por não entrar em mérito: a escolha de um gaúcho "naturalizado" paranaense foi perfeita para agradar a gregos e troianos.

- Boa notícia, mas é improvável que ocorra, pelo menos num futuro próximo.

- Palmeiras já fala em tríplice coroa: Paulista, Brasileiro e Sul-Americana.

- Cuca decreta o fim do chinelinho no Fluminense. Somália foi um dos primeiros a concordar forte e publicamente com o treinador. Será?

Comentários

Anônimo disse…
Tchê, acho que não cabe no profissionalismo fazer uma copa como a Supercopa. Pelos critérios.
Anônimo disse…
Também não acho uma boa notícia. O calendário já está apertado para caber as competições sérias, não dá para colocar essa brincadeira aí.
Mas que bate uma saudade, bate.
F A I X A N O B R E D O E S P O R T E...

CRUEL, MUITO CRUEL ESSE USURIAGA!!!
Anônimo disse…
Acharia uma boa se fosse, sei lá um torneio mais espaçado e tal. Financeiramente, é bom para os envolvidos, porque dificilmente vamos ter times sem graça na competição (fora o Once Caldas e talvez a LDU, mas enfim) e isso é praticamente certeza de bons jogos. Por outro lado, é um torneio que não leva a nada, exatamente como a Sula mas talvez ainda pior, porque são sempre os mesmos 'privilegiados' que a disputam. Talvez se fosse de dois em dois, ou mesmo de quatro em quatro anos...

Mas que dá uma saudade daqueles jogos da Supercopa, aaaah dá =PPP
Anônimo disse…
Na nova ordem do calendário, não tem nenhum motivo pelo qual não devamos acreditar que a Supercopa será um fracasso como é a Sul-Americana hoje, ou até pior.
Vicente Fonseca disse…
É claro que há a questão do calendário, do critério duvidoso e tudo o mais. Mas a Sudamericana é muito pior, também tem seus critérios duvidosos (Boca e River ad eternum) e é muito mais desinteressante. A Supercopa, ao menos, é divertida.

Desde que não volte a Copa Conembol, com CSA na final e Sampaio Corrêa entre os oito, tá de bom tamanho.
Anônimo disse…
O Grêmio em 92, e o Racing nos últimos anos não eram garantia de bons jogos. Como Argentinos Jrs. nunca foi, Independiente já não é - tanto que nunca classifica pra nada mais. Peñarol então nem se fala. Sinceramente, esse tipo de torneio só rola em caráter amistoso, tipo uma Copa dos Campeões Mundiais que teve entre Grêmio, Flamengo, SP e Santos. Ocupa janeiro e tal, dá audiência. Acho que a Sulamericana é o mais próximo de se consolidar uma "segunda competição" como já tem a UEFA.
Vicente Fonseca disse…
Bueno, para mim o modelo Copa da UEFA é também o ideal. O problema é que a Sula tá muito longe disso, e a Conmebol não faz muita questão de mudar.
Anônimo disse…
Não que a Supercopa não pudesse ter nível técnico melhor, acho que tinha, mas primeiro, quebra os campeonatos nacionais, que voltam a só dar poucas vagas pra competições; segundo, é uma competição que não tem número certo de competidores, daqui 20 anos pode ter mais de 50 times, sei lá. Aí o Peñarol quase fecha as portas e times como o Atlético-PR ou Goiás, que vêm crescendo nunca jogam nenhum torneio. Eu ainda acho que vai acontecer como a Liber, os argentinos vão ganhar mil campeonatos, aí os brasileiros vão entender que tinha valor.
Vicente Fonseca disse…
É, essa dos campeonatos nacionais é mesmo complicada. O que tinha de ocorrer é um acréscimo da qualidade dos times. Uma opção: 32 times, jogando sempre no mata-mata. Daria uns 4 brasileiros e 4 argentinos, e não desvaloriza tanto a classificação ao torneio (em 2009 o 13º do Brasil vai jogar!), nem o tornaria tão longo, além de ter jogos mais interessantes. E, claro, acabar com esse arrego pra Boca e River. A Conmebol tinha que padronizar o critério de classificação, não jogá-los nas mãos das federações.
Anônimo disse…
É na real tinha que ser isso mesmo. Reduzir o número de times e acabar com as fases nacionais. E com o arrego do Boca e do River. Se fosse jogada junto com a Liber podiam entrar os terceiros de cada grupo, acho legal essa idéia.
Anônimo disse…
Acho que uma Sula nos moldes da Copa da UEFA é consenso, aqui. É sem dúvida o ideal. E é como eu disse, acharia até legal uma Supercopa se fosse um torneio bastante espaçado, nada de ser uma vez por ano.