A volta dos 3 pontos
A vitória veio, e era o mais importante. A manutenção da vantagem de 5 pontos sobre o Palmeiras se tornava fundamental num momento em que o Grêmio havia feito apenas 1 empate em 2 jogos fora do Olímpico. Um princípio de queda de rendimento é previamente estancado, e a folga na liderança, mesmo com os dois tropeços longe da Azenha, é mantida. Este é o primeiro ponto positivo da vitória difícil que o tricolor obteve na tarde deste domingo primaveril em Porto Alegre.
Mas nem só de resultado viveu o Grêmio. Contra um adversário que ocupava a 14ª posição na tabela - mesmo em recente ascensão, a vitória em casa era mais que obrigação. Pois o tricolor se impôs e jogou melhor quase sempre, fez por merecer o resultado e demonstrou em campo algumas soluções interessantes. Teve problemas também, e por eles passaram algumas das dificuldades para ganhar a partida.
A exemplo do que ocorreu contra o Náutico, houve uma pressão inicial forte seguida de queda de ritmo no primeiro tempo. Raramente, porém, o Vasco ameaçou. A rigor, numa entrada imprudente de Pereira, ainda mais se tratando de Evandro Roman, emérito marcador de pênaltis. Wagner Diniz ficou cara a cara, mas chutou torto, desequilibrado que estava. O Grêmio teve várias chances no começo, mas pecou pela lentidão na saída do meio para o ataque. Willian Magrão e suas passadas largas fizeram muita falta. Souza e Tcheco faziam boa partida, mas era daquela característica de arranque com volúpia partindo de trás que o time precisava. O capitão, aliás, foi o melhor em campo. Boa articulação, muita lucidez e vitórias em quase todas as divididas.
Mais disposto a vencer, no segundo tempo, o time veio para cima de vez. O Palmeiras vencia em Curitiba, e a diferença caía para apenas 3 pontos entre os dois líderes. Soares já estava no lugar do lesionado Perea. Quando embarquei para Amsterdã, não era nem relacionado; em uma semana, voltou a ser aquilo que todos esperavam quando foi contratado: uma opção de velocidade, qualidade e oportunismo. Marcou, em cruzamento de Marcel, o primeiro. Naquele mesmo instante, o Atlético-PR empatava e a diferença subia de 3 para 7 pontos. De quebra, o Internacional levou seu golo em Recife. Euforia dos 38 mil no Olímpico.
Aberta a porteira, o Vasco se soltou um e a impressão era de que mais golos poderiam surgir. Mesmo mais perto de levar o segundo que de marcar o primeiro, os cariocas buscaram o empate, após Alan Kardec pegar rebote no qual ele mesmo forçou Victor a cometer. Silêncio quebrado 3 minutos depois, quando Soares retribuiu a gentileza a Marcel, que fez o 2 a 1 definitivo. Dois golos por cima, mesmo que a defesa vascaína tenha tido ótimo desempenho na bola aérea hoje.
Resta saber agora qual escalação Celso Roth colocará para enfrentar o Fluminense. Souza é elogiado cada vez mais em todas as entrevistas pós-jogo, fez outra boa partida e está afirmado como titular. Perea irá à seleção da Colômbia, o que deve culminar na volta natural de Willian Magrão ao segundo posto do meio. Richard Morales, outra opção fortíssima de jogada aérea, está confirmado como novo reforço. Ainda há Reinaldo, e Soares parece estar voltando a ser opção. Orteman também vai "incomodar". Muitos ótimos problemas para Roth, que precisava de um grupo com opções de qualidade num momento de alguma instabilidade do time dentro de sua vitoriosa campanha neste Campeonato Brasileiro.
Campeonato Brasileiro 2008 - 23ª rodada
31/agosto/2008
GRÊMIO 2 x VASCO 1
Local: Olímpico Monumental, Porto Alegre (RS)
Árbitro: Evandro Rogério Roman (PR)
Público: 37.978
Renda: R$ 621.431,25
Golos: Soares 9, Alan Kardec 25 e Marcel 28 do 2º
Cartão amarelo: André Luís, Jorge Luiz e Alan Kardec
GRÊMIO: Victor (5), Léo (5,5), Pereira (6) e Réver (6,5); Paulo Sérgio (6,5) (Hélder, 19 do 2º - 5,5), Rafael Carioca (6), Tcheco (7), Souza (6) e Anderson Pico (4,5) (André Luís, 11 do 2º - 5,5); Perea (6) (Soares, 42 do 1º - 7) e Marcel (7). Treinador: Celso Roth (6,5)
VASCO: Tiago (6,5), Marquinho (5,5), Eduardo Luiz (5,5), Jorge Luiz (6) e Edu (5,5); Rodrigo Antônio (5,5), Serginho (5) (Matheus, 23 do 2º - 5), Wagner Diniz (5,5) e Alex Teixeira (5,5); Jean (5) (Éder, 40 do 2º - sem nota) e Alan Kardec (6). Treinador: Tita (5)
Mas nem só de resultado viveu o Grêmio. Contra um adversário que ocupava a 14ª posição na tabela - mesmo em recente ascensão, a vitória em casa era mais que obrigação. Pois o tricolor se impôs e jogou melhor quase sempre, fez por merecer o resultado e demonstrou em campo algumas soluções interessantes. Teve problemas também, e por eles passaram algumas das dificuldades para ganhar a partida.
A exemplo do que ocorreu contra o Náutico, houve uma pressão inicial forte seguida de queda de ritmo no primeiro tempo. Raramente, porém, o Vasco ameaçou. A rigor, numa entrada imprudente de Pereira, ainda mais se tratando de Evandro Roman, emérito marcador de pênaltis. Wagner Diniz ficou cara a cara, mas chutou torto, desequilibrado que estava. O Grêmio teve várias chances no começo, mas pecou pela lentidão na saída do meio para o ataque. Willian Magrão e suas passadas largas fizeram muita falta. Souza e Tcheco faziam boa partida, mas era daquela característica de arranque com volúpia partindo de trás que o time precisava. O capitão, aliás, foi o melhor em campo. Boa articulação, muita lucidez e vitórias em quase todas as divididas.
Mais disposto a vencer, no segundo tempo, o time veio para cima de vez. O Palmeiras vencia em Curitiba, e a diferença caía para apenas 3 pontos entre os dois líderes. Soares já estava no lugar do lesionado Perea. Quando embarquei para Amsterdã, não era nem relacionado; em uma semana, voltou a ser aquilo que todos esperavam quando foi contratado: uma opção de velocidade, qualidade e oportunismo. Marcou, em cruzamento de Marcel, o primeiro. Naquele mesmo instante, o Atlético-PR empatava e a diferença subia de 3 para 7 pontos. De quebra, o Internacional levou seu golo em Recife. Euforia dos 38 mil no Olímpico.
Aberta a porteira, o Vasco se soltou um e a impressão era de que mais golos poderiam surgir. Mesmo mais perto de levar o segundo que de marcar o primeiro, os cariocas buscaram o empate, após Alan Kardec pegar rebote no qual ele mesmo forçou Victor a cometer. Silêncio quebrado 3 minutos depois, quando Soares retribuiu a gentileza a Marcel, que fez o 2 a 1 definitivo. Dois golos por cima, mesmo que a defesa vascaína tenha tido ótimo desempenho na bola aérea hoje.
Resta saber agora qual escalação Celso Roth colocará para enfrentar o Fluminense. Souza é elogiado cada vez mais em todas as entrevistas pós-jogo, fez outra boa partida e está afirmado como titular. Perea irá à seleção da Colômbia, o que deve culminar na volta natural de Willian Magrão ao segundo posto do meio. Richard Morales, outra opção fortíssima de jogada aérea, está confirmado como novo reforço. Ainda há Reinaldo, e Soares parece estar voltando a ser opção. Orteman também vai "incomodar". Muitos ótimos problemas para Roth, que precisava de um grupo com opções de qualidade num momento de alguma instabilidade do time dentro de sua vitoriosa campanha neste Campeonato Brasileiro.
Campeonato Brasileiro 2008 - 23ª rodada
31/agosto/2008
GRÊMIO 2 x VASCO 1
Local: Olímpico Monumental, Porto Alegre (RS)
Árbitro: Evandro Rogério Roman (PR)
Público: 37.978
Renda: R$ 621.431,25
Golos: Soares 9, Alan Kardec 25 e Marcel 28 do 2º
Cartão amarelo: André Luís, Jorge Luiz e Alan Kardec
GRÊMIO: Victor (5), Léo (5,5), Pereira (6) e Réver (6,5); Paulo Sérgio (6,5) (Hélder, 19 do 2º - 5,5), Rafael Carioca (6), Tcheco (7), Souza (6) e Anderson Pico (4,5) (André Luís, 11 do 2º - 5,5); Perea (6) (Soares, 42 do 1º - 7) e Marcel (7). Treinador: Celso Roth (6,5)
VASCO: Tiago (6,5), Marquinho (5,5), Eduardo Luiz (5,5), Jorge Luiz (6) e Edu (5,5); Rodrigo Antônio (5,5), Serginho (5) (Matheus, 23 do 2º - 5), Wagner Diniz (5,5) e Alex Teixeira (5,5); Jean (5) (Éder, 40 do 2º - sem nota) e Alan Kardec (6). Treinador: Tita (5)
Foto: José Doval/Grêmio
Comentários
1) Definitivamente DEVEM arrancar uma orelha daquela porca véia da ala esquerda que atende pelo nome de ANDERSON PICO. Pela terceira vez consecutiva, ele foi substituído por não estar rendendo o esperado. Além disso, perde bolas fáceis e ajuda pouco na marcação. Tá passando dos limites a displicência dele.
2) Como se não bastasse, o Roth coloca o André Luiz pra fazer a função de ala no lugar do Pico. A mesma coisa do ano passado, mas só se trocam ambos por Mano Menezes e Luciano Marreta, respectivamente. Problema é que o André Luiz não sabe jogar improvisado ali, porque seu poder de marcação é baixo. Se contra os zagueiros já é difícil ele ganhar alguma, imagina contra os atacantes, quando ele vira marcador...
3) Soares é INDISCUTIVELMENTE mais jogador que o André Luiz. Provou isso no Gre-Nal e hoje. Não tem motivo nenhum ele estar como última opção na hierarquia.
4) Tcheco destruiu hoje. Souza é um acréscimo de qualidade indiscutível no meio-campo. E Marcel voltou a correr, a se movimentar e a marcar gols. Boas notícias no Olímpico.
Enquanto isso, me divirto ao ouvir as entrevistas de Tite.
gostei de ver a camisa com nome e número fixo do grêmio.
Por sinal, era impossível comprometer, em um jogo de MEIA-LINHA. Mesmo considerando a segunda metade do primeiro tempo, quando o Grêmio caiu no ostracismo, SEMPRE foi superior ao Vasco.
Algumas notas extras:
1) Anderson Pico voltou ao normal, infelizmente. Quando até ANDRÉ LUIS, IMPROVISADO, tem desempenho superior, é porque a coisa tá feia.
2) Tcheco foi o melhor em campo. Atuação impressionante, jogou demais. Jogando tudo isso, não sai do time nem por decreto.
3) Souza foi bem, justificando a titularidade. Quem vai sair para ele ficar no time, a longo prazo? Acho que vai ser Magrão ou Carioca, com maiores chances para a saída do segundo. Mas veremos.
4) E o Inter NÃO PODE MUDAR NADA. Tá PERFEITO assim. Fica Alex, fica Nilmar, fica Tite, fica Luigi, fica Piffero... XD
"Chengue" Morales está chegando. Ótima contratação; pórem, deviam ter trazido um lateral esquerdo titular e um zagueiro pro grupo.